Passeios E Trilhas Leves No Sul

**RMORELLI** · 08/01/2013 09:13

Bom passeio para você.....só cuida a gasolina........

**Eduardo Alemão** · 08/01/2013 14:48

Valeu Maurício Fernandes. Rmorelli, investi umas dilmas num galão bacana de metal: 20 litros. Calculo uma autonomia extra de pelo menos 150km. Somando ao tanque do Samurai dá e sobra pra fazer Cassino - Chuy. To mais preocupado com o vento sul

**Maurício Fernandes** · 09/01/2013 09:06

Eduardo, se a areia estiver fofa (depende do vento e de eventual ressaca), aborta alguns caminhos ou leva muiiiiita gasolina, pois o consumo fica realmente muito alto. Se a areia estivar batida (lisa) daí é igual a asfalto. Outra dica, os postos trabalham apenas no horário obrigatório (das 6h as 20h).

**nanito** · 09/01/2013 09:21

Postado originalmente por Maurício Fernandes

Eduardo, se a areia estiver fofa (depende do vento e de eventual ressaca), aborta alguns caminhos ou leva muiiiiita gasolina, pois o consumo fica realmente muito alto. Se a areia estivar batida (lisa) daí é igual a asfalto. Outra dica, os postos trabalham apenas no horário obrigatório (das 6h as 20h).

Quase certo que boa parte do trecho entre Cassino e Chuy, principalmente antes de chegar na praia do Hermenegildo, a areia vai estar muito fofa! É ali que talvez precise do galão extra! Digo talvez, porque o Samurai é mais econômico que o Vitara.

Já fiz essa trip 2 vezes.

Grande abraço e tira bastante fotos!

**Eduardo Alemão** · 09/01/2013 09:47

Pelos meus cálculos posto só em Mostardas, Rio Grande e Chuí não é?! Vou abastecer (até os gorgumilho!) nessas três cidades.

Quanto as fotos dá pra ficar tranquilo pois serão 3 fotógrafos na viagem

, um deles vai de moto acompanhando.

Eu fiz uma pequena parte desse trecho (Cassino - naufrágio do Altair) de Blazer 4x2 certa vez. Nossa, foi mais tranquilo que a maioria das estradas do RS. Andava a 80km/h froxo.

**Maurício Fernandes** · 09/01/2013 10:17

Tem um ipiranga no Bojuru também.

**nanito** · 09/01/2013 11:06

Postado originalmente por Eduardo Alemão

Pelos meus cálculos posto só em Mostardas, Rio Grande e Chuí não é?! Vou abastecer (até os gorgumilho!) nessas três cidades.

Quanto as fotos dá pra ficar tranquilo pois serão 3 fotógrafos na viagem

, um deles vai de moto acompanhando.

Eu fiz uma pequena parte desse trecho (Cassino - naufrágio do Altair) de Blazer 4x2 certa vez. Nossa, foi mais tranquilo que a maioria das estradas do RS. Andava a 80km/h froxo.

Cassino até o Altair dá pra ir de uno. O bicho pega quando passa o farol Albardão!

Conforme o que o colega disse, tem um posto no Bojuru, tem uma bomba só se não me engano e às vezes não tem combustível, não dá pra contar muito. Se bem que faz tempo que andei por lá, não sei se não construiram um posto maior.

Tem que cuidar que logo que passar Bojuru, tem uma barrinha que se tiver cheia, é melhor abortar a passagem. Quase que afundamos um GVII de um amigo meu quando passamos na última vez.

Abraços!

**Eduardo Alemão** · 14/01/2013 12:51

Buenas, trajeto completo!

E foi exatamente como essa seção do forum: Passeio - Trilha Leve. Muito tranquilo mas muito prazeroso. Apenas um porém na viagem: naufraguei o jipe na barra da Lagoa do Peixe

Dia 01: Porto Alegre - Mostardas via RST-101 : Primeira notícia do dia é que o motoqueiro que nos acompanharia desistiu da jornada

