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  • #1
    Usuário Avatar de Eduardo Velo
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    Lubrificante para Diesel




    Ontem conversando com o Beto Lacerda no Ibira contei o caso abaixo e resolvi colocar aqui no Forum ...

    Sempre usei o URSA LA-3 SAE 40 API CF, CD pra motores Diesel , mas estava em falta qdo troquei pq foi na época da subida do petroleo e sumiram os óleos mais baratos , coloquei óleo pra motor turbinado Ursa Super TD SAE 15W40 API CG-4 . Segundo alguns mecas isso seria até melhor para o motor , acontece que o motor chegava prox. de 100 graus em qqer subida longa , a da Serra pra Mairiporã sempre que chegava no topo tava na 3º marca = 100º .
    Troquei o óleo ha uns 2 meses novamente e coloquei o Ursa 40 mono que sempre usei , subi a mesma Serra e mal passou do 2º risco = uns 82º . Como não consegui achar explicação mandei e.mail a Chevron Texaco .

    " Possuo um Jipe Engesa E4 Fase 3 - Jordania 91/91 , com motor original - Perkins Q20B sem turbo - Diesel .
    Sempre usei óleo URSA LA-3 SAE 40 API CF, CD e nunca tive problema de aquecimento , no ano passado ia ter aumento de óleos lubrificantes e não consegui acha-lo , coloquei o Ursa Super TD SAE 15W40 API CG-4 e começou a ter um aquecimento maior no motor quando em subidas longas .
    Fiz nova troca a 3 meses e coloquei o Ursa LA-3 SAE 40 que estava acostumado a colocar e não tive mais problemas de maior temperatura em subidas .
    Um óleo mais moderno como o Ursa Super TD não é indicado para motores Diesel não turbinados ?? quais as consequências de usar um óleo para motores turbinados em motores não turbinados ?? "

    E veio essa resposta , que não me convenceu , mas tb não sei pq o motor aquece qdo uso o multiviscoso , depois dessa só uso SAE 40 mono

    " Caro Sr. Eduardo,
    Não existe uma restrição quanto ao uso de um óleo destinado para motores a diesel turbinados em motores naturalmente aspirados, porém o contrário não é permitido.
    Hoje, mesmo os motores aspirados naturalmente utilizam um lubrificante multiviscoso (SAE 15W40).
    Uma possível explicação para a alteração da temperatura do seu motor enquanto utiliza um lubrificante multiviscoso é que o projeto não previa a utilização de um lubrificante com essas características.

    Atenciosamente.
    Cesar Augusto do Nascimento Fernandes

    Global Lubricants Solutions - Technology
    Chevron Brasil Ltda.
    Av. República do Chile, 230 - 25 º andar
    20031-170 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil
    Tel 21 2271 9095 / Fax 21 2240 9205
    mailto: adfe@chevron.com "
    Engesa F3 - Q20B - Original - Packard Clipper 1957 - na tela do micro . eduardovelo@yahoo.com.br

