Do mesmo modo que a Petrobrás matou o pro-álcool por ferir seus interesses na década de 80, porque a ela não interessava concorrência, agora ela e os demais interessados vão guerrear o biodiesel.
Uma coisa é o uso inadequado do óleo vegetal como vemos tanto acontecer, principalmente por aqui em Goiás, onde o preço da soja leva aos agricultores a buscar alternativas de minimizar custos, outra é o uso digamos adequado de se utilizar o biodiesel obtido apos o processo químico de retirada da glicerina.
Outro absurdo é imaginar uma matiz energética única, como hoje é o diesel. Claro que temos que mudar esse conceito. Nos rincões do Brasil (e eles existem) é mais econômico o uso do biodiesel obtido de culturas locais e de pequenas produções, enquanto nas proximidades das cidades portuárias e limítrofes das refinárias de petróleo o diesel pode ser conveniente.
Mas fora toda essa questão política, uma coisa que eu ví acontecer é que, a Universidade de Agronomia de Rio Verde testou o biodiesel e o óleo vegetal de soja e constatou que o primeiro pode ser usado até puro, compromentendo um pouco o rendimento do veículo, mas o segundo pode ser usado em torno de 30% de mistura com o diesel, some a isso o fato de que naquela localidade em plena safra de soja que era vendida a míseros 19 reais a saca, o óleo de soja era vendido a um real, tornando extremamente compensador seu uso.
Outra balela é não computar o custo que o diesel tem para ser distribuido, veja o caso de Rio Verde, onde se paga mais de 40 dolares para levar uma tonelada de soja para os portos, pegamos o diesel que vem do oriente médio e andamos mais de 1500 km para levar até aquela localidade.
O que vemos na realidade infelizmente é que não existe qualquer névoa de honestidade e patriotismo dos responsáveis pela política energética do País, ninguém faz em função de nossos interessem enquanto nação, mas sim atendendo seu bolso e sua fome de lucro, assim não dá.
Abraços,