Matou a pau.
Valeu Rodrigo.
Fechando o roteiro aqui.
Abs
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fantastico esse topico. já li tudo...parabéns pela viagem e pelas fotos.
amigos quais alterações vocês sugerem para realizar uma expedição dessa na minha L200.
pelo jeito....amortecedores preparados e um body lift parace ser obrigatório...
Lucas, com a L200 original não terá em princípio nenhum problema. Eu fui de Duster 4x4 outros foram de Tracker ou TR4. O problema é altura do solo nos areais, e a L200 tem 22 cm. A Duster tem 20 e passou ( o peito de aço as vezes deslizava na areia mas ia e normalmente em auto ). Praticamente quase não usei o lock e quando usei foi mais por medo do que por necessidade.O pior lugar segundo consta é a trilha das dunas.Um colega nosso trilheiro passou com a Duster dele e ainda teve que parar pois o caminhão da Korubo estava atolado na frente. Parou, saiu e chegou no final ( vide: http://duster.forumeiros.com/t762p30-jalapao-to ). Eu mesmo peguei o atalho da antena para a cachoeira da velha, que acho que é pior até que a trilha das dunas ( foram 12 Km de areal ) e não atolei. Fui em março,quando passei estava seco, mas creio que a areia pode ficar menos compacta em julho/agosto. Vá sem susto, mas se tiver um outro veículo junto é muito bom e não esqueça as cintas de reboque/patescas.Areia fofa pneu vazio ( leve um compressor para encher pneu ). Na minha expedição mantive a calibragem original, pois não senti necessidade de diminuir a pressão.
Lucas, com a L200 original não terá em princípio nenhum problema. Eu fui de Duster 4x4 outros foram de Tracker ou TR4. O problema é altura do solo nos areais, e a L200 tem 22 cm. A Duster tem 20 e passou ( o peito de aço as vezes deslizava na areia mas ia e normalmente em auto. Praticamente quase não usei o lock e quando usei foi mais por medo do que por necessidade.O pior lugar segundo consta é a trilha das dunas.Um colega nosso trilheiro pasou com a Duster dele e ainda teve que parar pois o caminhão da Korubo estava atolado na frente. Parou, saiu e chegou no final ( vide: http://duster.forumeiros.com/t762p30-jalapao-to ). Eu mesmo peguei o atalho da antena para a cachoeira da velha, que acho que é pior até que a trilha das dunas ( foram 12 Km de areal ) e não atolei. Fui em março,quando passei estava seco, mas creio que a areia pode ficar menos compacta em julho/agosto. Vá sem susto, mas se tiver um outro veículo junto é muito bom e não esqueça as cintas de reboque/patescas.Areia fofa pneu vazio ( leve um compressor para encher pneu ). Na minha expedição mantive a calibragem original, pois não senti necessidade de diminuir a pressão.
Espero que todos eles estejam falindo junto com todos seus frequentadores da classe Alta de Brasília (também responsáveis pelo caos econômico atual) que costuma frequentar o Lugar. E ai quando precisarem de nossa classe média já seja bem tarde para eles!
Acompanhamos toda viagem de vcs pelos tópicos. Conhecemos bem a Região do Parque dos Veadeiros e Alto Paraiso. Quando fomos morávamos no Sul De MG (Agora no Oeste do Paraná). Podemos de dizer que Alto Paraíso é sensacional. La na Pousada do Guias obtivemos os Bizús (Dicas) sobre todas as cachoeiras da Região. Conhecemos pouco menos da metade em cinco dias e foi show! Ah o pessoal da "juventude alternativa" esta sempre presente e não raro para, por ali para "vigilias" em busca de Discos Voadores nos Céus...Aliás que céu estrelado maravilhoso...Em suma pra dois coroas como nós foi bem divertido.....
Agora planejamos conhecer o Nordeste com passagem pelo JALAPÂO.... ou algo como JALAPÂO - BR 230 - Humaitá - Acre ( e se der tempo MAchu Pichu )
Abraço e parabéns pela aventura!
PS: Nosso abraço para quem explora o Turismo... e nosso desprezo para quem explora o Turista!
Gostei da frase no final do seu post: "Nosso abraço para quem explora o Turismo... e nosso desprezo para quem explora o Turista!"
Explorei apenas parte do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Não tivemos oportunidade de explorar as cachoeiras da região, que são muitas, pois o foco da expedição era o Jalapão. Certamente retornaremos a Alto Paraíso de Goiás para explorarmos algumas cachoeiras ano que vem.
