Sororoca - Engesa F1

**julhos** · 20/02/2011 04:42

A alguns meses atrás, após muito pesquisar preços de Jeeps no mercado, acabei comprando um Engesa F1. O veículo é 1987 com mecânica toda original, a não ser pela direção hidráulica.
Logo após comprá-lo, minutos depois, já o coloquei na estrada. Vim com ele rodando lá de BH, ex residência do carro, até o RJ, minha residência.
Assim que cheguei ao RJ verifiquei que diversas melhorias seriam necessárias, além de vários equipamentos, uma vez que seu uso seria destindo exclusivamente ao mais puro off-road.

Algumas fotos do carro logo após comprado:

**julhos** · 20/02/2011 04:47

Logo após a compra!

**julhos** · 20/02/2011 05:05

Na mesma semana da compra adquiri um guincho MileMarker SEC 9.500 lbs, na intenção de destiná-lo ao Engesa. Infelizmente vim a descobrir que não existem mesas de guincho disponíveis no mercado para Engesas, e isso me obrigou a construir uma.
Para falar a verdade, isso até foi de certa forma positivo, pois acabei projetando uma mesa virtualmente indestrutível!
Na confecção da mesma utilizei uma chapa única de aço de 3/8". Minha intenção era de não realizar solda em nenhum momento, e fazer todo o trabalho de modelagem apenas com dobras, pois assim não haveriam pontos de fragilização devido as soldas. Por outro lado eu também não queria furar ou cortar o veículo, dai tive que criar uma maneira de utilizar a furação original na longarina do mesmo. Optei por colocar a mesa do guincho sobre o parachoque, uma vez que isso iria facilitar o manuseio e manutenção do guincho, além de aumentar sua altura em travessias de alagados.

**julhos** · 20/02/2011 05:11

Minha idéia inicial de fabricação da mesa!

**julhos** · 20/02/2011 05:14

A execução do projeto!

**julhos** · 20/02/2011 05:18

E como não poderia deixar de postar; O resultado!

**julhos** · 20/02/2011 05:41

Depois da mesa do guincho resolvi calçar o Engesa com novos pneus a fim de substituir os atuai Pirelli Scorpion MUD por algo bem mais agressivo.
Após alguma pesquisa decidi optar pela banda Genius LODO, só faltando agora encontrar algumas carcaças do tamanho que me agradassem.
Consegui achar um jogo formado por 5 pneus meia vida BF Goodrich All-terrain na medida 285/75 R16. Esses pneus são originalmente mais altos que os 35" e um pouco mais finos que os 33", sendo assim exatamente o que eu buscava. Um pneu mais alto, a fim de elevar a distância dos diferenciais ao solo, e mais finos que os 33" sendo assim mais "leves" forçando menos a mecânica do veículo.

**julhos** · 20/02/2011 05:43

Faltou uma!

**julhos** · 20/02/2011 06:08

Depois de utilizar o carro em alguns passeios e fazer algumas melhoramentos mecânicas no mesmo, descobri que existiam alguns podres na parte inferior da carroceria e por isso decidi pará-lo no "estaleiro" a fim de fazer uma reforma estrutural geral.
Primeiramente substitui o piso por novas chapas de aço bem mais espessas, assim como de costume, pois se estragou uma vez, provavelmente poderiam vir a estragar novamente! Como o piso foi substituído por chapas de quase o dobro da espessura original, acredito que demorem um pouco mais desta vez!
Aproveitei a parada no lanterneiro para substituir os suportes dos amortecedores dianteiros por outros fabricados sob medida e muito mais robustos que os originais, já que os mesmos não estavam me passando confiança alguma.
Uma vez que mexi nos suportes dos amortecedores, também substitui os amortecedores, que anteriormente utilizava Ranchos 9000, pelos amortecedores do caminhão Mercedez 1113, mais longos, firmes e robustos que os anteriores.

