Salve Galera!!! Como muitos já sabem, desde 2002 eu vinha trabalhando no Jeep do meu Brother, junto com o Berga, torneiro de mão cheia. A idéia era fazer um jeep para encarar trilhas pesadas, endurance (não o trial) e raids... Como de cara já viria um grande motor e pneus, resolvemos fazê-lo do zero! Foi adquirido um chassi semi-novo, de um lote do exército, ano 1972. Os eixos também são do mesmo ano, originais do Jeep, canela grossa (sugeri os da Band., mas o mano achou eles muito largos, ia fugir do estilo...). A suspensão não é novidade, é similar à do Engesa, e eu já pensava nela à muito tempo. Então ele comprou o motor GM 4.1 Mpfi da Silverado e caixa da Toyota Bandeirante 4 marchas com T-case. Esse conjunto mecânico já é velho conhecido dos Engeseiros. A relação dos diferenciais era 8/43, que depois substituímos pela 9/44, pois a caixa da Toyota é bem reduzida. Ainda está, e é claro, sempre estará em constante evolução. Virão ainda os fenders, quebra-mato já instalado, porém sem fotos ainda, som idem... Já fez algumas trilhas e deixou outros “sarados” (Engesa) comendo barro... Assim que tiver fotos dele em ação, ponho aqui.
Com liberdade total para criação 
, pudemos inventar muitas coisas. A suspensão foi o que mais deu trabalho. Apesar de não ter como objetivo um grande curso de suspensão, visto que perderia estabilidade e a idéia é participar de Raids, ficou melhor que a original, tem 21cm de curso, além da maciez. Desenhei todas as peças em papelão e mandei cortar as chapas. Depois o serviço de torno, soldas, ajustes, monta, desmonta, monta, desmonta... Só na parte mecânica foram 8 meses! Depois ele saiu daqui (Santa Rosa – RS) e foi para Bento Gonçalves – RS, onde o meu Brother reside, para fazer a maquiagem... Funilaria, pintura, bancos, cintos, gaiola, parte elétrica, alguns acessórios...Fim da 1ª etapa.
Quando rodou, apresentou alguns probleminhas: direção boba e torção de 2 tirantes da suspensão. Voltou pra Santa Rosa 
, onde foi corrigida a direção, através da alteração das barras e troca dos rolamentos do munhão. Os tirantes receberam reforço, com chapa de ½”. Solucionado os problemas, fomos testá-lo! Ficou fora de série!!! É o BICHO!!! 
Andamos à 140 Km/h com ele! Estabilidade 100%, para um jeep... Freia de levantar as rodas traseiras! Na arrancada tira as rodas dianteiras do chão! Sobe barrancos brincando, sem tração... 8) Subiu uma escadaria na marcha lenta, em 1ª reduzida e na ré também! :P 
Mas vamos ao que interessa, a ficha técnica:Modelo: Jeep CJ-5 ano 1972.
Chassi: Foram removidos todos os suportes originais, ficando apenas as logarinas e 2 travessas. Só de rebites originais aliviou uns 3 Kgs! Reforçado com cinta embaixo das longarinas e chapas de ¼”, fechando o perfil por dentro, em alguns pontos. Todos os furos originais das longarinas foram fechados com solda MIG. O suporte do motor forma uma travessa, soldada nos 2 lados. A travessa da caixa é a original da Toyota, que acompanhou o câmbio. A travessa traseira foi substituída por uma nova, com chapa de ¼” com reforço interno, se estendendo às longarinas, totalmente soldada. Na dianteira foi soldado um berço para o guincho. As longarinas foram cortadas para embutir os suportes superiores da molas, devidamente reforçadas por dentro. Todos os suportes da nova suspensão estão soldados com MIG. No lugar dos calços originais da carroceria, foram soldadas novas travessas, de forma que a carroceria tenha maior sustentação. Foram 18 Kg de solda MIG só no chassi!!! 