Quanto ao seu comentário sobre o céu, realmente é sem igual. Fomos até a rodovia que dá acesso ao Parque apenas para admirar o céu noturno, sem a interferência das luzes da cidade.
Reserve algo entre 5 a 10 dias para o Jalapão na futura Expedição de vocês. Irão se encantar com os Fervedouros, Cachoeiras e Rios. A região é muito quente e durante o dia a água nunca está gelada. As Dunas e a Serra do Espírito Santo também merecem uma atenção especial.
Compartilhar nossas viagens com quem também gosta e aprecia é muito gratificante.
Abraços!
Este é um assunto que gera polêmica... No entanto, Off Road não combina com ambientes como aquele. A turma que vai para o Jalapão em 4x4 próprio em sua maioria prefere Camping ou Pousada Rural, simples e sem sofisticação. Pessoal que curte a Serra da Canastra idem.
Circuitos que combinam Off Road e hospedagem com ou sem sofisticação, encontramos nos roteiros da Estrada Real, cuja manutenção dos caminhos são mantidas pela FIEMG, que implantou sistema de Passaporte e Certificados, o que é muito bacana, pois comprova que a pessoa realmente percorreu no mínimo uns 70% a 80% do caminho, dependendo do roteiro.
Atravessei Brasília para chegar até Alto Paraíso de Goiás. Na volta do Jalapão Retornei pela BR-153 saindo de Palmas sentido Goiânia, evitando Brasília por ser um trecho de trânsito caótico, cheia de radares 40 Km/h, deslocamento lento e estressante.
Pessoal,
Conforme prometido, segue meu relato sobre minha viagem ao Jalapão agora no início de Julho de 2015.
Dia 05/07/15:
Saímos cedo de Brasília passando por:
São João da Aliança/GO
Alto Paraiso de Goiás/GO
Teresina de Goiás/GO
Monte Alegre de Goiás/GO
Campos Belos/GO
Arraias/TO
Conceição do Tocantins/TO
Natividade/TO
Chapada da Natividade/TO
Pindorama do Tocantins/TO
Ponte Alta do Tocantins/TO
As estradas no Goiás estavam muito boas. As do Tocantins ora eram boas ora eram ruins com muitos remendos no asfalto.
Depois de Chapada da Natividade, pegamos 60 km de estrada de terra até Pindorama. A estrada estava ruim, cheia de buracos e costela de vaca. Demoramos uma hora e meia para atravessar esse trajeto.
Entre Pindorama e Ponte Alta a estrada foi asfaltada recentemente.
Chegamos em Ponte Alta no final da tarde. Nos hospedamos na Pousada Vereda das Águas, próxima a ponte. A noite comemos uma pizza e fomos dormir.
Sobre Ponte Alta: É uma típica cidade do interior que não acordou para sua vocação turística como "Porta de entrada do Jalapão". Ainda não consegue suportar bem as turistas, como por exemplo possuir algumas opções de restaurante. Chegamos no final da tarde e fomos procurar um local para jantar. Existia apenas um local, ao lado do posto de combustível (Latitude: -10.741673 | Longitude: -47.537464), que servia pizzas. Pedimos uma grande de calabresa, de qualidade razoável, e pagamos R$ 30,00. No dia seguinte resolvemos dar uma volta pela cidade para procurar algum outro lugar para jantar e não achamos. Comemos novamente na mesma pizzaria.
Sobre a Pousada Veredas das Águas (Latitude: -10.73899 | Longitude: -47.53486): Pousada muito boa, com quartos bem limpos, ar condicionado, internet sem fio e bom café da manhã. Recomendo. Chegamos sem ter reserva e conseguimos quarto sem problemas, com diárias de R$ 160,00 para casal. Vale lembrar que o acesso à Internet nessas cidades pequenas é precário, e o que a internet sem fio das pousadas apenas quebra um galho.
Dia 06/07/15
Tomamos café da manhã e saímos cedo da pousada com destino as atrações que ficam na estrada de terra entre Ponte Alta e Rio da Conceição: Cachoeira da Fumaça, Cachoeira do Soninho, Cachoeira da Talha do Brejo do Boi e Pedra Furada. Antes de sair da cidade paramos no posto de combustível que fica no centro e abastecemos com gasolina a R$ 3,63/litro. Após visitar todas as atrações, voltamos à Ponte Alta e dormimos na mesma pousada.
