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503!
Quanto ao seguro: sim, é viável. Qualquer corretora faz, desde os "novos" a partir do retorno da Suzuki. Ano passado fiz o de um 2008/2009 sem problemas. Este ano, com um 2012, de igual modo. Em contrapartida, o preço é bem mais alto que um carro de passeio comum. O meu está no nome dos meus pais, com bônus 10, e saiu R$ 2.200,00 pela Porto Seguro. Precisei usar a franquia e caí pro bônus 9, aumentou para R$ 2.400,00 a anuidade. Franquia foi de R$ 1.200,00 (fiz o serviço em oficina credenciada e tive quase 40% de desconto, ficou uns R$ 750,00). Em meu nome (24 anos, solteiro, perfil de risco) a franquia subia para quase R$ 4.000,00.
Quanto ao teto solar: não sei informar a marca, mas há vários relatos de problemas. Entrada de água, poeira, ruídos excessivos, problemas nos trilhos e etc. Recentemente um amigo da minha cidade precisou trocar todo o teto na garantia, trilhos, motor, etc. Eu teria muito receio em comprar um, e jamais faria por fora da concessionária (até pela revenda, creio que no documento conste qual a versão do carro, e quando virem "4All" com teto solar pode haver muita recusa pelos possíveis compradores).
Quanto aos pneus: comprei o meu Jimny 2009 com 24.000km rodados e os pneus originais (Bridgestone Dueler H/T 205/70R15) estavam meia vida. Rodavam mais uns 15.000km, acredito. As variáveis são inúmeras para duração deles, desde modo de condução, frenagem, utilização em areia, barro, etc. Os modelos HR saíam com pneus Pirelli Scorpion MTR 215/75R15, acredito que durem mais, apesar de terem rendimento pior em areia e na cidade - pelo maior tamanho e peso. Os novos saem com Pirelli MTR do modelo novo, 205/70R15, e não sei o quanto duram, mas os acho interessantes por serem do tamanho do original japonês com banda de rodagem de uso misto, ao contrário dos urbanos Bridgestone.
Quanto aos "problemas crônicos": shimmy é universal, mais cedo ou mais tarde existirá por questão de simples desbalanceamento. Sendo novo o carro, basta balancear o eixo dianteiro no local, com o carro suspenso. Barulhos internos surgem com o tempo, pois o interior é todo de plástico, basicamente, (notável também no banco do passageiro, cujo trilho folga com o uso - há como reapertar) e eventual barulho na mala pode ser resolvido pela regulagem da borracha da tampa, fácil. O som é fraco e quem gosta minimamente de qualidade sonora precisa trocar tudo, desde o som (que nos modelos até 2012 sequer tocam MP3/aux/usb) até os falantes (dianteiros ínfimos de 4" e traseiros que não vêm de fábrica). O sensor de rotação só é problema crônico nos antigos, de 1999 a 2003. Os novos têm motor e centrais diferentes, sanado tal problema.
Quanto a tê-lo como único carro: se você roda muito em estrada EU (opinião pessoal e intransferível) não o teria como único carro. O Jimny vai bem em estradas boas, com asfalto liso e duplicadas. Entretanto, quando se pega uma estrada ruim, com ondulações, buracos, ultrapassagens, trânsito, aclives etc. ele se torna falho. A aerodinâmica não favorece a velocidade, a altura não favorece a estabilidade e a suspensão com eixos rígidos não favorece o conforto. Junte estes três e terás boa parte dos 20.000km anuais em estrada com certo desconforto - se comparado a carros comuns, claro. Eu uso o meu para viagens curtas, de 1h de duração em média, e não me incomodo. Velocidade de cruzeiro 90 a 110 km/h, sem pressa. Para trechos mais longos, entretanto, a coisa aperta um pouco. Em carros de passeio se tem mais estabilidade, mais velocidade e maior conforto. Aqui em Natal um Jimny 0km sai a R$ 61.490,00 (4All). Um 2011 sai a médios R$ 39.000,00. Apesar de o uso em rodovias não ser o forte do Jimny, há de se ponderar bem se vale a pena ter dois carros (são dois IPVAs, dois seguros, dois DPVATs, dois licenciamentos...), principalmente, ao meu ver, por ter de se pegar um carro popular (geralmente muito visado para roubo, exigindo seguro, e nem tão bom em estrada) caso você decida pelo Jimny 2011, considerando o orçamento de um Jimny 0km.