Prezados;
Após uma conversa com um amigo de trilhas hoje, um saudosismo me fez recordar o que, no fundo, lançou-me no universo 4x4: a paixão por Fuscas. Explico: quando pequeno, meu pai tinha um Fusca 1.300, ano 1980, com o qual vivi boa parte de minha infância. Recordo-me, assim, de quando íamos para as férias em Borborema - SP, na Fazenda São João, da minha vó. Era só chover para todos os carros - exceto o Fusca - atolarem na volta para a cidade. Desde aquela época eu simplesmente adorava isso e, confesso, sempre torcia para o temporal cair e garantir um fim de dia gostoso. Pelo menos para mim!
Com menos de 12 anos de idade eu já, sob olhar atendo do meu pai, dirigia o valente Fusca pelas estradas de terra da região de Borborema. Quando fiz 18 anos, meu primeiro carro foi um Fusca (o Fusca Mau) e, com ele, brincava nas estradas da fazenda. Dentre muitas aventuras, uma delas foi marcante: na fazenda havia um açude o qual costumávamos atravessar à cavalo ou com o trator. Até que eu resolvi que o Fusca deveria atravessá-lo, também. Ele foi bem na ida, até. Contudo, no regresso, sai do trilho alto e meu fusca ficou parcialmente submergido.
Anos após, vendi o Fusca para ajudar a fazer caixa para cursos da aviação. E fiquei sem fuscas por um bom tempo.
Na época de faculdade, decidi que compraria um Fusca para matar minha saciedade, e, então, adquiri a Penélope, uma Fusca 1.300L ano 1976. Por ser uma dama, bastante original inclusive, aventurei-me poucas vezes na lama com ela. Sempre, contudo, rendendo boas brincadeiras.
Mas foi nos idos de 2010 que minha vida tomou outro rumo. Larguei a aviação profissionalmente e passei a dedicar meus esforços na empresa da família. O destino é sempre imprevisível, mas, de certa forma, não fosse isso, talvez não estaria aqui neste fórum contando a história do Barrinho, um Fusca 1.500 de 1974, o qual, segundo uma amiga de trilha, é o Fusca mais feliz do mundo. E vocês entenderão o porque nos próximos capítulos.