Caros,
é com bastante tristeza que escrevo este post. Como alguns sabem, eu sempre fui fiel escudeiro do pequeno jipe da Suzuki. Mas agora não tanto.
A razão pela minha incondicional paixão pelo pequeno suzuki, se dava ao fato do Jimny ser o último dos jipes, jipe com eixos rígidos, reduzida, chassi tipo escada, leve e compacto, assim como o primeiro 4x4 de 1940. Todos os demais viraram grandes e luxuosos, proprietários de design não condizente com sua proposta.
Não eram só as características mecânicas que faziam do Jimny um simpático jipe, mas também seu design. O design da Suzuki, sempre minimalista, primava pela função, sem exageros, apenas discreto e de grande longevidade justamente por não fazer uso de modismos ou artefatos de gosto duvidoso e sem função.
Tomemos como exemplo os Land Rover Defender. Não interessa se é um 88 ou 2012, seu design é apenas funcional e é justamente por isso que todos gostam dele. Seu design comunica o seguinte: "Dane-se a moda, eu vim para travessar obstáculos".
O Jimny, além de um jipe com valiosas credenciais técnicas, era um veículo cujo design manifestava também sua proposta; ser simples, discreto e prático, aptidões expressadas em suas formas, honestidade e simpatia. O Jimny dizia: "sou pequeno, discreto, muito valente e carrego comigo a tradição de meus antecessores, note minha simplicidade"
Tudo isso acabou. Infelizmente pude conferir no Salão do Automóvel o novo Jimy, agora brasileiro.
A tão temida mudança estilística da versão nacional se concretizou, foram tantas as plásticas, que não se reconhece suas raízes;
O que deixa a entender, é que o time da "SVB Automotores do Brasil Ltda" tentou dar um ar de veículo esportivo, assim como foi feito com o Cross Fox, Idea Adventure, etc...
Tudo falso, sem qualquer critério técnico ou estilístico, uma catástrofe, assim como foi feito pelo mesmo grupo nos apliques em fibra de vidro do TR4, L200 e Pajero Sport, veículos onde o conjunto ótico original foi substituído por baratas lanternas nacionais definidas como "mais modernas".
Resultado; o então simpático e discreto Jimny, agraciado pela sua invencibilidade técnica e simplicidade, agora nada mais é do que uma fantasia de veículo turbinado estilo Subaru WRX ou Jimny kei, com suntuoso pára-choques estilo Toyota Prado e acabamento de qualidade bastante inferior àquele aprovado por nós até então.
Por sorte tenho meu Jimny 2010 e assim continuarei. Um veículo cuja proposta era sua honestidade técnica, é um absoluto vexame ter que tolerar um falso "scoop" no capô, assim como foi feito com a Gm S10 pé de boi em 2010.
O Jimny brasileiro agora nada mais é do que uma diarreia de estilos de gosto bastante duvidoso.
Entendo que o "core" ainda carregue a boa e velha qualidade técnica, mas não é só de inteligência que o homem vive, a beleza também é fundamental. Infelizmente quando a beleza é falsa, não existe espaço para elegância... Elegância é o casamento da inteligência com a forma; a forma seguindo a função, como na velha escola de design, o Bauhaus, onde para tudo existe uma função.
O Jimny brasileiro perdeu a elegância em favor do modismo vulgar, modismo que com o tempo tende a ficar caído e completamente fora de moda. Vide o Monza Benz, Miura, picapes Sulam, Ford Royale, Logus ou o próprio Michael Jackson.
A música ainda é boa, mas a cara....



Game over.
Abraços
Clemente
é com bastante tristeza que escrevo este post. Como alguns sabem, eu sempre fui fiel escudeiro do pequeno jipe da Suzuki. Mas agora não tanto.
A razão pela minha incondicional paixão pelo pequeno suzuki, se dava ao fato do Jimny ser o último dos jipes, jipe com eixos rígidos, reduzida, chassi tipo escada, leve e compacto, assim como o primeiro 4x4 de 1940. Todos os demais viraram grandes e luxuosos, proprietários de design não condizente com sua proposta.
