Delfim, Rubens e Guilherme,
Não há necessidade de preocupação com agradecimentos especiais, afinal somos todos integrantes do Fórum, ambiente cuja principal característica é a ajuda mútua. Já me beneficiei demais de informações coletadas aqui, apenas chegou a minha hora de contribuir.
Guilherme – pelo que você afirma deveria haver um furo em um canto qualquer, no radiador ou nas mangueiras imagino. Mas não conseguimos constatar isso quando estávamos consertando o veículo. Imagino então que, se você tem razão em sua hipótese, o carro deveria apresentar o problema no retorno a Brasília e isso não ocorreu. Lembro-me de ter trazido uns 10 litros de água pensando que precisaria disso na volta e não foi preciso. Não tenho, como a maioria aqui, conhecimentos mais refinados de mecânica, mas o seu raciocínio me pareceu correto. Enquanto trocava o cabeçote do carro mandei trocar a chaleira do radiador, colocar uma de alumínio. Posso assegurar a você que não havia vazamentos no sistema, pois toda vez que ia ligar o carro a primeira vez do dia conferia o líquido do arrefecimento e nunca notei vazamentos, a não ser uns 200 ml a cada seis ou oito meses, coisa que considero normal para o clima seco de Brasília.
Rubens – O mecânico pediu-me que trocasse o cabeçote, as válvulas de escape e de admissão, a válvula termostática, a junta do cabeçote e os retentores de válvulas. Questionei sobre a necessidade da válvula termostática e recebi a afirmação de que é padrão para eles trocar esta válvula quando trocam o cabeçote, mas foi taxativo em afirmar que a minha estava funcionando sem problemas. Até guardei a válvula velha no carro para, se necessário, tirar alguém do prego em cidades do interior em minhas pescarias.
Delfim – Se havia furos no sistema esses terão forçosamente que se manifestar novamente, pois nada foi feito nesse sentido. Uso esta picape praticamente para viajar, dentro da cidade uso o Corolla, mas na viagem que fiz após o conserto o carro foi muito bem. E olha que atravessei o sertão baiano com velocidades oscilando entre 120 e 140 km/h no período entre 11 e 18 horas, logo não poderia haver teste melhor. Nada, nenhum aquecimento ou retorno de água para o reservatório de expansão. Tampa do radiador acho pouco provável, afinal nunca apresentou qualquer sintoma disso, como por exemplo, uma mancha da água com coolant, uma umidade por merejamento ou coisa que o valha, mas esta hipótese está descartada de ser investigada pois troquei a chaleira do radiador e junto com ela a tampa. Explique melhor como poderia a tampa do radiador influenciar no retorno da água para o reservatório de expansão: a regulagem da pressão dela ?
Apesar deste problema, continuo a recomendar aos meus amigos essa picape, o carro tem uma robustez fantástica. Não fosse pelo câmbio (estou ficando velho e quero na picape o conforto do câmbio automático) ficaria com ela, mas no início do próximo ano penso em trocá-la por uma nova AT.
Abraço a todos.