Hilux 2.8D CD 98/98

[André Cajarana]

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Olá amigos!
Recetentemente comprei uma Hilux 2.8D CD 98/98 (Argentina) sem o manual e tenho várias dúvidas quanto a manutenção do carro e várias outras especificações, tais como: Qual o tipo do motor ? Quantos cavalos, Potência, etc?
A quantidade de óleo do motor com ou sem a troca do filtro? e outros tópicos que os amigos possam me ajudar.
Existe alguma diferença da Hilux montada na Argentina para a montada no japão?
Dizem que a montada no Japão tem mais durabilidade, é verdade?
No mês de dezembro/07 fiz uma viagem ao interior de São Paulo, passei por uma estrada com muita trepidação (remendos) no asfalto por mais de 90Km, após uns 50 Km de estrada boa, a quinta marcha não mais engrenava, só engatava. Levei-a a um mecânico e depois de baixar e abrir a caixa de mudanças verificou-se que a tranca (tipo arruela c/ pressão) da quinta tinha quebrado.
O mecânico falou que isto é muito normal no motor 2.8, é verdade?
Fico no aguardo das ajudas dos ilustres amigos da 4x4
André

[Leonardo Dic]

André, o motor 2.8D é o motor toyota 3L, o argentino me parece que tem 78 cvs. A minha japonesa tinha 87 cvs.
É um motor que tem uma durabilidade muito grande se bem cuidado. Cuidados basicos são trocas de oleo e filtro a cada 5.000 km, o filtro do diesel eu trocava a cada 15.000 km em condiçoes normais o manual indicava 20.000 km, e o filtro de ar de acordo com a poeira. Usava filtros da Fram, que tinha bom preço. óleo-PH8A, diesel-P4922, ar-CA4255, se optar por Mann: óleo-W940/81, diesel-WK828, ar-C16136.
O óleo use sempre um 15W40 de primeira linha, de preferencia um API CI-4 tem da BR, Castrol, Texaco, ELF, Esso, Shel. Na japonesa vai 5,3 lts eu ACHO que na argentina é 7 lts.

Nos diferenciais, cambio e Tcase use o 75W90 API GL5, eu usava Castrol ou Elf sinteticos (considerando q o diferencial traseiro da argentina não é LSD vc poderá usar o mesmo óleo em todos esses compartimentos).

diferenciais-2,3 lts cada (o seu dianteiro é IFS e poderá ir menos, pois é menor)
cambio-3,9 lts
Tcase-1,6 lts

Radiador - 9 lts Use um bom aditivo com monoetilenoglicol (sempre usei o da paraflu com agua destilada desmineralizada de bateria 1:1)

Graxa sempre usei sabão de lítio aditivada com dissulfeto de molibdenio (Tutela, Novalub), é cara mais em 360.000 km só troquei uma cruzeta. A minha japonesa tinha 13 pontos de graxa. 4 no cardã traseiro, 5 no dianteiro, 2 nos munhões (essa a sua não tem, mas deve ter nos pivôs que a japonesa não tem; devem ser 4 pivôs) 2 na barra de direção liga o Pitman ao braço auxiliar curvo (essa na argentina pode ser diferente tb).

A diferença basica da Japonesa está na suspensão dianteira, que usa um eixo rígido com feixes de mola, que torna ela muito mais robusta e de baixíssima manutençao que a sua argentina, que tem bandejas, barra torsão, pivos, buchas, coifas, homocineticas, porém bem mais desconfortável.
O pessoal fala que o resto das peças tb tem mais durabilidade, e a lataria seria mais resistente a corrosão, isso eu já não posso afirmar.

A questão do cambio eu não concordo com seu mecanico, sempre rodo por estradas ruins e acompanho o pessoal das fazendas que dão um kct danado nas SR5 e nunca vi essa historia de não engrenar a quinta.

Espero que tenha ajudado um pouco, e que o pessoal que tem as Argentinas colaborem tb e corrijam algum erro que eu tenha cometido.

Abraço

[Yamada]