. Paciência, ia ser bem cansativo pro cara de qualquer modo. Carro e galão abastecidos, pneus calibrados em 20psi, cereveja, agua e gelo em abundância e vamos pra luta. O asfalto entre Capivari e Mostardas é bem esburacado mas não chega a ser um problema. Uns poucos kilometros antes de Mostardas entramos em direção a praia, chegando de cara no Farol da Solidão. Dali por diante o plano era rodar direto pela areia até São José do Norte. Não contava, porém, com a barra da Lagoa do Peixe vazante. Pelo que havia pesquisado antes não haveria comunicação com a mar nessa época do ano, mas..... Depois de circular um pouco pelas margens da lagoa decidi que era hora de tentar transpor o que nos parecia uma fina lâmina d'agua para seguir viagem em direção sul. Zequinha foi caminhando a frente, passamos a primeira lagoinha de boa em segunda reduzida, a confiança aumentou, deu pra parar numa pequena "ilha" pra avaliar o segundo e último trecho alagado. Seriam uns 20 metros de distância mas ali parecia que havia um canal um pouco mais fundo. Enquanto Zequinha seguia a pé avaliando terreno o bobão aqui ficou de galinhagem com o jipe, coloquei as rodas da frente uns poucos centímetros lagoa a dentro mas imediatamente senti que a frente do carro afundou consideravelmente.... começou ali o pavor. Taquei ré, traçado e reduzido, acelerei mas o jipe já tava colado na areia/agua até a altura da roda livre. Essa margenzinha era uma espécie de areia movediça :P Caos. Acelerava e nenhuma roda girava, era só gritaria de motor. As rodas traseiras ainda estavam em terra (semi) firme, desengatei o 4x4 e tentei sair só com a traseira já que na frente até o diferencial se aproximava do naufrágio.... Uma das rodas traseiras rodou e . . . afundou

Nessa hora começaram as bolações pra sair dali com ajuda extra já que ficou claro que apenas pela força do carro não ia dar. Os pequenos tocos de eucalipto que encontramos a primeira vista não deram resultado quando colocados sob as rodas traseiras. Cavar a argila nas rodas da frente era infrutífero pois em segundos estava tudo alagado de novo. Não tinha jeito. A cena era o jipe nessa pequena ilha, com três rodas afundadas, cercado de água por todos os lados e ao longe apenas uns pescadores numa carroça e um velho caminhão estacionado, vazio. Fim de tarde, sol se pondo no horizonte. Catamos mais uns pedaços de madeira, conseguimos erguer a traseira do jipe com o macaco (calçado num toco) e colocar um tanto de eucalipto sob uma das rodas. Não adiantou, essa roda girava sozinha (ahhh um bloqueio no diferencial talvez tivesse ajudado...). Não adianta, era hora de procurar ajuda. Fui até os pescadores e não imaginava, mas ali estava a solução: um deles era o dono do caminhão e aparentemente estava muito acostumado com esse tipo de situação. Perguntou se eu tinha macaco, apontou no horizonte três tábuas sobre a areia e foi com seu filho até o jipe. Ele achou ainda um bela estaca de uns 10x10cm pontiaguda e de boa madeira. Não teve dúvidas: com essa estaca e o macaco alavancou uma a uma as rodas da frente calçando na roda livre enquanto colocávamos as tabuas sob as rodas. Na traseira fez a mesma alavanca porém usando o lado pontiguado da madeira dentro dos buracos das rodas. Em cinco minutos o carro planava sobre tábuas ! Dali foi só engatar calmamente a ré e sair de fininho, eternamente agradecido ao cara, que sequer aceitou um cerveja como recompensa. Dinheiro, nem pensar. Nesse momento o sol alinhava no horizonte. Naturalmente desistimos de cruzar esse trecho e voltamos (cerca de 20km) até a Praia Nova de Mostardas, não sem antes ver os Hella 500 deixarem de funcionar

na piro hora possível já que os faróis do Samurai vcs sabem: são mais fracos que luz de vela..... Ali nesse balneário acabamos dormindo numa pousada baratíssima, depois de consumir muita cerveja e um xis delicioso!