Sobre a Estrada: Saindo de Ponte Alta com destino a Pindorama, anda-se 12km pelo asfalto e entra a esquerda numa estrada de terra. Depois disso são mais 90 km até a Cachoeira da Fumaça, o ultimo destino desse caminho, e volta-se. A estrada estava muito ruim, cheia de costelas vaca, buracos e pedras de cascalho. Ao chegar a Cachoeira da Fumaça, existe uma ponte de madeira e a estrada continua até Rio da Conceição. Porém a ponte foi queimada em cima de um dos pilares, e não está mais transitável. Acredito que o fogo na ponte foi proposital, realizado por algum fazendeiro da região que não gostava do transito por ali.
Sobre a Cachoeira da Fumaça (Latitude: -11.156466 | Longitude: -47.011585): Cachoeira muito bonita, com uma grande queda d’água. Na parte de cima da cachoeira é possível tomar banho sem problemas. Atravessando a ponte de madeira, a direita existe uma trilha a pé que chega atrás da queda d’água. Recomendo fortemente essa ida até atrás da cachoeira, pois é uma experiência incrível.
Sobre a Cachoeira do Soninho (Latitude: -11.027072 | Longitude: -47.141671): Cachoeira bonita, com uma queda d’água intrigante. O acesso se dá por uma estrada secundaria a direta (sentido Rio Conceição) que fica 700 metros antes da ponte de concreto sobre o Rio Soninho. A estrada estava bem ruim e recomendo deixar o carro na principal e ir a pé. Apesar do Guia 4Rodas e de alguns relatos dizerem que é possível tomar banho no poço embaixo da cachoeira, não achamos nenhuma trilha de acesso. Tomamos banho na parte de cima da cachoeira, próximo a ponte, onde existe uma grande laje de pedra rasa que vai de um lado a outro do rio.
Sobre a Cachoeira da Talha do Brejo do Boi (Latitude: -10.98888 | Longitude: -47.188695): Apesar de haver pouca informação sobre essa cachoeira, conseguimos achar a estrada de acesso a ela. Porém após andar alguns quilômetros, a estrada foi ficando cada vez mais fechada e de difícil acesso, indicando que ninguém passava ali por algum tempo. Resolvemos abortar e voltar. No dia seguinte um guia da região nos perguntou se fomos nós que tentamos chegar na cachoeira, pois ele viu os rastros do pneu. Ele disse que a cachoeira está inacessível e foi bom abortarmos, pois a estrada ficaria cada vez pior.
Sobre a Pedra Furada (Latitude: -10.877382 | Longitude: -47.386236): Como deixamos ela para o final, chegamos ao final da tarde para ver o pôr do sol. É uma formação geológica muito bonita e diferente. Não havia mais ninguém no local e ficamos muito tempo observando a natureza no local. A rocha é bem interessante e se desfaz em areia ao passar dos dedos. Do lado esquerdo da pedra é possível acessar um pequeno "mirante" no alto, onde pode se observar as redondezas. Infelizmente o local está quase todo rodeado por plantações de eucalipto. Ao descer do mirante existia um enxame de maribondos no meio do caminho que fizemos para subir. Depois de muita "deliberação" sobre como descer, resolvemos passar bem devagar por baixo do enxame. A ideia deu certo, mas um deles ainda conseguiu me picar por cima da camiseta. Após passar um polaramine pomada na picada, seguimos de volta à Ponte Alta.
Dia 07/07/15
Nos passeios do dia anterior o carro sacudiu tanto nas estradas de terra ruins, que afrouxou todos os parafusos de fixação do bagageiro ao teto. Tomamos café da manhã e tiramos tudo de cima do carro para reapertar os parafusos. Por sorte eu havia levado uma sucata de parafusos e porcas onde consegui achar porcas travantes o que resolveu o problema e o bagageiro ficou bem fixado pelo resto da viagem.
Fizemos a saída da pousada, abastecemos novamente no posto de combustível do centro e partimos para as atrações que ficam entre Ponte Alta e Mateiros: Cânion do Sussuapara, Cachoeira do Lajeado, Cachoeira do Brejo do Boi, Cachoeira da Velha e Praia do Rio Novo.
