Clube do Tracker !!

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Postado originalmente por zurc31

Ola amigos!

Acho q vale a pena o q o Marco Maga falou! Me enviem videos ou fotos com texto referente ao passeio q coloco no site (blog) do clube do tracker!

Abraços!!

www.clubedotracker.com.br
e-mail: clubedotracker@yahoo.com.br
VM (zurc31)

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:concordo: Já recebi um e-mail do Vinicius com os modelos de adesivo e ja mandei o meu end, para postagem..
Vamos nos falando...vai ser bom ,pq vemos muitas Tracker e Gv´s na rua mas não sabemos se é ou não alguem que conversamos aqui, estamos passando do virtual para o real...kkkkk :lol:

Abs

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Postado originalmente por marco _maga

:concordo: Já Recebi Um E-mail Do Vinicius Com Os Modelos De Adesivo E Ja Mandei O Meu End, Para Postagem..
Vamos Nos Falando...vai Ser Bom ,pq Vemos Muitas Tracker E Gv´s Na Rua Mas Não Sabemos Se é Ou Não Alguem Que Conversamos Aqui, Estamos Passando Do Virtual Para O Real...kkkkk :lol:

Abs

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Apoiado...........................

Citação:

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Postado originalmente por Horacio Teles

Olá Andréa.
Para anexar uma fota ou qualquer outro artigo quando você vai enviar uma resposta vá até "Opções Adicionais", fica no fim da página da resposta, click entre em "Gerenciar Anexos", aí abre uma busca em "procurar" para seleção do local onde você tem as fotos ou arquivos. Depois que selecionou, clica em "Enviar" qua a foto vai anexa na mensagem.
É isso. Um abraço para vocês.

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Horacio,
Acho que o seu computador ja está no horario de verão, veja e acerte o relogio..
Olha o ultimo fim de samana que fui pro sitio...kkk

otima idéia!

quem de brasilia se anima???

Tarcisio e Vinicius, Tentei colocar um comentario lá no site, mas não esta aparecendo as letras de autenticação para postar o comentario.

abs

Olá pessoal.
Vou anexar umas fotos das paradas por onde andei, nosso acampamento, o Chico e uma castanheira.
Em seguida conto umas histórias.

Mais fotos. Nossa cozinha, nossa cozinheira, a Dona Maria, os equipamentos, aparência das estradas e do lado esquerdo, Mato Grosso, do direito, Pará, o rio, Teles Pires.

Outras fotos.
Tem mutum, parte do acampamento, parte do pessoal, sobras da floresta e outras cabanas.

Citação:

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Postado originalmente por Horacio Teles

Outras fotos.
Tem mutum, parte do acampamento, parte do pessoal, sobras da floresta e outras cabanas.

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Parabens, maravilhosas as fotos,
Mas vc disse que foi a trabalho,o que voce foi fazer no meio desse mato? hehehehe...
Pensei que ia estar em um hotel 5 estrelas...Show, muito show mesmo.. :palmas:

Abs

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Postado originalmente por Marco _Maga

Tarcisio e Vinicius, Tentei colocar um comentario lá no site, mas não esta aparecendo as letras de autenticação para postar o comentario.

abs

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Marco,

Sobre o site aí é com Vinícius. Vou passar a informação para ele; Valeu.

Pessoa, quase oito horas de avião (no Fokker 100, que agora chamam Mk 28 da OceanAir). Rota: São Paulo, Brasília, Cuiabá, Alta Floresta. Saída 17 e qualquer coisa, chegada, 22 e qualquer coisa. Lá para aquelas bandas tem o horário do passado e do presente. Passado= uma hora a menos, presente o nosso aqui). Portanto, 22 (passado) que eu coloquei, na realidade é 23 (presente). É assim que eu chamo essa loucura de fuso horário (passado ou presente).
Temperatura na noite, 30º, no dia quase 40º. Beleza. Bichos: os bonitos eu coloquei, os feios eu tentei esquecer (mosquitos de todas as espécies), carrapatos, aranhas, cobras, etc.). Todas esses espécies insistem em frequentar nossas barracas, nossa cozinha, o sanitário (esse eu não fotografei por razões óbvias); o rio Teles Pires foi nosso "chuveiro" durante todo o perído de floresta. Banho sempre de cueca por causa do candiru. Não é bom dar bobeira.
Nossa equipe se compõe de mateiros, picadeiros, dois biólogos, além de mim (um dos peixes e outro das árvores), fora a nossa mais ilustre e considerada integrante: a Dona Maria, nossa "maitre". Só faz coisa boa e de sustança.
O projeto começou agora e dura um ano. Esse pessoal, vai se alternando conforme a seqüência dos estudos e pesquisas.
Eu vou para lá atrás de moluscos aquáticos.
Trabalhamos com 4 voadeiras e 3 L200. Todo mundo dirige e todo mundo pilota.
Índios da região: os apiacás. Possuem 3 aldeias na região. São grandes picaretas. Sequestram os sitiantes, os donos de pousadas e de fazendas, roubam tudo que tem pela frente, enchem a cara, e pasmem, em uma das aldeias, o chefe é um "homem branco", um polaco, safado, que até bem pouco tempo andava caído pelas ruas de Paranaíta, com a cara cheia. Só tem história de terror com esses caras. Mas no fim são meio covardes. Quando chegamos lá fizemos uma visita surpresa à aldeia deles (levei uns vinte cabras nas quatro voadeiras e sugeria ao sujeito que não aparecesse pelas bandas no nosso acampamento com os asseclas porque estavamos sempre com muita "fome" e nervosos por causa da mosquitada que não deixava ninguém sossegado. Até onde fiquei a coisa funcionou. Mas tinhamos sempre que dormir com duas sentinelas. Pensando bem, os índios são mais perigosos que os bichos. Volta e meia, recebemos a visita de algumas cobras e aranhas que temos que convidar a se retirarem dos colchões, das botinas, ou das canecas e pratos.
Acreditem, vi o jogo do Brasil no domingo, em uma pousada de um sujeito que ficou amigo de todos da equipe. Convite, aceito, tomamos até umas cervejas. Afinal, domingo, e com aquele joguinho, não tivemos outra alternativa. Foi quase uma centena das latas geladas. Uma tarde de domingo de merecido descanso para a equipe.
No mais, sexta, sábado, parte do domingo, segunda, só paulada. Começo às 6 horas, encerramento sempre ao escurecer, por volta das 19. Lá não dá para seguir adiante porque o rio fica muito perigoso (com corredeiras fortes) e pedras que não é possível ver. Se pegar uma vai parar no Tapajós flutuando. Se for no início do período da cheia (agora o rio já subiu mais de um metro) vai parar no riozão (o Amazonas).
De carro, as menores distâncias entre um ponto de pesquisa e outro são sempre superiores a 20 km. Pelo rio tudo bem, mas por terra, não tem rim que aguente. Fim do dia, chuva na certa. Sossego com os mosquitos, mas não tem barraca que aguente. No fim, fica todo mundo no rio tomando banho com sabonete de enxofre, porque não dá para ficar na barraca com chuva. Como vocês observam nas fotos, as barracas ficam em baixo de um rancho, do contrário, viram banheiras.
Depois continuo. Vou para um café e uma água.