Suspensão: molas helicoidais, tirantes, amortecedores hidráulicos, e no lugar da barra Panhard, dois braços, ligados à uma peça giratória no centro do eixo. Usado em carros de corrida, tipo Stock Car, que possuem eixo rígido traseiro. Com a Panhard, o eixo se move lateralmente, em relação ao chassi. Com esse sistema, o eixo permanece no centro do chassi, tanto faz para que lado é a curva. Barras estabilizadoras nos 2 eixos, sendo a traseira desconectável, para as trilhas. Desconectando a barra traseira, ganha-se uns 6cm de curso.
Na foto:
01 - barra estabilizadora
02 - braços com ponteiras
03 - peça giratória no centro do eixo
Eixos: originais do Jeep, canela grossa. Relação 9/44, bloqueio de F-100, 75%, nos 2 diferenciais. Correção da cambagem, que no original deixa a parte de baixo das rodas para dentro. Vedação do cubo dianteiro, com a instalação de mais 1 retentor. Roda-livre AVM. Todos os rolamentos são novos.
Freios: Servo-freio à vácuo da Toyota Bandeirante, à disco nas 4 rodas, 2 pinças por disco na dianteira e 1 na traseira. Bom demais! Fabricação do Berga. Freio de estacionamento original da Bandeirante, com cubo na saída do cardã traseiro, que será ainda substituído por um disco com pinça.
Rodas e Pneus: Liga-leve 15x8, pneus General Grabber 35”. Em breve mais um jogo de rodas com pneus Frontiera 33”! Direção: Santana, TRW, hidráulica, com 2 guias para o braço do setor. Duas barras independentes, 1 para cada roda. Amortecedor Heckentorn. Coluna do Vectra, barra telescópica. Terminais da Toyota Bandeirante, sem graxeira.Primeira configuração.
Configuração atual e mais eficiente.
Embreagem: Original do motor, hidráulica, com cilindros da Bandeirante. Motor: GM 4.1 Mpfi 6 cilindros em linha, da Silverado. Original à gasolina. 138 CV à 4.100 RPM, 30,7 Kgf/m de torque à 2.500 RPM. Câmbio: Toyota Bandeirante 4 marchas, com cx. de tração e reduzida também da Band. (Ainda sem a relação exata, alguém tem???)
Cardãs: Espigas, luvas e cruzetas na saída da caixa, originais da Band. Cruzetas do lado dos diferenciais originais Willys. Tubos dos cardãs com 5mm de parede. Radiador: original da Rural 6 cilindros, com a caixa inferior no lugar da superior, selado, com reservatório de expansão. Ventoinha elétrica do Vectra.
Tanque: 100 litros, localizado na parte traseira inferior. O assoalho traseiro foi levantado em 10cm para acomodar o tanque. Bocal da CBR 450.
Acessórios: Volante, manoplas e pedaleiras da Shutt. Bancos concha e cinto de 4 pontos San Marino. Instrumentos do painel Cronomac. Gaiola (reforçada), estribos, suporte de estepe e pára-choques da Keko. CD – Player e PY em console especial na gaiola. Rodas Vasca de liga-leve 15x8. Amortecedores Rancho RS-9000, com controle no painel. Baú traseiro, opcional ao banco, com caixa térmica de 48 litros e caixa de ferramentas. Macaco Hi-Lift. Guincho Hi-Pull 9000 lbs, elétrico. Bateria de 100 Ampères. Capota reclinável da Atlântida. Comp. p/ navegação Totem.
Capota Atlântida.
Aqui a capota reclinada. Notem o “roubo” do espaço traseiro.
Números:
Ângulo de entrada: 70°
Ângulo de saída: 60°
Ângulo de dorso: 40°
Vão livre eixo: 27 cm
Vão livre central: 44 cm (travessa da caixa)
Travessia de água: 1,5 metros.
Torque: 30 Kgf/m à 2.000 RPM.
Velocidade máxima: 140 Km/h à 5.000 RPM, em 4ª marcha (1:1) (o motor corta em 5.500)
Peso da criança: 1.750 Kg.
É isso aí. Tem mais fotos no meu álbum pessoal. Quando tiver novas fotos, ponho aqui. []’s
Responder com Citação
qual preço 
, o sistema de freio impressiona, como ja tinha te falado antes as duas pinças no disco dianteiro dão uma aparencia impressionante
Postado originalmente por lassis
