
Postado originalmente por
osarmento
Olá Pessoal,
Tem tantos tópicos de L200 esquentando, que nem sei mais onde já andei dando os meus "palpites".
Peço a permissão dos colegar para reproduzir aqui algumas sugestões que passei para os colegas proprietários de Sportage, que estão sofrendo com o mesmo problema de superaquecimento, que parece ser crônico também no jipinho coreano. Ai vão:
As causas de superaquecimento são várias mas podemos destacar duas como as principais: Perda de eficiência de troca de calor no radiador e/ou dificuldade de circulação de fluído refrigerante.
A primeira delas se deve a entupimentos nas galerias do radiador e/ou problemas de circulação de ar através das colmeias (amassados, sujeira, lama, etc). Se nenhum dos aspectos acontece, pode-se ainda suspeitar da eficiência do acionamento viscoso do ventilador. É muito comum que o viscoso apresente perda de eficiência com o passar do tempo, isto é, vai girar mais lento do que o necessário, reduzindo o fluxo de ar através do radiador.
Muitos usuários acabam travando o viscoso e o sistema passa a ter um ventilador "fixo", ou seja, girando sem escorregamento relativo ao eixo da bomba dágua, não importa a temperatura do motor. O ruído de funcionamento aumenta, mas a eficiência também.
No segundo caso, dificuldade de circulação do fluído refrigerante, as causas podem sem várias. A primeira suspeita seria perda de eficiência da bomba dágua. Isso acontece pelo aumento de folga de trabalho entre o rotor e a carcaça, devido à corrosão de ambos. Completar o reservatório com água da torneira (sem aditivo) acelera o processo de corrosão. Não precisa ser uma corrosão destrutiva, basta o aumento de alguns décimos de milímetro na folga que a eficiência cair drasticamente.
Outra causa é a válvula termostática. Há casos que a válvula abre com o aquecimento da água no bloco dos cilindros, mas não totalmente. Isso reduz a área de passagem entre o bloco e o radiador, dificultando a circulação do fluído refrigerante. É mais difícil, mas não impossível, uma válvula termostática travar fechada. Para verificar o funcionamento, basta retirá-la e fazer um teste simples, em casa mesmo. Coloque a válvula em água fervente e meça o deslocamento do disco de vedação. Cada fabricante especifica um valor, mas deve abrir pelo menos uns 10 mm.
É muito comum esquecer (ou pior, não saber fazer) a sangria do sistema de refrigeração depois de algum serviço, troca de cabeçote, por exemplo. Não podemos esquecer que o cabeçote é, normalmente, a parte mais alta do motor, e por isso costuma "aprisionar" bolsas de ar. Outro detalhe é abrir a válvuva do sistema de aquecimento interno do veículo, pois a água deve chegar até o trocador de calor interno também.
Existe um recurso que pode ser tentado, no caso de estar tudo aparentemente normal, mas persiste ocorrência de superaquecimento. Basta fazer um pequeno furo na carcaça da válvula termostática (4 mm). Através desse pequeno furo haverá sempre um fluxo de água adicional, mesmo que a válvula não abra totalmente.
Há uns três ou quatro anos, fiz um curso do motor 4D56, na própria Mitsubishi, quando estavam lançando a versão HPE, e já naquela época percebi que esse já era um problema recorrente. Esse motor (2.5 litros) nasceu originalmente com 89 cv e veio ao longo dos anos sofrendo "repotenciamentos" suscessivos até chegar à 143 cv. O resultado não poderia ser outro.
Mais potência, implica em mais calor para ser dissipado pelo sistema de arrefecimento. Se a coisa não for bem feita, dá nisso. Se eu tivesse uma, a primeira coisa que eu faria seria colocar um ventilador elétrico extra na frente do radiador, acionado por um "cebolão".
É isso ai amigos,
Boa sorte a todos,
SDS,
Octávio