Glaura - Santo Antônio do Leite
Boa tarde moçada!
Mais uma vez peço desculpas à quem se presta a ler estes textos. Estamos em épocas de trabalho demasiado e tempo escasso. Mas aos trancos e barrancos vamos romper isto aqui.
Continuando de Glaura, devo reiterar que a emoção de chegar ao primeiro destino é indescritível! Ver na planilha que chegou no último marco, te torna um aventureiro nato. Seus skills de desbravador, de sobrevivente vão nas alturas (momento nerd). Já em Glaura como disse anteriormente, é uma cidade bonitinha, até porque é a primeira que vai ver na rota, fica ainda mais charmosinha, mas não quisemos nos demorar muito por lá. Então rapidamente pegamos a próxima planilha e partimos.
Aqui evidenciamos outra dificuldade (pelo menos para nós) que nos acompanharia por toda quase a viagem: Geralmente é mais difícil se locomover dentro das cidades do que na ER propriamente dita. As instruções para rodar dentro da cidade são vagas, e se depende muito da boa vontade e da informação dos moradores para sair das cidades e encontrar a ER novamente.
O caminho para Santo Antônio do Leite é em sua maioria feito em asfalto (o que foi um pouco decepcionante). Não há segredo em chegar até a cidade. A nota triste da viagem fica por conta do Niva, que ainda continuava fraco, e nos dava uma velocidade de cruzeiro de 60 km/h, o que para a rodovia é muito perigoso. Desta forma a redução de marchas era constante (em subidas íngremes era necessário até reduzir em determinadas circunstâncias), o que tirou um pouco do prazer do trecho. Apesar de toda a preparação, ainda ficava chateado com a ideia do Niva nos deixar na mão. Afinal era nossa lua de mel, não podia dar errado.
Com o receio do Niva refugar nossa viagem como um encosto em mim (rs) chegamos em Santo Antônio do Leite. Uma cidadezinha não tão charmosa quanto as cidades históricas que conhecemos, porém aconchegante.
Numa conclave de emergência, deliberamos que devido as condições do Niva, e a noite que já mostrava sua fuça, íamos pernoitar por ali mesmo, furando nosso planejamento já no primeiro dia (que previa dormirmos em Congonhas).
Em Santo Antônio do Leite há basicamente duas opções de hospedagem. Um hotel no centro da cidade, que a princípio parecia bem suntuoso (para a proposta local), com spa e essas perfumarias. Mas era demasiado caro, sendo sua diária em torno de R$ 280. Resolvemos rodar mais um pouco e fomos informados do Mirante do Café que fica voltando pela estrada e pegando uma estrada de terra a direita. UM VERDADEIRO ACHADO!!!
Não que a diária seja tão mais barata. Pagamos R$190, mas amigo, muito, mas muito bem pagos! Lá funciona no esquema chalézinhos/apartamentos. Tem uma espécie de sede, onde fica a recepção, a piscina e a cozinha. Tudo com uma decoração rústica. Ao longo de uma grande área ficam os apartamentos. Fomos conduzidos ao nosso. Há um nível de conforto razoável, com duas cama-box juntas, suíte, frigobar e ventilador (pouco eficaz à proposito). Mas o que faz compensar mesmo está fora do quarto:
Há uma trilha para um açude e cachoeira (que visitamos mas não nos arriscamos a entrar nela), uma trilha para a torrefação do café e outra para o mirante: a cereja no topo do bolo da pousada. Ficamos por pouco tempo, mas lhe digo que com certeza vamos voltar e levar alguns casais de amigos para passar um final de semana lá. Sensacional!!! E se passar por lá, não exite e vá pro mirante.
A noite de curiosidade/ansiedade, quis fazer o teste dos 1.150 faróis que instalei para a viagem: Liguei todos (4 no bagageiro/2 no quebra-mato e 2 neblina) e funcionaram machamente por 3 minutos e se apagaram. Fui verificar o fusível de 30 que colocamos na entrada do sistema e havia rompido, coloquei outro e ... mais 3 minutos e rompido. Resolvi colocar um de 40 que pegou fogo, derreteu e quase deu um show pirotécnico. Coloquei mais um de 40 e decidi não usar estes faróis por enquanto. Apenas ostentar (rs).
Depois de uma noite de calor intenso, hora da checagem geral da viatura, café da manhã (apenas bom a propósito) e partir rumo a Lobo Leite.