O nome do tópico deveria mudar para "malditos mecânicos que não sabem diagnosticar defeito e trocam a bomba de alta"
A bomba de alta, componente mais caro do sistema common-rail, é um dos que menos dá problemas e, no quesito durabilidade, só perde para os sensores de rotação e de fase.
A maioria dos problemas que se atribui à bomba de alta, na verdade é falha/desgaste da válvula PCV, responsável por controlar a pressão gerada pela bomba de alta.
Na marcha-lenta a pressão do rail fica em torno de 220 Bar e o excedente gerado pela BA é descarregado no circuito de retorno pela ação da PCV que nesse momento está em sua abertura máxima.
Quando pisamos no acelerador estamos fazendo aumentar a quantidade de diesel injetado, atuando na largura de pulso PWM para fechar a PCV e deixar cada vez mais pressão da BA ir para o rail, até atingir o máximo de 1600 BAR que corresponde à aceleração máxima com o motor sob carga.
Logo, a maioria dos defeitos relativos à aceleração e falhas é causada pela PCV, que sofre desgaste e perde a capacidade de vedar o retorno e controlar com precisão a pressão do rail e, consequentemente, a aceleração fica instável.
A BA, sendo uma bomba de pistões, pode sofrer desgaste ou avarias pela presença de água no diesel e isso implicará em perda da capacidade de gerar pressão, o que irá afetar apenas o comportamento do motor nas situações de aceleração máxima, pois se ela perder metade de sua capacidade, o motor ainda funcionará satisfatoriamente em baixas demandas de potência.
Com simples leitura da pressão do rail no scanner (subindo uma ladeira em WOT) é possível saber se a BA está capaz de gerar a pressão máxima de 1600 BAR. Ao invés de fazer esse simples diagnóstico, os mecânicos começam trocando os bicos, sensores e por fim a BA que, se for aquele que vem completa (com PCV nova) solucionará o problema a um custo exorbitante, que poderia ser resolvido simplesmente trocando a PCV, que é o primeiro componente a apresentar desgaste nesse sistema.