
Postado originalmente por
Vichi
Complementando sobre pára-choque, hoje indo para Catonho pela Brasil às 8:30, me deparei com os homem da lei (meliante de farda) entre Guadalupe e Deodoro, estava meio perdido procurando a saída para atravessar a Brasil até a vila militar. Eu gosto de emoção forte mas como hoje nunca tinha tido, ir pela Brasil (tinha esquecido o farol alto ligado) e ver uma coisa cinza no meio da pista apontando um fuzil na minha direção e mandando parar, conhecendo a merda de treinamento que eles tem e que estava de carro azul, foi intenso.
O soldado me perguntou por que tinha o farol alto ligado, na hora que abri a boca, acendeu um cifrão nos olhos dele. Perguntou onde que morava e já começou a salivar.
O cara começou rodar o carro, começou a fazer as perguntas típicas, pediu documentos, etc., eu tenho por costume não descer do carro NUNCA, mas o cara queria fazer uma revista no carro, OK. O carro está tudo certinho e não tinha medo (depois do fuzil, não podia piorar), mas já vi que ia rolar merda.
O comandante (primeiro grau incompleto com certeza) estava com o fuzil e fez a mesma operação de novo, ficou no meio da pista de novo apontando o fuzil para os carros que vinham, ele queria que duas motos que estavam a 100m parassem, mas um caminhão achou que era com ele, o cara começou a gritara para o caminhão que não era com ele (achando que ia escutar ele

e mexendo o fuzil para indicar que não era com ele, o caminhão ia muito rápido para poder parar e no último segundo reparou que não era com ele e deu uma guinada quase entrando com o reboque na traseira do meu carro parado. Eu ia olhando com um olho o policial que estava comigo e com o outro o caminhão.
O cara não encontrou nada, mas pelas perguntas já reparei que até não encontrar algo não ia parar, e já estava atrasado e o Fernando não sabia que eu estava indo, achei que ia ficar sem trilha, de repente me chamou para ir na frente do carro (

é agora que me vai tirar o dinheiro

) falou que a placa estava muito alta, que não dava para ver a cidade, que tal, que qual. OK, eu calado que nem morto, deixei ele se cansar. Finalmente decidiu notificar, me chamou para ir no carro dele e pegou o 'receituário' e reparou que não tinha caneta

, infelizmente encontrou uma, começou a escrever, 'vc está a trabalho?' NÃO, dois letras a mais, 'vc tem presa?' NÃO, 'tem alguém te aguardando?" NÃO, não tenho presa, só tem que chegar na Barra ás 9:30 (eram 8:50), 'será que vc não quer nos ajudar com um cafezinho, vc tem condição, etc...' NÃO. Ai entra em ação o efeito neurônio morto, como eles perdem a capacidade de escrever, 'vc pode ir embora, mas tem que acertar a placa' Eu vou, obrigado, como é que chego na estrada do Catonho, ai ele me explica.
Em todo o tempo que tinha ficando escrevendo, não tinha conseguido escrever a placa completa, se o comandante não tinha o primeiro grau, este soldado não tinha nem começado.
Tenho que trocar o pára-choque para poder botar a placa alta e que não aconteça de novo isto.
Depois de esta experiência a trilha não teve emoção.