**julhos** · 20/02/2011 06:34

Já durante a reforma resolvi aproveitar e retrabalhar os bancos que já estavam no veículo. Se tratavam de dois bancos do Renault Scenic, muito confortáveis, largos, estáveis e com regulagem de altura. Por essas razão resolvi aproveitá-los ao invés de substituí-los por novos, então mandei forrar ambos em couro preto anti-mofo. Além dos bancos, os suportes dos mesmos também precisaram ser refeitos, uma vez que os anteriores estavam horríveis.
Com os bancos vieram um jogo de cintos 4 pontos, uma vez que segurança nunca é demais! Embora o carro já estivesse dotado com uma gaiola interna de 2 1/2", isso sem dizer a externa.
Minha capota estava um pouco avariada e com diversos furos, por isso comprei um nova capota de um amigo aqui do Forum mesmo. Não pensei em colocar uma capota de fibra, pois como o uso do carro será exclusivamente off-road, não quis elevar ainda mais o centro de gravidade dele.

As rodas montadas! R16 Mangels modelo modular.

**julhos** · 20/02/2011 06:52

Após a primeira pintura do carro, o que dizer? Acho que o mais apropriado seria: "- Ficou uma MERDA!"
Quis inovar e pintar de uma cor bem diferente e fosca, pois isso optei por creme fosco e verniz fosqueador.
Minha idéia não foi das melhores e o carro não ficou legal! Na verdade também não ficou ruim, no entanto achei o carro muito sem graça e propósito. Ficou parecendo que o carro estava no "primer" sem ter recebido pintura alguma! Sendo assim achei por bem tentar novamente e enviá-lo novamente para a pintura. Foi foda! Pois demorei muito para tomar essa decisão e acabei decidindo isso apenas após o carro já ter sido montado.

Algumas fotos já da segunda preparação!
Essa foi a cor que o veículo ficou, e não o PRIMER.

**julhos** · 20/02/2011 07:19

Desta vez o carro foi enviado para uma outra oficina. Não poderia dizer mais capacitada, talvez apenas mais determinada e interessada. Perturbei muito o pessoal da oficina até conseguirmos chegar a alguma conclusão sobre a cor a ser utilizada.
Desta vez o serviço parecia ser bem mais simples que inicialmente, uma vez que o carro já havia sido lanternado, a suspensão já estava pintada e o interior e caixas de roda já haviam recebido pintura texturizada (semelhante as das caixas de roda dos carros modernos).
A lanternagem da primeira oficina não ficou ruim, mas mesmo assim encontramos alguns pontos no qual fomos obrigados refazê-los. Pensando no uso ao que o carro se destina, ao invés de massa plástica, utilizamos uma outra massa muito mais resistente e flexível, com intenção de evitar que a pintura novamente rache na junções das peças. Ainda não posso garantir o resultado, mas essa massa flexível deu ótimo acabamento além de parecer muito mais resistente que a utilizada anteriormente.
Depois de muitas portas e caputs velhos pintados, sem contar as várias horas de debate, finalmente conseguimos chegar a uma conclusão sobre a cor. Eu queria algo fosco, mas que recebesse verniz a fim de manter a pintura protegida. A tinta quando fosca e sem verniz arranha a toa, e não há como recuperá-la depois, uma vez que o carro não pode ser polido. Fora isso, após uma pintura sem polimento, o acabamento não costuma ficar dos melhores por mais caprichoso que seja o pintor.

Cor resovida! LARANJA!!!! Assim como o do meu troller. Mas como diferenciá-la e fazê-la fosca sem ficar feio?

A única solução foi fazer a tinta em "duco" (maior resistência e não necessita verniz) e depois de pronta misturá-la com um pouco de fosqueador.

Ainda sobre o laranja, ficamos na dúvida entre o Marrocos (Troller) e o Nepal. Como eu já possuo um troller laranja marrocos, optamos pelo laranja nepal para o Engesa. Minha vida tem sido muito laranja para o meu gosto. Mas que seja!