Caros amigos recebi por email de um amigo uma verdadeira aula sobre o assunto.Não conheço o autor.Segue abaixo a cópia:
"Os óleos lubrificantes têm por finalidade principal reduzir o atrito
e, conseqüentemente, o desgaste entre superfícies com movimentos
relativos. Além dessa propriedade, os lubrificantes devem proteger
contra a corrosão, refrigerar o equipamento, manter-se em boas
condições de fluxo e, especialmente em motores de combustão interna,
remover os resíduos da combustão, mantendo-os dispersos no óleo
lubrificante. Para atender tais requisitos, os óleos lubrificantes
automotivos são formulados com óleos básicos e aditivos, cujas
características e funções serão discutidas a seguir.
Os óleos básicos podem ser classificados, primariamente, como
minerais ou sintéticos, em função da fonte ou do processo pelo qual
são produzidos. Os óleos minerais são obtidos através da destilação
e do refino do petróleo sendo classificados em parafínicos ou
naftênicos, dependente do tipo de hidrocarboneto predominante em sua
composição. Os óleos básicos sintéticos são produzidos através de
reações químicas, onde se busca obter produtos com propriedades
adequadas às funções lubrificantes. Em geral, os básicos sintéticos
têm como vantagens sobre os básicos minerais, maior estabilidade
térmica e à oxidação, melhores propriedades a baixas temperaturas e
menor volatilidade. Em contrapartida, os básicos minerais são muito
mais baratos do que os sintéticos.
Com relação aos óleos automotivos, o American Petroleum Institute -
API, classifica os óleos básicos em cinco categorias, conforme a
tabela 1.
Os aditivos são substanciais empregadas para melhorar ou conferir
aos óleos básicos propriedades adequadas a um bom lubrificante. Pode-
se dividir os aditivos utilizados em óleos para motores, em três
grupos: o melhorador de índice de viscosidade, o abaixador de ponto
de fluidez e o pacote de desempenho.
O melhorador de índice de viscosidade e o abaixador de ponto de
fluidez são utilizados para conferir ao óleo lubrificante boas
propriedades reológicas, ou seja, a capacidade de se manter em boas
condições de fluxo, tanto em baixas quanto em altas temperaturas.
O pacote de desempenho responde pelas demais propriedades dos óleos,
que podem ser resumidas por suas funções na proteção dos motores no
tocante à formação de depósitos e na proteção das peãs contra
desgaste ou corrosão. Desse modo, o pacote de desempenho possui
aditivos com funções detergentes/dispersantes, antioxidantes,
antidesgaste, inibidoras de corrosão e oxidação, dentre outras.
Os óleos lubrificantes automotivos são classificados com base em
duas especificações que retratam o seu desempenho nos motores. A
primeira é a especificação de viscosidade que é definida através da
Norma J300 da "Societey of Automotive Engineering" - SAE. Essa Norma
classifica os óleos lubrificantes por graus de viscosidade, em
função de resultados obtidos em diversos ensaios, realizados numa
ampla faixa de variação de temperatura. A tabela 2 apresenta os
limites estabelecidos para cada grau de viscosidade.
Para os graus que possuem a letra W (Winter - inverno), os testes se
relacionam ao comportamento em altas temperaturas.
Existem óleos lubrificantes que atendem a apenas um grau de
viscosidade, por exemplo, SAE 20W40, 10W30, etc., sendo chamados de
multigrau. Em regiões que possuem invernos rigorosos, em geral são
recomendados óleos de viscosidade mais baixa, por exemplo 5W30,
enquanto que em países tropicais são recomendados óleos de
viscosidade mais alta como 20W50. A outra classificação de óleos
lubrificantes automotivos se refere ao nível de desempenho em
motores. Existem várias entidads que estabelecem normas para a
classificação de desempenho como a API (EUA), a ACEA (Europa) e a
JASO (Japão). A classificação API é a mais aceita internacionalmente
e estabelece uma codificação que, em geral, é constituída por duas
letras. A primeira, que pode ser S ou C representa a aplicação
automotiva. O S (Spark Ignition ou Service) se refere a óleos para
motores do ciclo OTTO (veículos leves a gasolina ou álcool),
enquanto que o C (Compression Ignition ou Commercial) se refere a
óleos para motores do ciclo DIESEL (veículos pesados). A segunda
letra indica o desempenho do óleo, o que é definido através de
ensaios em motores estabelecidos pela ASTM, que têm como objetivo
garantir a proteção dos motores em termos de desgaste e da formação
de depósitos em diversas condições de operação. Tais condições
englobam os regimes em baixas rotações e baixas cargas, verificadas
logo após a partida dos motores, principalmente em regiões de clima
frio, etc.
