Discriminação para com os Willys (mais um caso)
Olá meus amigos!
Primeiramente quero dizer que não recomendo (de maneira alguma) a qualquer um para que venha a fazer o que fiz e que está descrito a seguir: no último final de semana resolvi pegar o meu "Thunderbolt" para dar uma voltinha até o aeroporto da cidade. Este estabelecimento fica deslocado a uns 3 km da minha residência sendo preciso percorrer um trecho retilíneo de "BR" para alcançá-lo.
Pois bem, estava no começo do tal trecho quando me deparei com uma pickup Ford F250 verde-escuro com película nos vidros (acredito que não preciso dizer que os mesmos estavam fechados) a 60 km/h. Já na minha 4ª e última marcha, mas observando condições favoráveis, resolvi ultrapassar aquele veículo. É interessante ressaltar que eu estava rodando sem qualquer capota e nem mesmo portas, ou seja, totalmente "cabriolet". Só a cara, coragem e o Rayban Aviator (genérico)...
Tendo finalizado tal manobra e notando o ganho de 10 km/h em velocidade, percebo que a caminhonete mantém-se colada atrás de mim, acompanhando a minha aceleração e querendo "dar o troco". Não tenho mais dúvidas de que o/a motorista daquele veículo não podia deixar que um "mero" Jeep Willys ultrapassasse seu "moderno bólido".
80, 90, 100 (a partir de então o vento mal permite que eu acompanhe o som dos giros do GM250), 110, 120 km/h... Nesse momento só imagino duas coisas: o quanto o motor "grita" pedindo socorro e o quanto estou próximo de acabar com o meu fim de semana ao "fundir" (ou "bater") aquele. Talvez ainda haja um pouco de raciocínio sendo desviado para lembrar-me do risco de vida que corro...
Não querendo passar ainda mais dos limites estabilizo aos 120 km/h e a pickup acaba me ultrapassando. A película não me permite visar a(s) feição(ões) no interior daquele automóvel mas isto não me impede de imaginar que aquele motorista, a partir de então, passará a olhar para os Jeeps de uma maneira diferente.
Ao chegar em casa o capô está tão quente em certas áreas que creio ser possível fazer um churrasco sobre ele. Abro-o e escuto o som do borbulho da água no interior do radiador. Nos pontos onde parafusos fixam a tampa dos cilindros percebo que uma pequena quantidade de óleo vazou, muito provavelmente devido à imensa pressão que deve ter sido alcançada durante o esforço ao extremo...
Além das lições aprendidas ao observar tais efeitos ficam, ainda, algumas certezas: caso não estivesse com a relação de marchas tão reduzida e caso houvessem ainda condições propícias (em diversos aspectos), muito provavelmente aquela pickup não teria me alcançado.
Finalizo meu relato por aqui. Dêem suas opiniões... Indiquem mais situações de desprezo para com os nossos tão admirados Willys. Grande abraço, até!
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