Quanto ao combustível, uma informação importante. Meu carro é movido a gasolina e o consumo normal dele varia entre 7 a 8 km/l. No dia anterior eu verifiquei que o combustível acabou muito rápido, fazendo algo entorno de 4 km/l. Acredito que isso aconteceu devido a uma combinação de fatores tais como andar muito tempo com o motor em alta rotação, em baixa velocidade, com 4x4 e usando gasolina de qualidade duvidosa. Tudo isso me motivou a levar mais 20 litros de gasolina num galão no teto para chegar até Mateiros. Não cheguei a precisar dele, porém após visitar diversas atrações entre Ponte Alta e Mateiros o carro acendeu a luz de reserva a poucos quilômetros de Mateiros. Chegando em Mateiros, parei no Posto Barretão, coloquei o que estava no galão e completei o tanque com gasolina a R$ 4,30/litro.
Sobre a Estrada: O planejamento do dia foi sair de Ponte Alta e dormir na Cachoeira da Velha, totalizando uns 100 km. A estrada estava muito ruim com grandes pedras de cascalho e muita costela de vaca. Infinitas costelas de vacas. Depois de ler muitos relatos sobre o Jalapão, achei que o maior desafio das estradas de terra era enfrentar os famosos "areões". Que nada. Quase não achei areia, e quando achava dava graças a Deus que o carro parava de tremer. A estrada de acesso a Cachoeira da Velha também estava muito ruim, com um cascalho bem grosso que achei que ia desmontar o carro. Quando dormi a noite sonhei com a tremedeira do carro. Hehe.
Sobre o Cânion do Sussuapara (Latitude: -10.652289 | Longitude: -47.445726): Outra formação geológica bonita e interessante, quase "colada" na estrada. Um pequeno riacho conseguiu ao longo de muitos anos cavar uma pedra e formar um pequeno cânion. Passeamos de sandálias por toda a extensão do cânion com água na altura dos pés.
Sobre a Cachoeira do Lajeado (Latitude: -10.653501 | Longitude: -47.283615): Cachoeira interessante, onde a água cai por diversas lajes de pedras planas até chegar em um poço de aguas transparentes. Fomos descendo os degraus para tentar chegar ao poço, mas não conseguimos. Tentamos também localizar alguma trilha de acesso ao poço, porém não localizamos nenhuma.
Sobre a Cachoeira do Brejo do Boi (Latitude: -10.683645 | Longitude: -47.248961): Cachoeira "normal", com um grande poço para tomar banho. Pagamos R$ 5,00/pessoa para entrar. Na parte da cima da cachoeira existe um rancho onde cogitamos preparar o almoço nele. Porém após verificar que o local era um brejo, e que existiam dezenas de marcas de pneu de carros atolados, desistimos de almoçar ali.
Sobre a Cachoeira da Velha (Latitude: -10.269992 | Longitude: -46.881176): A cachoeira enorme e muito bonita. Cenário de cartão postal. Existe uma passarela de alvenaria que sai do estacionamento até bem perto da cachoeira. Não é possível tomar banho ali, pois as aguas são muito fortes. Partindo da cachoeira existe uma trilha a pé até a Praia do Rio Novo, mas ela estava interditada no dia.
Sobre a Praia do Rio Novo (Latitude: -10.26105 | Longitude: -46.884184): A praia parece um pedaço do paraíso. Muito bonita, com areia branca e fofa, águas completamente transparentes e uma vista sensacional. Gostamos tanto que ficamos a tarde quase toda nela. Em cada mergulho encontrávamos um cardume de peixe passando por ali. Uma dica importante: não esqueça de levar óculos de natação ou mergulho para apreciar o que existe embaixo d’água. Foi uma das melhores atrações que visitamos no Jalapão. Recomendo.
Sobre o Parque Estatual (Latitude: -10.30496 | Longitude: -46.947135): A cachoeira e praia ficam dentro de um parque estadual onde não se cobra pela entrada. Porém é pratica comum fazer uma doação voluntária ao parque. Essa doação serve para manter a infraestrutura de banheiros e agua encanada que existe no local e suporta as pessoas que acampam ali. Doei arbitrariamente R$ 10,00/pessoa. Na entrada do parque existe um estranho conjunto de prédios e uma grande pista de pouso que parecem terem sido construídos no meio do nada. Em um dos prédios fica a recepção do parque e em outro a moradia dos que trabalham lá. Os demais estão abandonados. Reza a lenda que toda a extensão do parque pertenceu ao traficante Pablo Escobar, que usava o local para fazer alguma atividade relacionada ao seu "negócio". Essa "lenda" foi discutida por nós durante todo o resto da viagem e carece de pesquisa para atestar a veracidade (Hehe). Acampamos confortavelmente na frente de um dos prédios abandonados, onde preparamos um belo jantar e formos dormir.