Acompanhando a evolução dos óleos lubrificantes, as classificações
APPI para motores do ciclo OTTO começaram com a letra A, ou seja,
API AS e evoluíram para as letras subseqüentes ao A, ou seja, SB,
SC, SD,.... SH e SJ, que é a classificação mais atual e rigorosa da
API para esse produto. De forma similar, para motores DIESEL, temos
as classificações CA, CB, CC,..... CG-4 e CH-4. Nessas últimas
classes, o número 4 se refere a motores DIESEL de 4 tempos.
Cabe ressaltar que, em geral, as classificações mais recentes
substituem as anteriores, de forma que pode ser usado um óleo API SJ
no lugar de um SH ou SG, etc, mas não o contrário.
Os critérios para aprovação de óleos lubrificantes sofreram uma
mudança significativa a partir da adoção do Código de Condutas da
Chemical Manufactures Association, conhecido como CMA Code of
Pratice. Trata-se de uma série de orientações que visam garantir que
um óleo que obtenha aprovação seguindo suas orientações,
efetivamente atenda às especificações informadas no rótulo do
produto. Desse modo, as aprovações API, a partir de SH para os
carros leves e CF para os veículos pesados, exigem que todo processo
de aprovação siga os critérios do CMA Code, o que inclui várias
orientações tais como o registro dos produtos e dos ensaios,
critérios de intercambialidade de básicos em produtos aprovados,
critérios de extensão de aprovações para outros graus de
viscosidade, tratamento estatístico dos resultados, etc.
O rótulo dos lubrificantes contém, necessariamente, as
classificações SAE e API do produto comercializado. O consumidor
deve seguir sempre a recomendação do fabricante do seu veículo que
está impressa no manual do proprietário, atentando para as
especificações e deixando para um segundo plano outras informações
sujeitas a uma forte componente de marketing.
Luiz Fernando M. Lastres
Engenheiro Mecânico - Setor de Lubrificantes do centro de Pesquisas
da PETROBRÁS.
São vídeos bem maçantes, mas deu pra tirar ótimas conclusões com um pouco a mais de pesquisa. Eu nunca utilizei nenhum dos 4 "condicionadores de metais" apresentados. Tomando os valores das análises químicas expostos, como confiáveis, me parece que os 4 não tem nenhuma efetividade.
Peguemos os valores dos elementos químicos que estão diretamente relacionados ao "poder" lubrificante de um óleo, sendo eles, cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P) e zinco (Zn), tomo a liberdade de colocar junto os números do óleo lubrificante Lubrax Extra Turbo 15w40 que obtive da seguinte tese de mestrado: http://tede.unioeste.br/bitstream/te...Bertinatto.pdf
Outra propriedade bastante relevante é o Índice de basicidade total (TBN – total base number), que é a reserva que o óleo tem para retardar a acidificação inerente a que o óleo lubrificante é sujeitado.
Vamos a tabela com os valores
Ao meu ver parece que nenhum dos 4 produtos tem a capacidade de melhorar as propriedades do óleo lubrificante em questão, uma vez que a grande maioria das suas concentrações são inferiores ao do óleo lubrificante. Ou seja, esses produtos acabam por diminuir a capacidade de lubrificação e diminuir a reserva de alcalinidade (ou basicidade).
Resumindo, vou continuar não usando!
Torcendo pra aparecer um engenheiro químico especialista em tribologia pra nos dar um parecer.
Sds.
Ranger XL CE 4x4 Diesel 2000/2001
Maxion 2.5 transformado 2.8+TGV