Carlão, tu ficou sem explicar nossa dúvida ai de cima. Ainda é tempo...:pipoca:
Versão Imprimível
"A land(series, defender) não foi feita para asfalto, e sim para terra. O uso no asfalto que realmente requer alguns cuidados que são negligenciados."
"ou em súbidas na estrada"
Com tantas Defender rodando total ou parcialmente no asfalto, esta consideração aí merece, além de resposta clara e didática, um tópico à parte onde o assunto seja amplamente discutido e os iniciantes não entrem em pânico...
Beleza galera.
Vai rolar maior polêmica, até porque isso já foi meio discutido em outro tópico, mas não tem problema. Estamos aqui para discutir mesmo. Vou falar em partes porque tem muita coisa e também não posso escrever muito agora. Vou transcrever a idéia de uma maneira clara, e conforme a necessidade vamos aprofundando a coisa.
Quando o Land Rover foi projetado (Rover era a marca oficial; Land Rover era o novo modelo off road 4x4; depois a marca foi substituída para Land Rover. Mas na verdade este era o nome oficial dos nossos atuais New Defender) visava tão somente o trabalho no fora de estrada, tanto para caminhos difíceis sem trilhas, como para servir de gerador, funcionar polias, arado, etc.
Com isso, a configuração original sempre mirou mais torque do que potência. Força no lugar de velocidade.
Os motores sempre foram regulados com esta intenção (inclusive os 300 TDI ou HSD 2.5, que apesar de serem os mesmos nas disco´s 1 e nas rangers, por exemplo, não vem regulado da mesma maneira de fábrica. Tanto na Ranger quanto na disco eles são regulados e adaptados para desenvolverem mais potência do que torque).
Além disso a relação do câmbio, transferência e diferenciais, sempre foram para ter muito torque. Para se ter uma idéia as Lands series tem uma clara sensação de se estar dirigindo um trator e não um veículo de passeio, de tão "presas" que são. Foram inclusive lançados Overdrives para serem instalados para rodar no asfalto a partir da década de 70 de maneira oficial pela própria Land Rover. Nos primeiros modelos o 4x4 era opcional e não full time, com alavanca no assoalho para acionar o 4x4.
Enfim, com o passar do tempo foram sendo realizadas mudanças para atender os novos caminhos que o Land Rover iria percorrer (tanto de estradas como de clientes), inclusive com mudança no nome para 90, 110, e depois Defender e agora New Defender.
Nos câmbios das Defenders (200 e 300 TDI ou TD5) assim como nas demais relações, se manteve a vocação de priorizar o torque no lugar da potência. Cabe lembrar ainda que é um 4x4 o tempo todo, o que aumenta X2 a tração.
Com isso, basicamente uma condução por exemplo com alta velocidade por um período excessivo, irá sobreaquecer motor, câmbio, transferência, diferenciais, além de forçar semi-eixos e tulipas pela tração permanente em curvas; apesar do diferencial central utilizado para corrigir isso, o peso de quase 2 ton (com acessórios chega fácil nas 2 Ton, mesmo uma 90) associado a velocidade além do projeto original, vai comprometendo a vida útil dos componentes mecânicos, que foram produzidos para desempenhar e durar na função de torque e não velocidade. Tendo torque, o peso não é um problemão; Tendo potência (velocidades acima do limite do projeto) o peso além de ser um problemão, aumenta exponencialmente os riscos de sobreaquecimento; para acelerar uma defender a 120 Km/h o conjunto mecânico faz um imenso esforço comparado a acelerar uma Ranger ou até mesmo uma disco 1, que tem um coeficiente de arrasto menor que a Defender, além de uma transferência com relação diferente em "High".
Tentar rodar com uma Defender além dos limites, irá causar desgastes prematuros, que alguns chamam de problemas crônicos. Como eu disse antes, para mim os problemas são "donos crônicos". Me incluo entre os donos crônicos, afinal estamos aprendendo o tempo todo. Mas alguns erros básicos não cometo mais.