Não eram só as características mecânicas que faziam do Jimny um simpático jipe, mas também seu design. O design da Suzuki, sempre minimalista, primava pela função, sem exageros, apenas discreto e de grande longevidade justamente por não fazer uso de modismos ou artefatos de gosto duvidoso e sem função.
Tomemos como exemplo os Land Rover Defender. Não interessa se é um 88 ou 2012, seu design é apenas funcional e é justamente por isso que todos gostam dele. Seu design comunica o seguinte: "Dane-se a moda, eu vim para travessar obstáculos".
O Jimny, além de um jipe com valiosas credenciais técnicas, era um veículo cujo design manifestava também sua proposta; ser simples, discreto e prático, aptidões expressadas em suas formas, honestidade e simpatia. O Jimny dizia: "sou pequeno, discreto, muito valente e carrego comigo a tradição de meus antecessores, note minha simplicidade"
Tudo isso acabou. Infelizmente pude conferir no Salão do Automóvel o novo Jimy, agora brasileiro.
A tão temida mudança estilística da versão nacional se concretizou, foram tantas as plásticas, que não se reconhece suas raízes;
- no lugar do então discreto capô do motor, agora existe capô com um falso "scoop", dando a impressão de abrigar um intercooler ou coisa que o valha. Sim, ele é de mentira e totalmente fechado. Não passa de um enfeite!
- a grelha de ventilação da cabine entre o capô e pára-brisas foi substituida por um barato pedaço de plástico preto de baixa qualidade e em forma de uma grande saboneteira. De tão frágil, sem querer desencaixei sua extremidade ao apoiar minha mão para fotografar.
- o pára-choque foi redesenhado, agora apresenta um "avanço", prolongando assim a ainda dianteira do carro e sacrificando o ângulo de ataque.
- apliques em fibra sobre os faróis, cobrindo seus contornos e prejudicando a projeção da luz do pisca.
O que deixa a entender, é que o time da "SVB Automotores do Brasil Ltda" tentou dar um ar de veículo esportivo, assim como foi feito com o Cross Fox, Idea Adventure, etc...
Tudo falso, sem qualquer critério técnico ou estilístico, uma catástrofe, assim como foi feito pelo mesmo grupo nos apliques em fibra de vidro do TR4, L200 e Pajero Sport, veículos onde o conjunto ótico original foi substituído por baratas lanternas nacionais definidas como "mais modernas".
Resultado; o então simpático e discreto Jimny, agraciado pela sua invencibilidade técnica e simplicidade, agora nada mais é do que uma fantasia de veículo turbinado estilo Subaru WRX ou Jimny kei, com suntuoso pára-choques estilo Toyota Prado e acabamento de qualidade bastante inferior àquele aprovado por nós até então.
Por sorte tenho meu Jimny 2010 e assim continuarei. Um veículo cuja proposta era sua honestidade técnica, é um absoluto vexame ter que tolerar um falso "scoop" no capô, assim como foi feito com a Gm S10 pé de boi em 2010.
O Jimny brasileiro agora nada mais é do que uma diarreia de estilos de gosto bastante duvidoso.
Entendo que o "core" ainda carregue a boa e velha qualidade técnica, mas não é só de inteligência que o homem vive, a beleza também é fundamental. Infelizmente quando a beleza é falsa, não existe espaço para elegância... Elegância é o casamento da inteligência com a forma; a forma seguindo a função, como na velha escola de design, o Bauhaus, onde para tudo existe uma função.
O Jimny brasileiro perdeu a elegância em favor do modismo vulgar, modismo que com o tempo tende a ficar caído e completamente fora de moda. Vide o Monza Benz, Miura, picapes Sulam, Ford Royale, Logus ou o próprio Michael Jackson.
A música ainda é boa, mas a cara....



Game over.
Abraços
Clemente
Valeu Clemente. Simplesmente lamentável. E viva a Souza Ramos. Abs.Válter.