É essa a combinação que a galera da Icon tanto gosta de 'reproduzir' ( mas os nossos são originais ; ˆ )
Versão Imprimível
É essa a combinação que a galera da Icon tanto gosta de 'reproduzir' ( mas os nossos são originais ; ˆ )
Anexo 501074Anexo 501075
Grande Francisco Bicalho
Essa é a Band que foi restaurada, veja que linda a combinação do marfim com o celeste.
obs; essa band é 74 toda original, quem tirou ela 0km foi meu avô, consegui ela em baixo de um caquizeiro a + - uns 9 anos atrás estava TODA podre não funcionava e estava abandonada, com muita disposição consegui fazer ela voltar a esse estado raro que está, depois que foi feita só é usada para passeios, minha maior aflegria foi dar uma volta com a minha avó de 93 anos e ver ela ficar emocionada com a toyotona.
Não é linda???
Linda, maravilhosa, e muito vintage. E você não era nem nascido quando ela foi fabricada! Quando eu era adolescente ia todo ano a feira do Automóvel em SP e, ao contrário da garotada que gostava de Puma e SP2, eu ficava babando em cima dos Jipes e principalmente dos Bandeirantes. Sério. Muito provavelmente eu fui as feiras de '73 e '74 e fiquei vidrado olhando esse modelo seu novinho em folha, estalando de zerada. Quando puder bota mais algumas fotos de outros detalhes. A minha é '89 mas eu dei o toque mais antigo que é o clássico. Parabéns pelo bom gosto e felicidades com esse jipão.
Chico
Segue algumas TH BrutusAnexo 501145Anexo 501146
Grande Chico!
Conheço o seu bom gosto por bands a algum tempo só lendo seus inúmeros comentários e vendo a sua bela toyotona .
Sabendo de sua enorme admiração por elas eu que normalmente leio muito e escrevo pouco, vou lhe contar um pouco dessa maravilhosa toyota.
Essa toyota azul levou um ano e meio para ficar pronta, quando tirei a carroceria de cima o chassi quebrou, nem vidro inteiro ela tinha, o motor estava travado, diferencial quebrado, sem pneus.......etc, passou por varias mãos, até prefeitura é mole!!!
Mais eu tinha umas fotos em preto e branco a chave reserva original o manual e a nota fiscal como recordações.
Em 2002 tomando um "" cafezão "" com minha querida vó Zilda comentamos da toyota e ela contou do enorme sacrifício que foi para meu avô Tadeu ( que era carroceiro ) conseguir comprar seu caminhãozinho 4x4. Então vi seus olhos ficarem vermelhos e ela sabendo do meu eterno amor por elas disse que seria um sonho se conseguisse ver aquela toyota outra vez.....
Minha vó com aquela idade sonhando com uma toyota??? Descrevendo a band como a receita de um bolo de tão detalhada??? Falando das viagens, atoleiros, cargas com o maior orgulho???
Há!!! Aquilo não saiu mais da minha cabeça!!!!!!!!!!! Vou recuperar a toyota!!!!!!!!
Depois de alguns anos consegui a toyotona, ( destruida ) mas toda original ( lata podre mais nunca feita, motor travado mais std...).
Com toda a paciência do mundo desmontei ela com a ajuda de grandes amigos e resumindo, nem um parafuso ficou sem ser trocado, todos os detalhes de quando era do meu avô foram recuperados, com o cuidado de manter a Máxima qualidade.
Foi um ano e meio com quase todos os dias trabalhando de 2 a 3 horas ( chegamos a ficar 2 meses só no interior das portas) para conseguir o resultado esperado.....
Fiz um banquinho para minha vó poder subir e no dia que fui mostrar para ela até pano sobre a toyota tinha.
Estavam minha vó meus pais e minha esposa, detalhe; ninguém nem mesmo minha esposa viu o processo de restauração....
Da para imaginar a emoção ??? A alegria ??? O brilho nos olhos ??? Indiscutivelmente um dos melhores dias da minha vida.
Atrás da toyota coloquei uma placa preta: VÔ TADEU
Hoje não tenho mais meu avô minha avó querida e nem meu grande amigo meu pai, mas tenho a recordação dos passeios de toyota com todos eles, sendo criança no banco com os pés pendurados ou dirigindo com eles ao lado!!!
Forte abraço a vc Chico e a todas as pessoas que já sentiram o prazer inexplicável ter uma bandeirante em suas vidas.