Depois continuamos...
Pensando bem, precisamos mesmo de um tópico destes?
Eu não daria muita trela para certas idéias aqui previamente expressadas.
Não teríamos mais paciência de tentar justificar os pontos pelos quais o LR é um dos carro favoritos para expedições, viagens longas pelo asfalto e cia...
Corrigidos os seus pequenos erros de projeto, o LR é bom para tudo e não só na cidade, onde os mesmos problemas vão surgir.
O resultado de um tópico com tal conteúdo pode ser um monte de achismos sem fundamentação teórica e prática, que podem terminar por afastar qualquer futuro interessado por este fantástico 4x4.
Melhor ignorar e seguir em frente; difícil conclusão que cheguei sobre algumas contribuições neste fórum. Sorte que 99% tem discernimento, o que basta para entender a intenção da cada um.
Dica para uso em asfalto: não bloqueie o Diferencial Central, jamais. Está no manual. Peso máximo sobre o bagageiro, 75kg, está no manual. O resto é bom senso, como reduzir as marchas antes de deixar a rotação cair. Em subidas pisar leve com motor girando solto e sem forçar. Reduzir as marchas se for necessário para manter esta condição.
Abraços e deixemos a poeira quieta onde está... :concordo:
Abs
Do Diário de Bordo:
-Fazenda Águas Claras 185 Km Estrada de terra e Trilhas 42Km;
-Largo/Sítio 202 Km Estrada de terra e Trilhas 24Km;
-Pousada Bern 190 Km Estrada de terra e Trilhas 33 Km;
-Pousada Laura 178 Km Estrada de terra e Trilhas 22 Km.
Total Ida e Volta Asfalto: 1510 Km
Estrada de terra e Trilhas: 121 Km
Daí a minha questão sobre as Defender no asfalto, preocupação sobre o que deve ser otimizado ou minimizado para melhor utilização.
Agradeço principalmente ao Carlão, que foi até longe demais na história da Defender! Aprende-se muito.
Porém, verificando o nível das estradas britânicas/européias, conclui que no Brasil 90% das vias são, na verdade, trilhas.
Onde se deduz que: as Defender foram desenhadas, fabricadas e comercializadas para rodar , de preferência, no "País do Futuro".
Vai aqui uma solicitação ao Ministério dos Transportes: asfaltem absolutamente todas as trilhas do país.
Ah!, é só esperar alguns meses e... vai ser muito mais divertido!
Por favor, continuem e sem dar "muita trela para certas idéias aqui previamente expressadas"
Grato,
Cláudio
CGauer boas colocações.
Carlão Rover, concordo com o que vc disse sobre o projeto do produto Defender: não foi pensado para grandes velocidades, é um conjunto equilibrado para o que se propõe, dentro de suas características e limitações (afinal trata-se de um projeto com quase 50 anos, talvez o que durou mais tempo depois do fusca!), colocar um motor com muito mais potência e/ou torque traria mais malefícios que benefícios, pois o restante do conjunto não ficaria adequado, mal comparando seria como colocar o motor de uma moto esportiva japonesa em uma Harley Davidson.
Quanto menos salada de frutas Vc fizer melhor .Sou mais de deixar mais próximo possível do ORIGINAL.Vc terá menos dor de cabeça.Prepara para pagar em um cambio completo, LR perto dos R$3.000,00 a R$5.000,00 e um motor 2.5,2.8(este ultimo é o meu sonho de consumo) perto dos R$7.000,00 a R$10.000,00.
Desejo sorte no Garimpo .
Boa tarde a todos,
Retirando o tópico lá do fundo do baú gostaria de saber se alguém já fez ou sabe quem tenha feito a substituição do motor 2.5 Maxion do Defender por um MWM Sprint 2.8 com bomba mecanica.
Desde já agradeço pelas indicações.
Abbraço,
Abraço,
Ary
Defennder 110 2004