Ô Marco, sou biólogo que passa metade do tempo no campo, no mato, na floresta, dentro d'água, na maior parte do tempo, e outra metade no laboratório identificando tudo. O resto do tempo vivo atrás de financiamento para as pesquisas, em reuniões com burocratas governamentais, e chefes que não saem das mesas com um monte de papéis, sempre reclamando que não tem tempo, que estão muito ocupados, etc. É assim que se faz pesquisa científica no nosso Brasil.
Quanto ao hotel, nunca é com estrela nenhuma. O direito ao hotel é só para o dia de chegada (se for tarde ou noite) e de retorno (pelas mesmas razões). O resto é só picada, chão e céu.
Mas eu gosto muito disso. Apesar dos meus quase sessenta, ainda me viro bem nos trabalhos de campo. Com a idade, agora eu já fico bastante tempo no laboratório. Quando mais jovem, eu levava o laboratório na caçamba (microscópios, lupas, e outras traquitanas, como fogareiro, gerador de energia, etc.). Já andei bastante por esse Brasil.
Nessa última viagem fechei questão. O problema do desmatamento da Amazônia não está com os madeireiros. Pelo que vi por lá, a extração de madeira (angelim, maçaranduba, etc.), na maioria das vezes é feita por pessoal que já adquiriu algum conhecimento da necessidade da reposição e manejo da flora. O diabo mesmo é o pessoal do boi. Esse pessoal chega incendiando tudo para a preparação de pasto. Queimam qualquer coisa. Tem foto aí em cima onde só aparece o bacaçu e os paus da castanheira. Na castanheira ninguém mexe. Os caras do boi queimam tudo, e, como a castanheira dá cadeia, depois da queimada, os fdp deixam os paus pelados largados por todo o canto.
É uma vergonha. Aquilo lá é terra sem lei para o pessoal do boi.
O garimpo também corre solto por lá. As dragas arrancam 1 grama por dia, com um mergulhador enfiado no fundo do rio, mantido por um compressor de ar sem filtro nenhum (o sujeito respira uma mistura indigesta de ar extremamente úmido, com óleo diesel). O Teles Pires ainda tem muito ouro no fundo. Depois cacetada no mercúrio. Como tem muito peixe (corvina, jaú, surubim, filhote, etc.), cada vez que o pessoal pesca um para consumo, leva de quebra uma boa dose de mercúrio para os prejuízos do sistema nervoso que todo mundo conhece. A contaminação por mercúrio causa problemas permanentes do sistema nervoso.
Aliás a pesca é um detalhe a parte. Também fechei questão: sou contra a tal da pesca esportiva (aquela que o pessoal pesca e depois solta). Toda hora encontrávamos peixes boiando, agonizando, com furos nas mandíbulas, morrendo pelo estresse. Era resultado do pesca e solta. Peixe tem que pescar para comer. Esse negócio de pesca esportiva é uma invenção idiota. O pessoal que faz devia dar uma volta pelo rio para ver o estrago que fazem.
De agora em diante, sou radicalmente contra esse negócio. E olhem, está cheio disso por toda a Amazônia. Basta conversar um pouquinho com o pessoal ribeirinho que eles mostram essa situação com muita clareza. Relatam que todos os dias, nas temporadas de férias, eles nem precisam pescar. Basta andar com os barcos pelo rio recolhendo os peixes agonizantes.
Uma verdadeira loucura.
Por hoje vou ficando por aqui.
Vou dar uma fuçada pelo resto do fórum e depois para o descanso. Amanhã volto para o banho de fuligem aqui de SP.