Dia 08/07/15
Depois de acordar de uma noite mal dormida, onde toda hora acordávamos com os latidos dos cachorros do local, tomamos aquele café da manhã reforçado, levantamos acampamento e seguimos para Mateiros. Pegando a estrada de volta com destino a Mateiros, existe um desvio de "areão" onde economiza-se 6 km. Após conversar com o pessoal do parque sobre esse caminho, eles disseram que o caminho estava repleto de costelas de vaca e era melhor continuar no cascalho. Como já estava "traumatizado" com as costelas, voltei pelo caminho normal.
A programação do dia seria seguir para a "Fazenda Progresso", que na verdade o nome correto é "Recanto do Jalapão", conhecer as praias que existem no local, almoçar, seguir para o pôr do sol Dunas e chegar Mateiros. Porém ao chegar no Recanto do Jalapão, local onde foi gravado o programa de televisão americano "Survivor", ficamos desiludidos pois não havia nada bonito para se ver, e partimos para a Praia das Cariocas.
Chegamos a Praia das Cariocas as 11h com sol forte. A praia apesar de muito bonita não possuía nenhuma sombra para ficarmos e almoçarmos. Resolvemos apenas tomar um banho rápido e partir para as Dunas.
Chegamos na portaria de acesso as Dunas as 13h e pessoal do parque não recomendou realizar o passeio naquele horário, pois o sol estava muito forte. Eles sugeriram continuar até Mateiros e voltar mais tarde. Acatamos a recomendação e partimos para Mateiros.
Chegamos em Mateiros as 14:30h morrendo de fome e com a luz de reserva de combustível acessa no painel. Abastecemos, almoçamos e partimos para a procura de uma pousada. Seguimos para a "Pousada Panela de Ferro" e depois para a "Pousada Buritis Do Jalapão", ambas lotadas. Por fim seguimos para a "Pousada Santa Helena" onde havia quartos disponíveis. Descansamos um pouco na pousada até as 16h e voltamos para as Dunas.
Após visitar as dunas, voltamos para Mateiros jantamos na Pastelaria Tavares e voltamos para a pousada.
Sobre as estradas: Voltando pela estrada de acesso a cachoeira da velha, pegamos novamente a estrada que interliga Ponte Alta a Mateiros. O resto da estrada até Mateiros continuou do mesmo jeito: estrada muito ruim com grandes pedras de cascalho, muita costela de vaca e eventuais bancos de areia. Para se ter uma ideia, gastamos 1h e 10min para atravessar os 30km que separam o acesso as dunas e Mateiros.
Sobre o Recanto do Jalapão (Latitude: -10.452205 | Longitude: -46.878101): Nos tracklogs que usei para basear meu roteiro, o nome desse local sempre aparecia como "Fazenda Progresso", porém o nome correto do local é "Recanto do Jalapão". Aqui foi gravado o programa de televisão americano "Survivor". O local possui algumas cabanas para hospedagem, restaurante e uma pequena praia. Não achamos o local interessante. Não havia nada muito bonito para se apreciar e não estavam servindo almoço no dia. Notando a desilusão, o único funcionário do local nos indicou visitar a "Praia das Cariocas", que fica dentro da propriedade, ao custo de R$ 10,00/pessoa. Pagamos e partimos.
Sobre a Praia das Cariocas (Latitude: -10.450818 | Longitude: -46.873809): Praia muito bonita. Do mesmo nível que a Praia do Rio Novo: areia branca e fofa com aguas cristalinas. A praia é usada como ponto de apoio para o pessoal que faz rafting descendo o Rio Novo. Porém a praia não possui nenhuma sobra para ficarmos longe do sol escaldante. Tomamos banho e nadamos com os cardumes de peixe e resolvemos ir embora.