Caros amigos aqui vai um depoimento rápido, ano passado adquiri uma SR5 2.8CD 98 com 160.000KM q estavam no velocimetro, mas acho que tinha mais pois do cara que comprei, Butique das PickUps em niteroi, não dá prá confiar! Tive muitos problemas. Mas voltando ao assunto, desde q comprei fiz o q tinha q fazer, correias, flúidos etc, mas nada de mecanica, a não ser balanceamento e alinhamento. Bom, desde então não houve nada de problema de tipo nenhum! Em sete meses rodei na cidade 25.000KM e em dezembro fiz uma expedição com quatro ocupantes no cabine e a caçamba cheia até a altura da capa maritima, e quando eu falo cheia é cheia mesmo! Tinha nossa bagagem pessoal, 40LT de diesel em galão por precaução, caixa de ferramentas, oléo para uma troca, etc. Veja saí do Rio de Janeiro e fomos até a Patagonia, Ushuaia! E veja colocando, com toda a preocupação, os diesel's mais mandrakes naqueles postos de estrada abandonada e coisas tais, o fato é que a 2.8 rodou todo tipo de estrada, boa de asfalto até trilha de pedra e areia, praia, gelo, atravessamos os Andes 03 vezes entre argentina e chile, subimos, literalmente, um vulcão, ativo, com a brava 2.8! Foi e voltou sem nem um suspiro ou engasgo! Nem um pneu furado, nada! Não sabia se ficaria com este modelo, minha esposa tem uma Grand Cherokee 5.9 LX que é um espetáculo, mas depois desta aventura de 15.000KM rodando sem parar por 01 mês e sem nenhum problema, apesar de sofrer um pouco em subidas pois não tem turbo, acho que ficarei com ela para o resto da vida!

[Yamada]

O título é TREMENDO Trator, com R! E para ficar claro os 15.000 km foram entre dezembro e janeiro (30 dias) por tanto, no total já são +- 40.000KM!!!!

[André Cajarana]

Olá Leonardo
Estou bastante agradecido mesmo por suas valiosas informações!
Meu chapa! Você clareou minha mente em muitos aspectos relativos a manutenção preventiva da minha Hilux 2.8D. Muito obrigado mesmo.
Olha, quando a comprei, troquei todas correias (coloquei originais), óleo do motor (Texaco Ursa/TDX), todos os filtros (Fram), Filtro comb (original) revisei freios e molas, cambagem/Alin/balen, só não troquei a água do radiador ainda, pelo seguinte motivo:O mecânico que fez a troca das correia falou que eu não poderia trocar a água simplesmente e colocar o aditivo, face a presença de ferrugem na água e as mangueiras de arrefecimento estão todas apresentando acúmulo de sujeira por dentro, isso causaria um prejuízo maior a bomba d’água que é interna próxima a correia dentada. Já rodei 4.700 Km, o óleo do motor não baixou nada, a água do radiador também a mesma coisa e o ponteiro do instrumento de temperatura sempre normal. O que você me orientaria quanto à parte de arrefecimento!
Sou um iniciante em Toyota, mas, com a ajuda de amigos como você, irei no futuro próximo ternar-me um conhecedor no assunto.
Seja bastante feliz
André

[André Cajarana]

Olá Yamada!
Gostei do seu esclarecimento aventureiro!
Agora me fala, sua Hilux é montada na Argentina? Quantos Km você fez em média nas diversas estradas?
A minha Hilux é 4x2, você realizaria a mesma viagem com uma?
Quais as vantagem e desvantagem da 4x2?
Agradeço bastante suas informações!
Um abraço fraterno!
André

[gpaulo]

Sou novato em pickups, porém acho que ficarei com a minha para sempre.

[Leonardo Dic]

André, vou dar um palpite. Se está com muito ferrugem, vc poderia esgotar, dar uma lavada no sistema, se notar q o radiador está meio entupido, tira ele e manda varetar, se não anda uns dias na maciota só com agua, esgota de novo se achar que ainda saiu muito sujo anda mais uns dias só com agua e só depois coloca a agua destilada com o aditivo.

Abraço

[EduardoToyota]

Grandes amigos novatos com Pickups e principalmente Toyotas Hilux.

Parabéns pelas aquisiçoes e pela ótima escolha da pickup.

Todos já sabemos que a criança 'é um trator.

Deem uma olhada nos vídeos da minha Japonesa 95 com BL de 3" e os BF 33" fazendo um estrago Brasil afora!!

só procurar no Youtube meu usuário. eduardotoyota

também tem uns tópicos que eu abri para detalhar as modificaçoes da minha..

Vale a pena o investimento pra Radicalizar a bixa.

Um abraço.

Eduardo

[Armindo Neto]

Verdade que essas Toyotas 2.8 rodam 1milhão de kms?

[caiolucas]

e tambem quando ligo a seta para esquerda ou direita o ponteiro da temperatura fica se movendo

[EduQxQ]

e tambem quando ligo a seta para esquerda ou direita o ponteiro da temperatura fica se movendo

Olá Caiolucas,
pelo teu relato o problema deve estar no mostrador (ponteiro) de temperatura no painel, ou no circuito elétrico dele.
Experimente medir a temperatura do bloco do motor com um termômetro externo e compare com o medidor do painel.
Na SR5 que eu tive, a temperatura normal de operação ficava entre 80 e 86 graus, e o ponteiro do painel sempre abaixo da metade da escala.

Um abraço,
Edu