A reduzida faz dobrar o torque na medida em que altera a relação fazendo cair a velocidade pela metade (isto, em média em todos os sistemas utilizados). É muita potência, dai a recomendação do fabricante em utilizar em velocidades baixas. Se você fizer a gambiarra na caixa de transferencia, então você irá fazer com que haja uma distribuição de forcas no diferencial central que pode exceder a capacidade para o qual foi projetado. Imagine se as rodas dianteiras perderem tração. Neste caso, o diferencial central ira transferir apotência para o eixo com pouca tração. Será que o diferencial dianteiro agüentaria tamanha potência? E mais. Será que a roda que esta girando em falso irá agüentar todo o troque (me refiro a ponta de eixo)? Imagine que tudo isto é dinâmico, ou seja, cada hora e uma roda que ira sofrer estas variações, com sucessivos trancos. O risco de uma ponta de eixo não agüentar, imagino, deve ser considerado. Nota-se que ocorre haverias na ponta de eixo quando utilizamos pneus maiores do que ao recomendado pelo fabricante, pois ocorre alteração do torque.
Fazendo a gambiarra na roda livre você irá limitar o torque a ser transferido no eixo traseiro, mas ainda assim, estamos alterando o projeto. Isto quer dizer que a caixa de transferencia irá trabalhar com o eixo carda traseiro bastante carregado (com resistência, pois estará movendo o veiculo em reduzida), porém, o dianteiro irá trabalhar livre, sem resistência. Isto poderá, não sei, prejudicar a caixa de transferência. Nota-se que estamos em reduzida, ou seja, trabalhando com o torque dobrado.
Seria interessante se outros foristas colaborassem, pois não conheço tanto assim de mecânica para precisar se a gambiarra lhe trará prejuízos, porém do pouco que sei, é que o projeto inspira cautela.
Abs,
Fernando Pinheiro