
Postado originalmente por
Hugo4x4
Rafael
Não consegui o torque das cruzetas GKN número 18.179 (27 mm x 74,5 mm) que trabalham em nossas Defenders 110 Tdi, mais as Hardy Spicer 1300 HD ( 26,99 mm x 74,61 mm ) que são equivalentes, tem as seguintes características:
Torque = 162 Nm (motor combustão, ângulo 3*, 3000 rpm, B10 5000 horas)
Torque = 244 Nm (motor elétrico, ângulo 3*, 1750 rpm, B10 3000 horas)
Torque = 815 Nm (para curta duração)
Ângulo máximo = 17*
* significa grau e no croquis a seguir "O" é diferencial
Para medir os ângulos fabriquei um rústico goniômetro aferido por um nivel de pedreiro e esquadros escolares. Os erros de medição cometidos não interferem no raciocínio, os ângulos medidos foram:
Frente O--c1----c2--|Transf|--c3-------c4--O Traseira
"O" quer dizer "diferencial"
Ângulo cruzeta c1 = 4*
Ângulo cruzeta c2 = 12*
Ângulo cruzeta c3 = 5*
Ângulo cruzeta c4 = 6*
Seguindo o manual
http://www2.dana.com/pdf/IJ900.pdf e para o Maxion HS 2.5 Tcc com torque máximo de 284 Nm a 1.600 rpm, supondo uma eficiência de 0,85 para o câmbio e 0,95 para transferência, relação da quinta marcha 0,77:1 e da transferência de 1,411:1 temos:
Torque cruzeta = Torque motor x Ef câmbio x Ef transf x Redução quinta x Redução transf x Fa x Fl x Fp/2
Dividimos por dois por tratar de um 4x4 integral, agora se B10 = 5000 h -----> Fl = 1 e como estamos tratando de um motor a combustão Fp = 1, então podemos conhecer Fa.
Fa = 162 x 2/(284 x 0,85 x 0,95 x 0,77 x 1,411) = 1,3 -----> do gráfico obtemos o ângulo máximo de 7,3*.
Vemos que o ângulo para estas condições deveria ser bem menor que os 12* medidos, por isto esta cruzeta do cardan dianteiro do lado da transferência é um ponto fraco. O que escrevi sobre o que senti quando levantei 50 mm a dianteira comparada com uma
Defender nova é verdadeiro, problemas como o cáster menor, buchas dos tensores forçadas, descentralização do eixo dianteiro puxado pela panhard para o lado do carona, vibração do cardan.