
Postado originalmente por
Girti
O que eu tenho observado aqui em São Paulo (não posso falar com convicção sobre a situação no Rio e em outros lugares), na oficina do Wilson, nos encontros e nas fóruns não é uma situação de falta de peças, e sim uma situação de falta de dinheiro (em alguns casos), falta de responsabilidade (em outros) e falta de zelo pelo veículo (na maioria dos casos). Ou seja, as peças estão disponíveis, mas os seus proprietários preferem fazer gambiarras e "adaptraições", ou mesmo deixar como está, ao invés de procurar manter o carro íntegro. Canso de ver Nivas detonados, com a lataria e a pintura em péssimo estado, fios e cabos soltos, bancos rasgados, painéis idem, enfim, carros em péssimo estado, o que mostra que o proprietário não tem dinheiro para mantê-los do modo correto, ou é um total desleixado. Mas o dinheiro que falta para a sua conservação sobra para um acessório bacana, para o combustível na trilha, para a cervejinha, enfim, deixam de gastar no básico do básico para gastar no supérfluo e no dispensável.
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Como não há mercado para as peças de boa qualidade, o próprio mercado, em sua dinâmica própria ("o freguês sempre tem razão, se querem peças baratas, vamos lhe dar peças baratas") passa a fornecer peças de menor qualidade, a preços menores (qualidade tem preço!). As peças de boa qualidade não deixam de existir, mas passam a ser mais difíceis de se encontrar. Mas estão aí, é só insistir um pouco!
Em minha opinião, quem quer ter um carro deve ter condições de mantê-lo em ordem. Não falo de ter um carro impecável e repleto de acessórios, e sim de ter um carro decente.
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