Sobre as Dunas (Latitude: -10.564564 | Longitude: -46.661273): Paisagem sensacional e exótica no meio do cerrado. São extremamente bonitas, e de cor levemente alaranjada que parece ser um cenário marciano. Esperamos o pôr do sol, que mesmo encoberto por nuvens, foi muito bonito. Do ponto de vista da estrada, elas ficam escondidas e só é possível vê-las quando já estão bem perto. O acesso se dá por meio de diversas estradas de areia muito fofa e cheia de facões, paralelas entre si, todas igualmente ruins que chegam a um estacionamento das dunas. Essa estrada de areia foi o trajeto mais "offroad" que peguei em todo o Jalapão. Não atolei nenhuma vez, mas acho que foi mais mérito do carro que meu (hehe). Nunca havia dirigido em areia, porém a dica que recebi foi realmente válida: mantenha o momento (sim, aquele que a gente aprende nas aulas de física). Tente manter sempre a mesma velocidade e rotação do motor e não trocar de marcha. Fui o caminho inteiro de terceira reduzida e tinha horas que parecia que o carro ia atolar, mas conseguia sair tranquilo. Não esvaziei pneu nem nada. Fiz o Jalapão inteiro com 28 psi nos pneus.
Sobre a Pousada Santa Helena (Latitude: -10.545647 | Longitude: -46.423428): Excelente pousada. Muito confortável. Acho que deve ser a melhor da região. Apesar de mais cara, valeu a pena. Chegamos exaustos das dunas, tomamos um banho de piscina e dormimos muito confortáveis. Assim como a pousada em Ponte Alta os quartos eram muito bem limpos, com ar condicionado, internet sem fio e excelente café da manhã. Recomendo. Chegamos sem ter reserva e conseguimos quarto sem problemas, com diárias de R$ 195,00 para casal.
Sobre Mateiros: Diferente de Ponte Alta, Mateiros já percebeu sua vocação para ser ponto de apoio aos visitantes do Jalapão. A postura do comercio e dos moradores em relação aos turistas é bem melhor que de Ponte Alta. A cidade apesar de simples é bem aconchegante e tranquila. Me lembrou o povoado de "São Jorge" em Alto Paraiso/GO. Possui dois postos de combustível, um antigo e outro bem novo (Posto Barretão), diversas pousadas e diversos mercadinhos.
Sobre o Restaurante da Dona Rosa (Latitude: -10.546317 | Longitude: -46.419195): Chegamos na hora do almoço famintos em Mateiros e todas indicações apontavam a Dona Rosa. Chegando no local ela se prontificou a preparar alguma coisa para comermos. Enquanto esperávamos outras pessoas apareceram e ela fez comida para todo mundo, na modalidade "coma a vontade", cobrando R$ 20,00/pessoa. Comida caseira simples e gostosa: arroz, feijão, salada e bife. Saímos de barriga cheia.
Sobre a Pastelaria Tavares (Latitude: -10.545945 | Longitude: -46.41879): Novamente chegamos famintos em Mateiros, mas dessa vez na hora do jantar. Após recomendações achamos essa lanchonete que além de pasteis servem churrasquinhos e "jantinhas", tudo muito gostoso e bem preparado. Os pasteis são de massa caseira muito boa, nos levando a comer um de cada sabor.
Dia 09/07/15
Depois de uma excelente noite de sono na pousada, tomamos um ótimo café da manhã e partimos para o que seria o "melhor dia", pois visitaríamos os famosos fervedouros e cachoeira da formiga.
Havíamos planejado acordar as 4h da manhã para subir na Serra do Espirito Santo e assistir o nascer do sol, porém a vontade de dormir foi maior e abortamos o passeio.
A primeira parada foi o Fervedouro dos Buritis. Que coisa de doido esse tal de fervedouro. Deveria ter filmado minha cara de reação ao ter entrado nele. Hehe. Esse fervedouro é ótimo e recomendo.
Depois prosseguimos para o Fervedouro do Rio Sono, que é bem perto do fervedouro dos buritis (1,5km de distância). Porém esse fervedouro é bem fraco e feio comparado com o anterior. Seguimos para o próximo.
Chegamos no Fervedouro do Ceiça, o mais famoso da região. Tão bonito quanto o primeiro, porém bem maior. Como é muito visitado, cada pessoa pode ficar somente 20 minutos. Como não tinha ninguém esperando, ficamos mais de uma hora.
Saímos do fervedouro e fomos almoçar no Camping do Vicente. Chegamos lá conhecemos o Vicente, uma figura. Ele disse que ia preparar o almoço e que enquanto isso poderíamos esperar tomando banho no "poço", que fica no fundo da sua propriedade.
O "poço" não é um poço e sim um trecho do Rio Formiga que fica depois da cachoeira da formiga. O local é muito bonito, com aguas completamente transparente e perfeito para banho. Ficamos lá até o almoço ficar pronto.
