Ao amigo Anthoniusnikos,
Vc nao esta nem completamente certo,nem completamente errado (alias ng nesse mundo, e isso inclue a mim obviamente).
vou tentar exclarecer parte a parte se me permite...
Produtores da banha e oleoginosas em geral, procurem os químicos, dessas áreas específicas, nas universidades e aprendam a fabricar o seu próprio biocombustível.

Não nada é difícil, e muito vantajoso para o produtor usar na sua frota. Para comercializar são outros 500! (os impostos vão te corroer, primeiro o figado!) Pelos preços do Kg dessas matérias-primas, nas bolsas do mundo (commodity), já é possível verificar a competição no uso para alimento x combustível. (Não se esqueçam que nosso Brazuca vai, ainda, alimentar o mundo!) 


Nao posso concordar com a questao do preco, a maioria das MP estao com preco de producao ou compra acima ou muito proximo do que podemos considerar vantagoso (R$1,39 para tentar equilibrar custos). Se voce considerar que para cada litro de biodiesel vc precisa de pelo menos a mesma quantidade de um catalisador (pode ser alcool ou metanol) ainda que isso seja retornado para sua reutilizacao, vc tem um custo consideravel na producao que para um uso muito pequena nao se faz interessante.
Sinceramente, nao tenho a menor nocao de quanto uma fazenda com 2 tratores no minimo usam de diesel, mas suponho nao superar os 3 mil litros por mes (que é o minimo descente para se tentar PENSAR em produzir de biodiesel).Sendo assim, a questao custoXbeneficio se faz indagavel.
Ainda pensando dessa forma, temos a questao da qualidade, de que adianta vc economizar 300 reais numa possivel fabricacao caseira se um motor vai te custar no minimo 5 mil pra ser retificado ? Por isso a questao da QUALIDADE e da PROPORCAO usada é muuuito importante, pois pode simplesmente fazer do milagre um grande incomodo. A menos obviamente, que vc esteja pensando no lado precursor da coisa, experimentacao, sair da frente, aí a coisa muda de figura, mas é melhor deixar isso pra qm realmente usa em grandiosas quantidades e tem necessidade financeira de diminuir custos.
Ainda pensando de forma domestica, como vc vai estocar a materia prima? COmo ira controlar a degradacao da mesma? Ira comprar ou produzir isso e ira industrializar em qual velocidade?
Se caso td isso for resolvido, é importante salientar que pra grande parte do biodiesel produzido a questao da temperatura é crucial, uma simples queda de temperatura numa noite (vamos dizer de 15 graus celsius a noite) pode deixar o tanque e todos os lugares onde ha biodiesel em estado SOLIDO, imagine um motor de colheitadeira de uns 20 mil reais completamente entupido heheheh Apesar que nao é dificil voltar ao estado liquido, isso requer calma, tempo e temperatura correta, o que geralmente nao sera isso que vc vai encontrar qdo o peao resolver ligar a maquina pra tocar a colheita de manha...
Piora para as maquinas q trabalham 24 horas.. do nada para td , perde-se td e o motor fica ainda trabalhando a seco ... Como eu disse, qualidade é o ponto a ser atingido para o sucesso do biodiesel, por eqto nao temos nem QUANTIDADE suficiente pra impor o b5 qto mais pensar em qualidade...
É preciso esclarecer que para a obtenção do biodiesel a partir das várias matérias-primas (MP), aquí já mencionadas, o que vai diferir é o processo pelo qual vai passar essa MP. Os produtos finais, desses processos, devem ser muito semelhantes.
Discordo, os produtos finais sao altamente diferentes, inclusive da mesma materia prima, da mesma usina, do mesmo produtor, pode ocorrer variacoes tao extensas que deixariam qualquer leigo de cabelos em pé (bom no meu caso , careca, nao posso dizer o mesmo eheheh).
Se isso fosse tao facil, teriamos uma infinidade de usinas subtraindo biodiesel ate da grama (que é possivel) ... As necessidades da ANP (que sao as mundias com um tiquinho a mais de tolerancia claro ehehe) a respeito das caracteristicas quimicas de oleos combustiveis deve ser obrigatoriamente seguidas sem limites poeticos ou interpretacoes que nao sejam absolutamente as mesmas impostas , do contrario, balbal motor. Nao ha meio termo , ou é aquilo ou nao é e ponto final.
Certamente, ainda não temos o B100 no mercado, porque seria desastrosa a competição repentina com a produção para alimento.
O álcool anidro (100%) foi lançado de imediato, mesmo com motores ainda mal adaptados, porque o etanol não é considerado, ainda, alimento para a maioria dos cidadãos.


