Pessoal, concordo com o Márcio de que, havendo a proposta de ser um kit, o máximo de informação necessária para realização da adaptação deve ser fornecido, bem como o que deve ser feito para montagem do kit, o que, obviamente, acompanha o produto.
Concordo também com o Nivóide de que as "gambiarras" devem ser evitadas. No entanto, devemos ser coerentes em admitir que um Niva que usa um motor AP já deixou de ser original, logo, quem optou por um motor AP já havia se conscientizado em "desoriginalizar" seu Niva. Sendo assim, esses Niveiros, corajosos por terem ferido a originalidade de seu Niva ou por terem sacrificado a originalidade em favor da facilidade de manutenção ou prazer ao guiar, deveriam contribuir com críticas construtivas sobre alternativas, e não somente rebater com duras críticas, apoiadas no pretexto de que "o bom" é o original. Se é assim, porque trocar de motor? É claro que AP também é bom (ou melhor, ótimo), assim como câmbio de Chevette, rodas do Vitara, bancos do Vectra, entre tantas outras boas alternativas para o Niva. Sua necessidade é que determina o que é bom.
No que diz respeito ao "kit", devemos pontuar alguns detalhes:
1) Desde sempre, a proposta é de um kit para acoplamento do câmbio do Chevette à caixa de transferência do Niva, independentemente do motor que se utilize. Sendo assim, a adaptação do câmbio do Chevette ao motor é um trabalho à parte, que, em se tratado de motor AP, já há um facilitador, uma vez que já é comum Chevettes com motor AP. Portanto, há uma grande oferta de kits no mercado para adaptação de câmbio de Chevette para motor AP, e não faria o menor sentido reinventarmos o que já existe, assim como já existe kit para adaptar motor AP ao câmbio do Niva;
2) Qual foi o nosso elemento motivador para elaborar um kit para adaptar câmbio de Chevette à caixa de transferência do Niva?
2.1) Permitir adaptar o motor do Chevette ou do Opala 4 cilindros no Niva, como opções de baixo custo;
2.2) Permitir aos que já utilizam ou pretendem utilizar motor AP no Niva o uso de um câmbio alternativo em detrimento às dificuldades de manutenção do câmbio original, principalmente aos proprietários que estão fora dos grandes centros;
2.3) Determinar movimento solidário do conjunto motor, câmbio e caixa de transferência, eliminando necessidades de alinhamento entre caixa de câmbio e caixa de transferência, bem como eliminar manutenções no acoplamento, seja elástico e/ou homocinético;
2.4) Utilizar um sistema de embreagem de acionamento a cabo, bem como peças de mais fácil aquisição no mercado, assim como de mais fácil manutenção;
2.5) Eliminar vibrações e rachaduras no assoalho do Niva em função de vibrações causadas pelo sistema de fixação do câmbio e caixa de transferência original do Niva;
2.6) Ganho sensível de torque em função do câmbio do Chevette de 5 marchas utilizado no motor 1.6 apresentar relações de marchas cerca de 2% mais reduzidas que as do câmbio original do Niva, sobretudo a 1.a marcha.
3) Uma adaptação é quase sempre acompanhada de algum imprevisto. Portanto, quem está disposto a adaptar deve estar consciente de que algo não previsto pode surgir;
4) Se não vê dificuldades em manter o que tem e está satisfeito, não adapte. Não faz sentido adaptar só porque é legal. Adaptações só valem a pena quando se está motivado a alcançar um objetivo, seja ele de desempenho, robustez, facilidade de manutenção etc. Portanto, nunca afirmamos que o câmbio do Chevette é melhor do que o do Niva. Ele é, conforme já mencionado, "alternativo". É viável para Niva? Ora, considerando que o Niva é um carro leve, que herdou do Laika, que é um carro de passeio, o conjunto motriz e várias outras peças, basta fazer uma pequena pesquisa, inclusive nesse forum, sobre aplicação do câmbio do Chevette para concluir se é viável ou não ter um câmbio de Chevette em seu Niva 
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Roberto França
Goiânia-GO.