  • #2
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    Eduardo, não sou químico, mas tenho alguns cursos de lubrificação pela Petrobrás, e trabalho com turbinas, logo tenho algum conhecimento que me permitem entender a teoria acima citada. Ocorre que em projetos mais antigos, tanto os materiais quanto as folgas seguiam outros padrões, que eram ditados pela tecnologia de materiais disponível até então, e limitados pela engenharia química dos lubrificantes. Mesmo as turbinas mais antigas, usadas no começo da aviação a reação, tinham limites e regimes de giro totalmente diferente do que conhecemos hoje, pois as palhetas não aguentavam a força centrífuga a altas rotações. Mantendo-se as devidas proporções, e sem querer equalisar motores alternativos com os de combustão contínua, coisa semelhante acontece quando utilisamos lubrificantes modernos em motores antigos. Os motores modernos possuem taxa de compressão maior, temperatura de operação maior, folgas internas com menor tolerância (já que a temperatura varia menos, devido aos novos sistemas de arrefecimento selados e com bombas elétricas), melhor balanceamento das peças móveis, menor peso das peças que compõe o conjunto ( bielas, pistões, etc...), maior rotação no regime de trabalho, menor superfície de contato entre peças móveis (inclusive anéis de segmento), etc...
    Um óleo para essas novas características de motor, nem sempre atenderá a contento motores que trabalham em outra realidade, embora garantam uma película residual e uma fluidêz mais eficás, seu poder de preenchimento dos espaços vazios é menor (embora o faça com maior velocidade), além do que, seu poder de detergência é muuuito maior, o que nem sempre é positivo em motores antigos e com folgas contidas artificialmente.
    É claro que existem aditivos p/ tornar o óleo + expesso e compensar isso, mas é muito mais barato você usar o óleo p/ o qual seu motor foi projetado.
    A situação é muito mais complexa do que coloquei, e exige um conhecimento mais profundo de mecânica e de lubrificantes. Muitos fatores entram nessa balança, inclusive a realidade da qualidade do combustível utilisado na época do projeto do motor. Coisas que não costumamos enchergar, na hora da escolha do lubrificante.
    Quer uma dica? Procure na internet a tabela de lubrificantes quanto ao teor de enchofre do DÍESEl. Quando tiver de trocar de marca ou tipo de lubrificante, tente manter um óleo com características semelhantes ao indicado p/ seu motor. Não pense que um óleo moderno protejerá melhor seu motor. Já perdemos algumas turbinas com esse falso conceito. Fabricamos nossos próprios lubrificantes, mas devido a situações diversas, às vezes precisamos utilizar lubrificantes diferentes (o que tivermos a mão) para que a turbina não pare. Alguns óleos + modernos e com maior aditivação, simplesmente aumentam os níveis de vibração dos mancais axiais e radiais, aumentando de forma sensível a temperatura da turbina. Isso é medido direto no painel! E não pense que é problema nos termopares. Há todo um conjunto de características comportamentais mecânicas verificadas em análises com programas expecíficos.
    A resposta é simples. Projetos incompatíveis.
    Outra dica: Em ipótese alguma misture óleos de marcas ou modelos diferentes. Cuidado com o ábito de completar o óleo. Procure fazê-lo ciente de sua quilometragem e contaminação (química/física).
    Abraço.

  • #3
    Usuário Avatar de Luca
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    Citação Postado originalmente por Cowboy
    ...Um óleo para essas novas características de motor, nem sempre atenderá a contento motores que trabalham em outra realidade, embora garantam uma película residual e uma fluidêz mais eficás, seu poder de preenchimento dos espaços vazios é menor (embora o faça com maior velocidade), além do que, seu poder de detergência é muuuito maior, o que nem sempre é positivo em motores antigos e com folgas contidas artificialmente.
    Ei, Cowboy,

    Muito bom. Se non è vero, è bene trovato. Gostei da explicação.

    Edú,

    Nossos carros tão ficando velhinhos. Vamos ter que usar óleo véio, mesmo. Nada de muitos modernismos.

    []´s
    Pajero 2P Mecânico 3.5 V6 - Flexa
    Engesa EE4 (motor Toy 14B) - ViraLatas

  • #4
    Usuário Avatar de Cícero Franco
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    É só passar em alguma lancheria e pegar o óleo usado prá fritar batatinhas. Só não esquece de filtrar em coador prá café! Fica uma beleza!!!!

    No mais é usar só o óleo recomendado pro motor. Acho que tentar óleo mais moderno prá motor antigo ou óleo antigo prá motor moderno pode dar problema, como aconteceu com o Edu.

    []s
    Cícero Franco
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    Petiço: Jimny 4sport 2022

  • #5
    Usuário Avatar de Leonardo Dic
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    Será que esse controle maior da temperatura não se deve ao fato do monoviscoso ficar mais fino na alta temperatura e portanto fluir melhor pelas galerias do motor, enquanto o multiviscoso mantem-se mais grosso.

    Acho que viajei!!!


    O engraçado, que aqui nós usamos o Castrol Tection, que é um API CI-4 em tratores novos e também nos antigos (por exemplo, temos um massey ferguson 50cv, perkins 3 cilindros ano 68) que trabalha muito bem com esse óleo, e olha que nessa época nem sei se tinha especificação de óleo.

