Senhores,

Escrevo esse relato não apenas para descrever as agruras que estou passando ao comprar um veículo nacional zero quilometro que vivenciou uma situação absurda, mas também para alertá-los e compartilhar minha revolta como consumidor.

Adquiri um Troller T4 Vermelho 04/05 zero km na Concessionária RAION no Rio de Janeiro, retirando o mesmo em 29/09/2004.

Voltando de viagem no domingo 10/10/2004 estacionei às 21 horas o
veículo em frente a minha residência para efetuar o descarregamento da
bagagem de viagem. No momento da parada acionei o freio de mão até que mesmo se encontrasse em total estado de imobilização.

Com o freio de estacionamento acionado, retirei toda a carga do veículo (carga e passageiros).

Minha surpresa veio após 5 horas, quando fui acordado por um estrondo de batida na rua. Averiguando a situação, constatei que o meu veículo havia descido a ladeira, que por sinal não é íngreme, onde se encontrava
estacionado e se chocara com um poste de luz que estava a uma distância de uns 5 metros.
Verifiquei ao entrar que a alavanca do freio de mão encontrava-se acionada.

Constatei, ainda e infelizmente, os seguintes danos aparentes ao veículo:

- Para choque dianteiro amassado no lado esquerdo na direção do veículo, até entrar em contato com a roda dianteira esquerda, ocasionando o travamento da mesma;

- Fibra da caixa de roda dianteira esquerda quebrada em vários pontos;

Entrei, na manhã seguinte, 11/10/2004 às 9 horas em contato com a RAION, representante Troller no Rio de Janeiro, falando com a pessoa responsável pelo Pós Venda, Sra. Cristiane. Expliquei o ocorrido para ela e a mesma me informou que estaria averiguando a situação e estaria entrando em contato.
Ao mesmo tempo solicitei através do telefone 190 que fosse registrada uma ocorrência policial.

Às 12:30 a Sra. Norma Ferrari, pessoa que me vendeu o veículo entrou em contato, novamente informei o ocorrido, fui informado de que a
concessionária estaria entrando em contato com a Troller para esclarecimentos.

Às 16:30 entrei em contato com a Sra. Norma Ferrari solicitando um
posicionamento, me foi pedido que aguardasse, pois a fábrica da Troller no Ceará não estaria funcionando neste dia.

Às 17:00 o Sr. Luis Santiago, diretor da RAION, entrou em contato comigo
informado que esta era uma situação inusitada e como não estava conseguindo um contato direito com a Troller, ele não sábia como proceder, quando solicitei um prazo para resposta ele não me passou. o Sr. Luis Santiago já deu a entender que teria que arcar com os prejuízos.

Acho um absurdo a situação em que me encontro, pois paguei um valor alto
por um bem que não apresenta um padrão mínimo de qualidade e segurança.

Além do declive não ser acentuado, as normas brasileiras de trânsito
estabelecerem que a obrigatoriedade de calço é somente para veículos com peso acima de 3,5 ton, e o carro ter apenas 10 dias de uso, a
Concessionária achou previsível tal fato.

Qualquer resposta que obtiver, manterei-os infomado.

Atenciosamente,
Martin Friedrich Melcop Filho