Instituto testa segurança de picapes à venda nos EUA
Cinco modelos foram avaliados em colisões frontais e laterais
Por Vitor Matsubara

Os motoristas norte-americanos devem ficar atentos na hora de comprarem um carro novo. O Instituto de Segurança Viária dos Estados Unidos testou as principais picapes pequenas com cabine dupla à venda no país, e constatou que nenhum dos modelos testados protege a integridade de seus ocupantes em caso de colisão.
Os veículos foram submetidos a colisões laterais em um obstáculo que simula um automóvel de porte equivalente – como um SUV ou outra picape – trafegando a 50 km/h. Já para as colisões frontais, a velocidade sobe para 65 km/h.
A Toyota Tacoma foi apontada como a mais segura, obtendo as maiores notas nos impactos laterais. Única picape equipada com airbags laterais do tipo cortina (oferecido como item opcional), o utilitário protegeu os dummies de danos mais sérios, poupando a cabeça e o abdômen de lesões graves.
Dodge Dakota, Nissan Frontier e Ford Ranger obteram notas regulares, porém com algumas ressalvas. Os assentos situados na parte traseira da cabine da Ranger são pequenos até mesmo para crianças, e não oferecem segurança para os seus ocupantes, enquanto que a Frontier oferece controle de estabilidade, a exemplo do que ocorre com a Tacoma.
A última colocada do teste foi a Chevrolet Colorado, comercializada também como GMC Canyon nos EUA. A picape foi o único modelo testado a ser classificado como “ruim” nos testes de colisão.
O resultado foi crítico tanto nos impactos laterais - a cabeça do motorista foi atingida pelo outro veículo – quanto na colisão frontal, com a caixa de roda invadindo o habitáculo e prendendo o pé do condutor debaixo do pedal de freio. Mesmo assim, os danos no corpo do dummy não foram considerados graves.
O parecer do instituto vem a tona em um momento crítico para o segmento de picapes nos Estados Unidos. Com os recentes aumentos no preço do petróleo, os consumidores norte-americanos estão preterindo os veículos maiores para adquirir carros mais econômicos. A reviravolta no mercado prejudicou diretamente os três maiores fabricantes do país – General Motors, Chrysler e Ford – e fez até mesmo a Toyota rever suas projeções de vendas globais para 2008.