Postado originalmente por
Walter da Camper
Desculpe por discordar, mas o protocolo de comunicação é o mesmo para todos os bicos e, por isso não há necessidade de identificação para esse fim.
O sistema common-rail requer uma quantidade muito precisa do combustível injetado. O que determina essa quantidade são 2 fatores: a pressão que chega no bico (a mesma do rail) e a duração do pulso elétrico aplicado sobre o bico, o que determinará o tempo em que o bico permanece aberto (coisa da ordem de 5 milésimos de segundo).
Ocorre que, numa produção em série, é previsível que dentre as peças produzidas, algumas se comportaram de modo ligeiramente diferente umas das outras. Exemplo: um bico pode injetar 1 miligrama de diesel ao ser submetido à pressão X e ao pulso Y, enquanto outro bico injetará 1,1 miligrama sob as mesmas condições. Isso se chama "dispersão das características" do produto.
Essa "pequena" diferença é suficiente para desequilibrar o funcionamento do motor e gerar fumaça, principalmente em baixas rotações. Por isso, cada bico é testado na fábrica a fim de medir o fator de correção da quantidade injetada em razão das suas características particulares. Esse fator de compensação deve ser informado à ECU para correção da duração do pulso e, assim, todos os cilindros receberão a mesma quantidade de combustível injetado, embora excitados por diferentes duração de pulso.
Repetindo que isso vale para os sistemas Denso. No caso do NGD a correção é feita medindo-se as microvariações de rotação do motor no momento de cada injeção (se um bico injeta mais que os outros, o sensor de rotação detecta o "tranco" recebido pelo virabrequim e a ECU faz a correção) não havendo necessidade de programar nada quando se troca algum bico injetor.
Ao menos foi isso que eu entendi ao ler a literatura em lingua gringa desses motores. Se alguém tiver alguma informação mais precisa, por favor contribua com o tópico e ajude a enriquecer o conhecimento de todos que curtimos a tecnologia diesel.