Discordo, o etanol é fonte sim de alimentacao, vide alguns governantes e seus seguidores ehehheh. A realidade nao é que nao temos o B100 pq compete com alimentos, a realidade é que todo biodiesel antes de ser misturado ao diesel é b100, portanto, nao se tem o "biodiesel"" que compramos no posto se nao obter primeiro o B100. O problema é que para produzir o B100 comercialmente, precisasse de uma MP de alta produtividade (como a macauba, que é fonte do meu projeto que produz 10x mais que a soja na pior das hipoteses, podendo produzir ate 15x se bem domesticada), fora isso, ainda nao se tem área suficiente para a promocao do B100, para se ter ideia, o ideia de criar o B5 para 2008 nem foi cogitada, para 2009 tb nao sera e possivelmente para 2010 será comecado a expecular. Atualmente nao temos area suficiente para produzir nem o B3, visto que muitos lugares no Brasil ainda soh se vende o diesel comum (mesmo com a obrigacao legal do governo). E algumas das mais famosas distribuidoras do Brasil tb nao comercializa ainda...
Enfim, o B100 é produzido pq é dele que sai o resto. Mas B100 na bomba do posto do zé, vai demorar um bocado de ano, diria cerca de uma decada ou pouco mais...
Nessa competição, a mamona, a banha e outras MPs que não competirem com os alimentos terão um mercado, em breve, muito mais promissor.
Assim, todos projetos, sejam eles finalizados ou em fase de estruturação, cadastrados no Banco de Projetos, irão ter um potencial de geração de Créditos de Carbono que poderá ser negociado na BM&F.
Corretissimo, o credito de carbono é algo que deve ser incluso em qualquer projeto de biodiesel. Porem ate onde eu saiba, nenhuma empresa nacional tem o aval completo para dar esse numero. Expeculacoes sao grandes, falasse mais do que se tem prova.
Na realidade o proprio valor de credito de carbono nao esta definido, veja por exemplo, o valor da tonelada (se nao me falha a memoria) do CO2 do lixao de SP estava cotado em US$ 12 aproximadamente. A mesma tonelada de CO2 de uma plantacao de palma no nordeste variava na mesma epoca aproximadamente US$5 ... Sendo assim, as coisas ainda nao esta claramente definidas, pois embora o CO2 do lixao seja bem menos limpo que o da plantacao de palma, a mensuracao real desse sequestro de carbono émais facil pelo lixo do que pela plantacao. É muito confuso isso. Confesso que esse quesito eu mais patino do que entendo heehhe
Nota: Do óleo de mamona pode-se fabricar alguns Nylons. Aplicações: Engrenagens, cremalheira, roscas sem-fim, roldanas, polias, parafusos, buchas, chavetas, anéis de vedação, gaxetas.
Estrelas alimentadoras, roletes, sapatas, lâminas reparadoras, chapas de desgastes, placas deslizantes, bases de corte. Canecas e caçambas transportadoras.
Abraços
Anthon
Legal essa informacao, realmente, minha especialidade é macaúba, do resto eu conheco apenas os pontos de comparacao com meu projeto, interessantissima essa variabilidade do oleo!! Isso só embasa o que eu digo sobre o biodiesel ser a realidade uma pqna parte do que se pode comercializar, sendo muitas vezes, o produto de menor valor agregado possivel.
Desculpem meus posts estarem sendo bem extensos, é que realmente o assunto me fascina e como estou na área ha alguns anos, gosto muito de trocar idéias. Lembrando que a todo momento surge um ítem nesse campo que muda completamente tudo . É tudo bastante volátil pelo simples fato de que nao se tem estudos cientificos com profundidade e grande parte do que se sabe é da experiencia e da cabeçadas de quem esta no ramo.
Peco desculpas tb se meus post estiverem com erros de portugues, estou escrevendo muito rapidamente, nao tenho tempo para reler e corrigir os erros, principalmente pq escrevo de um notebook e acho isso aqui completamente esquisito para digitar... Qdo sobrar um tempinho volto editando as mensagens.
Para os mais entendidos no assunto, fica bastante claro para mim, que desde que nao estejamos em local academico, tecnico ou apropriado para o debate, devemos escrever da forma mais leiga e simples possivel para que seja mais facilmente absorvido e nao se criem mitos sobre o assunto (que aliás é que mais tem).
Grande abraco