    Abraço
    Leonardo Diccini
    Blazer "Chalana"
    Exs: Land Cruiser HDJ80, Hilux CD 95 TDI, Band 14B TDI, JPX 2.5TDI Mit, Niva 1.8AP

  • #6
    Usuário Avatar de Eduardo Velo
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    Cowboy , muito boa explicação , ja trabalhei com turbinas e sei como é problemático a lubrificação , ja vi fundir rolamentos em barril de turbina ...
    Cicero e Luca , só coloquei esse óleo mais moderno por não achar o Ursa 40 , mas veja que o Leonardo usa óleo moderno num motor antigo e não tem problema , assim tb seria se eu colocasse turbo no meu velhinho , ele teria que usar óleo multiviscoso , talvez a taxa de compressão permitiria maior flutuação dos pistões e evitaria o aquecimento que pode ter ocorrido por não ser turbinado ...
    Acredito que o trator que trabalha com o Perkinho não seja exigido tanto como o meu Engesa em subidas longas , pq o aquecimento extra só ocorria em subidas longas , em trilhas e na cidade não aquecia ... e tb não passava de 100 º C , chegava a 100º e começava a cair ...

    []s...
    Engesa F3 - Q20B - Original - Packard Clipper 1957 - na tela do micro . eduardovelo@yahoo.com.br

  • #7
    Bom este é um problema....

    Se alguém puder me indicar algum óleo...

    Num outro tópico discutíamos sobre óleos e me ative a necessidade de utilização de um óleo multiviscoso, visto que meu jipe é turbinado, me indicaram a utilização de um 20w40, foi o que fiz... acredito que por conta do meu motor ter uma concepção antiga, e folgas idem, o resultado foi uma aumento considerável na emissão de fumaça...

    Pensei em utilizar um óleo mais viscoso na próxima troca... tipo 20w50 ou mesmo 20w60... só que estes são indicados para gasolina... terei problemas se os utilizar??

    Antes eu usava o w40 e funcionava, volto a utilizá-lo?


    Hasta Luego

  • #8
    Usuário Avatar de Leonardo Dic
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    Frommars, no seu caso como a viatura é turbo acho conveniente usar um multiviscoso.
    Já tivemos tratores CBT, a maioria com motor mercedes, mas 2 com motor CBT, e sempre usamos multiviscoso. Atualmente usamos o Castrol Tection 15W 40 API CI-4; e em algumas máquinas com motor cansado e com reposição de óleo mais alta utilizamos o Castrol Viscus 25W 50 API CF.

    Não é o caso do MF 50, que citei na mensagem anterior, mas essas maquinas trabalham em algumas épocas 24 hrs/dia, só parando pra abastecer e trocar de operador. Trabalham a rotação elevada 2400-2800 (são motores de baixo giro) e com bastante carga (grade/arado). E nunca tivemos problema com esses óleos multiviscosos da Castrol.
    Eu usaria sem medo.


    Abraço
    Leonardo Diccini
    Blazer "Chalana"
    Exs: Land Cruiser HDJ80, Hilux CD 95 TDI, Band 14B TDI, JPX 2.5TDI Mit, Niva 1.8AP

  • #9
    Usuário Avatar de Engels Kbça
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    Já experimentou usar o Lubras Top Turbo Excelente óleo. Tem até um tópico aqui no forum sobre esse óleo. Dê uma olhada.
    SW4 -2000 TD3.0- Ironman - General Grabber AT2 265 /70 - 16

  • #10
    15W 40
    Leonardo Dic,

    Pois eh me anganei ... usei este 15w mesmo... e esfumaça...muuuuito.

    Vou tentar este 25w50... se encontrar... e ver o que acontece... travar eu acho dificil...

    Seu MF50 usa bomba injetora bosch? tem que colocar óleo na bomba?

    Hasta Luego

  • #11
    Usuário Avatar de Leonardo Dic
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    Frommars, o 50tinha, está usando o 15W40, pois tá de motor novo (bomba não é bosch, é CAV) eu acho vou verificar, não vai óleo nela.
    Mas já usamos o viscus 25W 50 no MWM do Valmet meio cansadão ele tinha bomba bosch.
    Esse 25w50 eu pago 100,00 o balde. e o Tection 15W 40 tá 120,00.
    Leonardo Diccini
    Blazer "Chalana"
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  • #12
    Pois é,

    Acredito que o Javali, também tem bomba CAV, a minha tá com um vazamento e sem a mola do regulador. Aqui em SP, já visitei vários bombistas e eles não a reconhecem e não mexem ... Perguntei sobre a bomba bosch, pq tem um amigo que talvez me conseguiria uma pra 3 cil, só que é uma que tem que colocar óleo (Segundo ele todo dia)


    []'s

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