"Se tranque na garagem com um carro á gasolina funcionando, e se vc. sobreviver, se tranque na mesma garagem com um á diesel funcionando. Certamente você ficará mais sujo no caso do diesel, mas é por conta da fuligem emitida pelo motor. Certamente você morrerá primeiro no caso do carro á gasolina."
O que ele quis dizer é que os gases emitidos por um motor á gasolina são muito mais nocivos á saúde humana do que os gases emitidos por um motor á diesel.
O problema, ainda segundo ele, é que como as pessoas se apegam mais no que elas vêem na hora de emitir um julgamento, elas acabam condenando os veículos á diesel por conta de que sua fumaça é mais perceptível - e mais desagradável por conta da cor escura - do que a fumaça emitida pelos veículos á gasolina.
O mais estarrecedor é que a CETESB ainda usa, nos critérios para medir á céu aberto a poluição emitida pelo escapamento de um veículo á diesel, nas blitz de rua, um método de medição QUE FOI ABOLIDO NA EUROPA EM 1976 chamado de "Escala de Ringelmann", que nada mais é do que um "Disco de Newton" com várias tonalidades do branco ao preto, passando pelo cinza claro, cinza, cinza escuro, método esse que é ineficaz pelo simples fato que é totalmente subjetivo, ou seja, depende de eu achar que aquela fumaça é cinza escuro e outra pessoa ver a mesma fumaça e achar que é cinza claro, o que é ridículo e passível de argumentação em caso de recorrer a este tipo de multa. Aliás, o objetivo da visita ao IPT era justamente este: constatar a precariedade do método e julgamento da medição e assim poder criar uma jurisprudência ao alegar isso em qualquer recurso impetrado que viesse a se tornar ação judicial.
Daí, por conta disso, que a Prefeitura resolveu, após isso, criar as inspeções veiculares. Minha visita ao IPT foi no início da década de 90; a idéia das inspeções nasceu no governo do Maluf, e por conta das burocracias, só vingou agora, de dois anos pra cá. E viram que este mercado é tão promissor que a Ecovias acabou de comprar a Controlar, ou seja, vão correr muuuuuuuuitos zeros por conta do advento destas inspeções, e isso vai virar para todo o país em pouco tempo, vocês vão ver.
Onde eu quero chegar: nocivo por nocivo, a gasolina ganha. E com as novas tecnologias diesel (common-rail), um motor de mesma litragem, no caso de automóveis, renderá 200% mais em autonomia, por mais injeção direta que apliquem nos motores á gasolina. Na Europa já há carros que percorrem 100km com 3 litros de diesel. No caso de carros á gasolina, quando muito chegam aos 5,5litros para a mesma distância. Sinal de que a tecnologia diesel ainda supera e em larga escala a tecnologia á gasolina. Não é á toa que mais de 70% dos veículos vendidos na Europa sejam á diesel.
Estes mesmos avanços diminuíram e em muito o fator nocivo da emissão dos motores diesel, mas ainda não eliminam de todo a fuligem. E fuligem, ainda segundo o mesmo técnico do IPT, por ser mais pesada que o ar, até sobe logo após sair do escapamento, mas passado um primeiro momento, cai ao chão, e a primeira chuva leva este resíduo, que depois é absorvido pelo solo, virando um adubo natural e de alta qualidade.
Bom, estes são meus 0,02 sobre o assunto. Escrevi demais, mas para mostrar que a gasolina, por melhor que seja, prejudica em maior grau nossa saúde e, tecnologicamente, não conseguiu chegar junto ao diesel. O álcool é nossa redenção: bom, barato, serve á todos, sendo uma pena que não seja nada econômico...mas só de ser renovável, já se redime numa boa!
Bom mesmo é veículo elétrico...mas isso por si só já abre campo para uma nova celeuma por aqui, e que até valeria á pena discutir, mas só pra dar uma colher de chá (ou de pau?) no assunto, digo que o motor elétrico tem todo o seu torque á zero rpm, e isso nem diesel, nem gasolina, mesmo que com blower e tudo, consegue se equiparar!!!
( )´s.