Responder com Citaçãoprimeiro vamos nos ater aos conceitos máximos da coisa.
Todo carro movido por ciclo DIESEL, tem por conceito primario a explosao do combustivel por compressao e nao por fagulha (ciclo otto).
O Diesel originário, era o que hoje chamamos de biodiesel, ou seja, proveniente de uma materia prima vegetal/animal, foi criado por um alemao que o sobrenome era DIESEL. Com o avanco da industria do petroleo, o PETRO-DIESEL, virou referencia no mercado e por isso foi conveniado a chama-lo apenas de DIESEL.
Entao disso, sabemos que: carros de ciclo diesel, tem na sua base primaria a explosao de biodiesel.
Ja foi explicado a grosso modo ai no topico a diferenca entre oleo vegetal e biodiesel e suas decorrencias, seria chover no molhado.
O que nao foi explicado é pq entao um bando de lunático, burros e sem nenhum conhecimento economico, prefere craquear o OV para transforma-lo em biodiesel.
Os motores sao feitos para circularem sem fronteira, ou seja, vc pode sair de Oiticica e ir até Honolulu, se quiser e tiver dinheiro para isso. Só que para que todos esses lugares poderem abastecer o carro, onibus, caminhao, aviao, navio, trem, bicicleta, oq ue quiser, tem que haver uma padronização nos combustiveis.
Isso é o que confere o diesel o poder de ser chamado de diesel, ou seja, um padrao básico que mesmo em remotos lugares, pode-se obter o liquido, abastecer e sair rodando, tendo como premissa, lubricidade, alcalinidade, potencia, poluentes, densidade etc.
O que é bem diferente de se extrair OV de soja, de canola, de pinhao manso, de macauba, da cana, da gordura animal, enfim, cada um desses itens tem caracteristicas quimicas e fisicas diferentes. QUE obrigatoriamente, precisam se adequar num patamar básico para poderem funcionar a contento.
Por isso a necessidade de produzir o biodiesel.
Isso nao quer dizer que tb, todo oleo vegetal ira produzir biodiesel ou pior, que todo biodiesel sera bom.
Esse é o grande problema nacional, foi-se colocado um programa nacional de producao de biodiesel pelo governo do Lula com base ao oleo da mamona. Um ótimo oleo, muito bom mesmo. Para muitos usos. Mas nao pro biodiesel. Quando transesterificado, o oleo de mamona se torna muito "ralo" e portanto, precisa de receber um blend (mistura) para chegar ao nivel de biodiesel usável.
Assim é feito com diversos outros óleos.
Ainda no BR se fala apenas em PRODUCAO e nao em QUALIDADE, o que é um verdadeiro suicidio para o programa nacional do biodiesel, isso desmoraliza nosso produto, nosso comercio, pesquisa e desenvolvimento no assunto perante o mundo. Mas ... Bem... Nossa democracia é um pouco perturbada e aqui o governo faz o que quer pelo seu proprio bem, entao...
O uso do OV, puro ou nao, usado ou nao, para biodiesel deve ser amplamente abolida, sua capacidade energetica é ruim, nao se sabe qual seu grau de poluicao e ainda tende a destruir todo o motor e seus agregados.
Acho válido sim realizarem pesquisas, inclusive com o OV, é importante, mas temos que saber que nao é pq o motor funciona que é o melhor pro mesmo.
Ate pq, ao se comprimir em determinada pressao, quase tudo queima ou explode. Entao nao é por isso que eu vou por areia dentro do motor e esperar que vou revolucionar o mercado automotivo pq areia vai explodir, gerar calor e custa baratinho.
Lembrando que, ate do ponto de vista economico é muito melhor queimar biodiesel do que OV. Vejamos pq:
de 1 litro de OV tiramos: 1 litro de biodiesel e umas 300 gramas (preciso rever o valor correto mas acho que é isso mesmo) de glicerina - base de oleo de soja .
Entao temos:
duas fontes de renda a mais dum mesmo produto. sendo a glicerina com um alto valor economico agregado.
O OV puro, bruto ou clareado, tem mais valor em outras aplicacoes.
Como eu disse, é importante estudar outras opcoes, alternativas, por exemplo, do estudo do OV, vimos que a transesterificacao já é um processo caro, ultrapassado e que consome energia e tem um custo maior que outras tecnicas. Acredito que para os proximos 5 anos, teremos uma revolucao completa em como obter o biodiesel, sem precisar gastar tanta energia.