Após almoçar seguimos para conhecer a famosa cachoeira da Formiga. Chegando lá ela estava completamente cheia de pessoas. Porém isso não foi impeditivo para roubar sua beleza. Tomarmos banho e mergulhamos em suas aguas completamente transparentes. Parecia que estávamos nadando em um aquário. Após nos esbanjarmos, seguimos para o povoado da mumbuca.
No povoado da mumbuca fizemos compras de artesanato de capim dourado e fomos conhecer o fervedouro do coxa, que segundo relatos é o que tem mais "pressão". Para chegar no fervedouro, precisa-se atravessar o rio do sono, com aguas na altura dos joelhos. Como a correnteza é um pouco forte, existe um arame amarrado entre uma margem e outra para ajudar na travessia do rio.
Chegando no fervedouro verificamos que apesar de pequeno ele é realmente muito forte, não permitindo afundar mais do que a cintura. Ficamos um pouco e partimos para o encontro das aguas entre o rio sono e formiga que fica próximo ao fervedouro.
Visitamos o encontro das aguas, sem tomar banho por causa da correnteza, e voltamos para Mateiros. No meio do caminho paramos aleatoriamente para ver o pôr do sol que estava deixando toda a paisagem alaranja. Chegamos em Mateiros, jantamos novamente na Pastelaria Tavares e fomos para a pousada.
Sobre o Fervedouro dos Buritis (Latitude: -10.413988 | Longitude: -46.515162): Muito forte e bonito. Parece que estamos em um aquário. Não esquecer de levar uns óculos de natação ou mergulho. Pagamos R$ 10,00/pessoa.
Sobre o Fervedouro do Rio Novo (Latitude: -10.412231 | Longitude: -46.5229): Fraco e feio. Não valeu a pena. Pagamos R$ 10,00/pessoa.
Sobre o Fervedouro do Ceiça (Latitude: -10.372504 | Longitude: -46.524596): O mais famoso da região. Muito forte, bonito e grande. Geralmente há fila para entrar, e cada pessoa pode ficar somente 20 minutos. Como não tinha ninguém, ficamos mais de uma hora. Pagamos R$ 10,00/pessoa.
Sobre o Camping do Vicente (Latitude: -10.336811 | Longitude: -46.515344): Ficamos somente para almoçar. O Vicente é uma figura e preparou um almoço simples mas muito gostoso: arroz, feijão, salada e bife. Enquanto esperávamos o almoço sair, ficamos mergulhando bonito "poço" que fica no fundo da sua propriedade. Achei o poço tão bonito quanto a cachoeira da formiga.
Sobre a Cachoeira da Formiga (Latitude: -10.333565 | Longitude: -46.470705): É cachoeira mais famosa da região. De todos os lugares que "parecem um aquário", esse é o melhor. Agua completamente cristalina. Ficar mergulhando nela é uma experiência inesquecível. O uso de óculos de natação ou mergulho é obrigatório para curtir o visual embaixo da agua. A profundidade do local varia entre 2 a 3 metros, e quem não sabe nadar talvez aproveite pouco. Para esses recomendo usar um colete salva-vidas para ficar boiando. Mesmo sem saber nadar minha mulher entrou e ficou apoiada em um pedaço de madeira que havia dentro da água. No dia que visitamos a cachoeira estava lotada de pessoas, mas não estragou a visita.
Sobre o Povoado da Mumbuca (Latitude: -10.344911 | Longitude: -46.571782): Povoado simples onde há o famoso artesanato de capim dourado. Conhecemos o artesanato e compramos alguns.
Sobre o Fervedouro do Coxa (Latitude: -10.34185 | Longitude: -46.549771): Fervedouro pequeno e realmente muito forte. Tão forte que perde um pouco da "graça", pois não dá para afundar muito. Mas mesmo assim vale a visita. Para chegar nele precisa atravessar o Rio Novo com agua na altura das canelas.
Sobre o Encontro das Águas (Latitude: -10.34041 | Longitude: -46.547987): Bonito encontro do pequeno Rio Formiga com suas aguas transparentes com o Rio Novo. Fica muito próximo do fervedouro. Não mergulhamos no local por causa da forte correnteza.
