Depois de chipar a Negona, tive algumas surpesas desagradáveis com quebras de turbina.
A original quebrou, foi retificada e quebrou logo em seguida.
Retificada novamente voltou com ruído da válvula de alívio (o retificador deixou a válvulla de alívio na posição original, onde o alívio atua mais rapidamente. Acho que a concessionária regulou no mínimo do alívio provavelmente porque o dono anterior reclamou do ruído, mas como não estava chipada, não foi um problema)
Três especialistas mencionaram problemas com um lote da Borg Warn K14 (a das eletrônicas, que é diferente das mecânicas. Há adaptação fácil para as mecânicas, não para as eletrônicas. Tentaram adaptar numa oficina e a injeção ficou completamente instável).
Aí troquei por uma turbina nova pois o "assovio" era muito alto e triste, essa também quebrou.
Depois de tanto problema, segui uma sugestão simples do Maurício da RashMotoren e pedi ao pessoal da Felipe Diesel em Curitiba que, além de retificar essa turbina, instalasse um manômetro para saber a quantas andava a pressão da turbina. Foi visto que, mesmo com ajuste da válvula de alívio na posição original, a turbina chegava fácil ao fim de escala, que eram 2 kgf/cm² (podia até ser mais!)
Bem, dois aprendizados a compartilhar com os colegas que querem chipar a viatura:
1) por algo entre R$ 100 e R$ 200,00 você instala um bom manômetro que não vai te causar ruído (tem macete para a instalação da mangueirinha até o manômetro - diâmetro e fixação dela. Bem feita como foi a instalalção na Felipe Diesel, não tive problema. O manômetro é um Lacombe Cronomac). O preço dessa instalaçao é muito baixo perto do preço de uma retífica e única maneira de medir a modificação da chipagem, além do desempenho via dinamômetro. Ele permite ver a pressão que a turbina passa a trabalhar.
Original é pico de 1,4 e logo em seguida, em cruzeiro cai para 1,2 kgf/cm².
A minha foi baixada dos 2 ou mais para o seguinte:
# pico de 1,6 e cruzeiro de 1,5 kgf/cm², ficando com desempenho bastante bom e pouco inferior a antes
2) o segundo aprendzado, com os 2 kgf/cm² (ou mais), o desempenho não estava significativamente maior que o atual. Com certeza a falta de alívio também restringia vazão dos gases do escape e o fusível eram má queima, fumaça e desempenho não compatível e com certeza alta geração de calor e a conseqüente fadiga do eixo da turbina.
Concluíndo, antes de qualquer modificação, instale um manômetro, veja como funciona a original (1,4 pico, 1,2 em cruzeiro) e se informe de um limite seguro - a opinião geral é de que 1,6 de pico e 1,5 de trabalho são valores bem seguros para a turbina. Para o motor MWM mais seguro ainda pois é bem robusto.
É isso aí, turma. Historinha longa mas espero que útil. Já rodei mais ded 500 km e a turbina parece saudável. Qualquer novidade contudo, posto aqui, esperando que seja positiva!!!!
PS: sei que não é o fórum, mas aproveito para comentar que inaugurei a Negona na lama e fiquei muito bem impressionado. Achei que seria dura, pelo contrário, mais macia que o Trolão e a SW4 Japinha que tive. Também muito firme nas saídas laterais, rebolando bem menos que a Japa e pick ups. Câmbio e eixos muito fortes. Com PC original, lógico que voltou raspadão, futuro investimento. O que notei pouco pior que o Troller e igual a Japa foi a "caixa de ovos". Pela distância entre eixos e na situação de "caixa de ovos" ela perde a tração - parece que não há bloqueio para o diferencial dianteiro e nem o DANA 46 traseior, descontinudo... Valeu!!!