Postado originalmente por
Allan Nielsen
Todos nós conhecemos casos em que ações sem embasamento tecnico dão bom resultado, como ex. a classica estoria da casca de banana no diferencial etc. Mas não acho correto isso virar regra.
Acho que nossa habilidade de resolver problemas no famoso "jeitinho brasileiro" não deve ser encarado como um dom ou uma coisa positiva, e sim deveriamos nos envergonhar de termos que dar "jeitinhos" por não termos as condições corretas de resolvermos os problemas e ficarmos a todo momento improvisando soluções.
Os oleos lubrificantes são certificados basicamente por duas normas: a API do Instituto Americano do Petroleo e a ACEA Associação Europeia dos Fabricantes de Automoveis.
A norma API é mais simplificada e basicamente certifica os lubrificantes em duas categorias, motores a gasolina e diesel. Para motores a gasolina uma classificação mais recente atende a todas as classificações anteriores, ex um oleo API SM atende os requisitos das classes SL, SJ etc. Isto não é valido para os motores diesel, ou seja uma classificação API CJ-4 não significa ser "melhor" que CI-4 ou CH-4. Por este motivo que aparece nas embalagens de lubrificantes para motores diesel API CI-4/CH-4/CG-4, significando que ele atende a todas estas classes.
A norma ACEA certifica em 3 classes: motores a gasolina e light duty diesel (Ax/Bx), motores a gasolina e light duty diesel com dispositivos de tratamento como catalisadores etc (C1, C2, C3, C4), e a ultima para motores heavy duty diesel (E4, E6, E7, E9). A norma ACEA é a que melhor que se adaptam as necessidades brasileiras para veículos a gasolina, que usa motores de baixa cilindrada e alta performance.
Tanto na API quanto na ACEA, as ultimas classes não estão focadas apenas nas propriedades de lubrificação, mas também na emissão de poluentes e meio ambiente e levam em consideração as características dos combustíveis. Como ex. um lubrificante que atende a classe API CI-4 pode não atende-la no Brasil, pois o combustível brasileiro não tem as características para esta certificação como índice de enxofre, cetanos etc. Tanto a API quanto a ACEA são bastante claros que vc deve consultar o fabricante do motor para a escolha do lubrificante e não basear-se apenas na classificação.
Os fabricantes tem criado suas próprias certificações, portanto não fique procurando pelo em ovo, veja quais lubrificantes são recomendados pelo fabricante de seu veiculo e escolha o de sua preferência.
Abs