Dia 10/07/15
Havíamos planejado seguir para São Felix e conhecer a cachoeira do Prata, fervedouro do alecrim e outros. Porém no dia anterior conversamos com um casal que havia acabado de chegar do Jalapão, vindo de um passeio na caverna Terra Ronca que fica no município de São Domingos/GO. Eles informaram que o passeio na caverna era ótimo e que seguiram para o Jalapão pela estrada de Dianópolis/TO que estava muito boa.
Após deliberação resolvemos deixar as atrações de são Felix para outra visita ao Jalapão, e partimos com destino a Terra Ronca.
A estrada de Mateiros a Dianópolis tem 200km, sendo 150km de terra e 50km de asfalto. Ela fica cortando a divisa entre os estados do Tocantins e Bahia, o que é engraçado pois a paisagem fica variando entre o cerrado intocado do Tocantins e as plantações (de soja, algodão e outros) da Bahia. A estrada estava muito boa e viajei muitos quilômetros a 80km/h na estrada de terra. Comparada com a estrada entre Ponte Alta e Mateiros, essa estava um "tapete". Como existe muitas plantações, a estrada é razoavelmente movimentada, e de vez em quando cruzávamos com alguma carreta, caminhão, trator dentre outros.
Almoçamos em Dianópolis e seguimos viagem, via Luis Eduardo Magalhaes/BA, até São Domingos/GO. Chegamos as 17h e nos hospedamos em uma pousada na entrada da cidade. A noite lanchamos em lanchonete e fomos dormir.
Dia 11/07/15
Acordamos e partimos para caverna Terra Ronca. São 50km de estrada de terra de São Domingos até lá. Seguindo indicações, entramos em contato com o guia Ramiro, que é o melhor da região e mora em frente à entrada da caverna.
Chegando na caverna, conhecemos o Ramiro e partimos para uma trilha com destino as cavernas Terra Ronca 1 e 2, junto com outros 2 grupos de aventureiros.
Durante a trilha pela caverna Terra Ronca 1, machuquei meu joelho e resolvemos abortar e não continuar para a Terra Ronca 2. Como era quase hora do almoço, resolvemos terminar de voltar para Brasília e chegamos em casa as 19h.
Sobre a Caverna Terra Ronca 1: Enorme caverna e muito exótica. A altura média da caverna é 90 metros e existe um riacho dentro que acompanha toda a sua extensão. Inclusive durante a trilha, cruzamos esse riacho alguma vezes. O cenário dentro da caverna é completamente exótico e diferente, parecendo outro planeta.
Muito bacana o seu relato Rodrigo.
Na Fazenda Progresso (Recanto do Jalapão) o Sr. Antônio (proprietário) e sua esposa são pessoas boas de "prosa", muito simpáticas e conhecem muito bem a região. Fui um mês antes de você e a esposa dele estava muito doente, onde planejavam ir para Goiânia para tratamento médico. A preocupação deles era em relação a encontrar alguém para recepcionar os turistas. Pelo jeito não encontraram.
Essas "costelas de vacas" arrebentaram meus Amortecedores Dianteiros e Terminais de direção que já estavam com mais de 60 mil Km. O peso do Guincho e Parachoque de Ferro facilitou o serviço. Nesta configuração, deveria ter investido em um par de amortecedores especiais.
Achei engraçado a parte do "pesadelo" com as trepidações... Mas confesso que também fiquei assim por 2 noites na Pousada Panela de Ferro.
Ano que vem retornarei para lá no estilo "Jalapão - A Revanche" com a viatura mais preparada.
Abraços!
Esqueci de mencionar o estado da viatura ao final da expedição.
O carro não apresentou nenhum problema na expedição e chegou tranquilo em casa, apresentando somente um desalinhamento.
Ao fazer uma revisão pós viagem encontrei os seguintes problemas:
-Um dos tirantes (links) do eixo traseiro simplesmente quebrou. Tenho quase certeza que foram as costelas de vaca. Não sei quantos quilômetros andei com ele assim, mas não mudou em nada a condução do carro. Foi resoldado em um torneiro e voltou para o carro.
-Os terminais de direção estouraram, e por isso o carro estava desalinhado. Precisei instalar novos.
-O retentor do diferencial dianteiro que vai no cardã "babou", mas era só o suspiro entupido.
-Vários parafusos da suspensão e carroceria afrouxaram, mas nenhum caiu. Precisei fazer um reaperto geral.
Depois disso mandei fazer um alinhamento/cambagem/caster. O carro está zero e pronto para outra.
Relato de viagem Jalapão julho de 2015