THBrutus Telmo Bruginski
Telmo, esse é o depoimento mais comovente que já li em qualquer fórum de automóvel, só posso imaginar o valor afetivo desse carro para você. A comparação na minha cabeça é um sítio que herdei da minha mãe e que estava em estado de petição de miséria depois que voltei ao Brasil após 17 anos fora, e as incansáveis obras que fiz para restaura-lo, jardim e tudo. Muito parecida a história, o lugar estava em ruínas e hoje está nos trinques. E o fato da sua avó ter sido influência na decisão de reformar o Bandeirante faz a história mais bonita ainda. O banquinho para sua avó tocou meu coração profundamente. Dava bem um filme essa sua história.
Eu digo isso pra pessoas: Bandeirante não é um carro qualquer. Quem tem um e 'entende' o carro sabe que é uma coisa especial, e o seu Vô Tadeu era parte dessa turma, a nossa turma. Tem gente que quer muito comprar um Bandeirante, e depois que compra vê que não era aquilo que eles pensavam, e vendem. Tem gente que vive, respira, conhece a fundo o Bandeirante, e o carro começa a fazer parte da malha da vida dele ou dela (oi Denise). Eu sonhava em possuir um Bandeirante desde os 12, 13 anos, passava horas dentro deles na feira do Automóvel (esse seu quem sabe?), morei anos fora do Brasil sonhando com um Bandeirante e admirando os TLC que via passando. Meu pai também sonhava em comprar um. Aos 66 comprou um longo, '89 novinho, mandou vir com DH, AC de fábrica. Lembro tão bem, todo durinho, com 4 pneus lagarta. A primeira vez que dirigi foi como se já fosse meu a 20 anos, saí com o carro na maior desenvoltura, meu pai até se assustou no banco do carona. Então meu pai que adorava viajar de carro, na segunda semana pegou a estrada do Rio até Gramado RS para visitar um amigo. Choveu na estrada, o carro super desconfortável, rodando a 85 km/h voltou de viagem exausto e vendeu o carro na semana seguinte. Não ficou nem 40 dias com o carro; vendeu na garantia.
Curiosamente, cinco anos depois, e três meses depois que meu pai faleceu, eu comprei um '89 curto, usado, em 1994. E vinte um anos depois, após trocar quase todas as peças do carro (salvo chassi, lataria e vidros), mas mantendo a integridade estética, eu gosto e aproveito o carro mais do que nunca, e sei que existe um grupo de pessoas que compartilha dessa admiração pelo Bandeirante, um respeito pela coisa que não tem nada a ver com vaidade, com frescura, com preciosismo. É um carro companheiro, como um cão, que te ajuda nas horas importantes, que tira você de roubada, que te leva para lugares onde outros carros não chegam. E que tem história. O Bandeirante hoje tem a 'carga genética' do dono, cada um é diferente do outro porque cada pessoa colocou um pouco dela mesma no carro. Mesmo os originais' tem o toque do dono, e isso diferencia muito o Bandeirante da grande maioria dos outros automóveis, coisa que alias ele não é; é caminhão.
Telmo, meu avô (pai do meu pai) que era médico e pernambucano, trabalhou numa colônia Polonesa no Paraná durante a 1a guerra por uns dois anos; será que os pais do seu Vô Tadeu (ou da sua avó Zilda) e meu avô se conheceram? Olha que esse mundo é pequeno. Outra curiosidade. A gatinha (gata mesmo, felina) da vizinha que possui 8 gatos e 4 cachorros se mudou para a nossa casa 4 anos atrás, ela basicamente 'nos 'adotou' com consentimento e benção dos vizinhos. Eu e minha mulher (não temos filhos) somos apaixonados por ela. Ela é a gatinha mais linda do mundo e se chama Zilda! Além de linda ela é espertíssima, atende pelo nome, é doce e tem os bigodinho mais charmosos do mundo. Veja que olhinhos espertos! Malandrérrima, consegue o que quer da gente... ; ^ )
Abraço grande;
Chico
PS: Acabei de me tocar que a 'dona' original da Zilda é Paranaense (!)
Band é Band, como diz aquele ditado, plástico é pra brinquedo e fibra é pra piscinas hehehehheheh
Caraca, gente!
Estes depoimentos expressam com integridade a máxima "Bandeirante faz parte da família". Me sinto honrada de fazer parte deste círculo seleto e admirável.
Possuir uma Band é um sentimento expressado em cada suspiro, em cada batida do coração, em cada lágrima, em cada sorriso, em cada gesto. Tá na alma, tá no sangue, tá nas nossas vidas.
Somos privilegiados!