
Postado originalmente por
Waldir Carlos
Boa noite pessoal! Permitam-me alguns comentários. Antes porém, me somo aos que entenderam como oportunas as ponderações do Daniel_Kinpai. Certamente esse tipo de conduta engrandece o debate.
1. Desvalorização Pajero Full:
Não é tarefa simples entender e explicar esse ponto. Não ousaria. Até porque sou apenas consumidor. É prudente "ouvir o mercado"; incluído aí as revendas. De qualquer forma, como passei grande parte do ano de 2010 procurando um Pajero Full DI-D seminovo, vou arriscar alguns palpites.
* O meu carro é um Pajero Full HPE 3.2L, CR, 3 Doors, ano/modelo 2008/8. Foi faturado em dezembro de 2008. O veículo foi anunciado no Webmotors a partir do meio do ano passado. Tenho alguns arquivos que mostram que facilitaram, acompanhar a "depreciação" ou "sobrevalorização"; como queiram.
* A oferta começou, pelo menos até onde eu pude perceber, em R$ 139 mil reais. Baixou para R$ 132.000,00. No mês de agosto chegou nos R$ 129 mil reais. Fiquei monitorando e iniciei uma negociação mais concreta, a partir desse valor;
* Carro com apenas 13.000 quilômetros. Livreto, manuais e acessórios disponíveis e corretos. Nota Fiscal também. Novíssimo! O ex-proprietário é um empresário da construção civil, reisdente no Rio de Janeiro, capital.
* Negociação difícil, principalmente pela distância. Mas, como tenho um bom "trânsito" pela capital carioca e, coincidentemente, tenho um grande amigo [Jorge Thirige, aqui do fórum e de empresa], as coisas foram bem administradas. Ele e a esposa foram "vistoriar" o Pajero.
* Recebi quase que uma "intimação": Algo do tipo "o carro está zerado. É teu". Longos telefonemas e chegamos num impasse. O lojista não concordava em ceder; "travando" o preço em R$ 125.000,00. Ressalte-se.
Pagamento à vista.
* Cheguei nos R$ 123 mil e fui bastante seguro. "Nem um centavo a mais; vou gastar com passagem de avião, refeições e diesel para trazer o carro do Rio para Aracaju". Fiz uma sugestão para que o gerente da loja, convidasse o dono para uma telecon. Dito e feito: O proprietário concordou em retirar R$ 2 mil reais [o acerto era R$ 120 mil para ele e R$ 5.000,00 para a loja].
* Depois de uma looonga conversa "a três", o negócio foi fechado; sob condições. Claro, fiz a seguinte ressalva: "O pagamento seria efetuado, no ato, após o test drive, documentos devidamente analisados [DUT, DPVAT e CRLV] e "aval" de cartório.
* Tudo correto. Carro muuuito novo. Fiz um bom negócio. Vale lembrar que o preço de tabela de um Pajero DI-D 3D novo é R$ 19.900,00! permitam-me ousar dizer que o ex-dono "bancou" a depreciação. Convém destacar igualmente que o carro foi faturado na "virada" do ano 2008/9.
2. Manutenções & Preços Mit:
* Sou o tipo de usuário muuuito criterioso. Respeito integralmente as recomendações do manual. Ressalvados alguns pontuais exageros, convenhamos, a "engenharia" estuda e sabe o que deve ser escrito no manual.
* Só para citar um exemplo: Um dos pontos que merece destaque nesse carro é justamente o câmbio
INVECS-II; apelidado por alguns como "tip tronic". Pois bem, desobedecer a troca do óleo na quilometragem do "projeto" é extremamente arriscado e chega a ser "imprudência".
* Fui proprietário de outro carro Mitsubishi, antes do Full e da minha caduca "seis canecos". Naquela época [a picape era ano/modelo 2000/00] os preços eram abusivos. Isso melhorou um pouco. Calma lá, ainda acho muuuito caro.
* Outro exemplo: Ano passado precisei trocar uma junta homocinética LE do meu Pajerin 1999/99. Part Number MR276869. Na Mit o preço era, pasmem, R$ 6.019,15! Depois de uma longa peregrinação, acabei localizando em Sampa. Paguei "somente" R$ 2.750,00, mais despesas Sedex.
* No cado do meu Pajero Full, ainda não posso opinar. As razões são simples: O carro roda pouco. Recebi com cerca de 14.000 quilômetros [10/set/2010]. No final de outubro, levei para a revisão dos 20.000 quIlômetros. Atualmente, o hodômetro está marcando 23.500 quilômetros. Próxima revisão será por "idade": Início de maio. Portanto, falta-me "tempo de uso" para uma análise mais racional e completa. Comprometo a fazê-la.
Portanto, as "coisas" precisam melhorar. E muito! Muitas concessionárias ainda "desrespeitam" a clientela. É preciso cobrar, mas também deveremos cumprir a "nossa" parte. Respeitar o calendário e a grade de manutenção é muito importante. Com a palavra, vossas majestades, os consumidores. Chegaremos lá.
Finalizando: Considerem esse meu relato apenas uma contribuição. Cada caso é um caso. Comprar e vender carro seminovo é tarefa que depende de: paciência, pesquisa, conhecimento do mercado,
histórico de manutenção e claro, o "estado de conservação" do veículo. Mais uma vez, peço licença para ousar: "O meu Full está bem novo". O amigo Uxio pode comprovar. Correto, "69"?

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