Dia 02: Mostardas - Cassino: após circular um pouco pelo pequeno balneário (boa parte das ruas são alagadas mas firmes, parece Veneza

) Saímos até a sede de Mostardas para pegar a RST-101 novamente em direção Sul com objetivo de pegar a praia logo após a barra da Lagoa do Peixe. Desvio feito por Bojuru (ou Bujuru), clássica comunidade da região entre a Lagoa dos Patos e o mar. Sim tem posto de gasolina por lá. São 2 bombas: diesel e gasolina! Na praia fomos trovar com Seu João do Mar, famoso budegueiro da região. Eu podia ficar semans por ali, descansando. Mas seguimos pela praia até os molhes da barra no lado Norte, em São José do Norte. Com o jipe deu pra ir até quase o fim dos molhes nesse lado, uma buraqueira cheia de pedregulhos. A vista ao fim é linda. De volta alguns kilometros e estamos na cidade esperando a balsa para Rio Grande. Em 30 minutos cruzamos o canal na balsa Thor e dali direto para o Cassino, passando pelas mega obras de construção de plataformas da Petrobrás no porto da cidade. No Cassino acampamos e, claro, tomamos aquele goró comemorativo!

Dia 03: Cassino - Chuy: de cara a praia é um tapete! Rodamos muitos, mas muitos kilometros a 80-90km/h. Sempre parando de quando em quando pra fotografar bichos, lixo, esqueletos, bóias, naufrágios. Após o Altair a imensidão e solidão toma conta. Carros, pescadores, casas, tudo vai ficando pra trás e a frente só um fina linha do horizonte. Mas a esquerda, pequenas dunas a direita e um lindo céu azul. Nada mais. A quebrar a monotonia apenas os faróis da Marinha. Em um deles decidimos que era hora de exploração mas profunda: Farol Sarita. Ele fica umas boas centenas de metros areia a dentro e pra chegar lá o jipinho foi valentão pra não dizer fundamental : dunas, alagados, areião, riachinho, mato alto. Ficamos cara a cara com o farol. Ele é, porém, do tipo que nao tem faroleiro e portanto é lacrado. A antiga porta foi fechada com pedras e o farol funciona numa espécie de automático soubemos depois. Ainda assim está muito bem conservado e é dos mais imponentes do litoral, sem falar que é de cor vermelha, coloradíssimo! Ao que consta seu nome foi tirado de um navio que ali naufragou propositalmente no início do século passado. Na sequencia fomos tentar a sorte no Farol do Albardão, já em terras de Santa Vitória do Palmar. Esse é um farol clássico, do tipo dióptrico (com lentes fresnel) e lá sempre tem um pessoal da Marinha. Pra nossa sorte o figura lá, apesar da cara de poucos amigos no início, foi gentil e proporcionou um longo tour pelo lugar com direito a subida até o topo da construção e uma bela aula sobre todos aspectos da navegação marítima. Ao final, já bem a vontade resolveu fazer graça perguntando se não tinhamos visto uma anã sobre um cavalo branco na região, essa seria a tara do maluco ! Buenas dali estávamos a poucos kilômetros do temido concheiro. Que nessa época do ano (verão, tempo firme) se provou nada mais que uma bela diversão. De fato todos com quem conversamos avisaram pra tomar cuidado na região, o próprio faroleiro do Albardão evita passar por ali apesar da Toyota Bandeirantes que tem

. A verdade é que o mar estava baixo e dessa forma foi possível rodar quase que o tempo todo pela borda da água ao contrário do que vinhamos fazendo até ali quando o ideal era rodar bem entre as dunas e o mar. Como isso ficou monótono as vezes entrávamos areia a dentro e aí já dá pra sentir um pouco do terror. De cara o carro perde força, sugere uma terceira e rotação mais alta. Divertido mas nada apavorante. Dá até aquela vontade de voltar no inverno pra ver como realmente fica o concheiro com mar alto. Nessa balada chegamos a Hermenegildo e logo na Barra do Chuí (hoje Balneário Atlântico), fim ou início do Brasil ! Eram 15:00, tempo suficiente pra comer umas milanesas a Uruguaya, achar uma boa casinha de aluguel e se jogar pra um merecido banho no Arroio Chuy, literalmente nadando entre o Brasil e o Uruguay. Claro que entornamos aquelas brejas ali na praia até o entardecer, assitindo ainda um Chevette velhão tentando sair do atoleiro na areia. Pizza Uruguaya a noite, umas Norteña pra encerrar e era isso.

Dia 04: Chuy - POA: a aventura acabou mas ainda tinha a clássica banda pra comprar quinquilharias nos free-shops do Chuy. Movimento, muito movimento, preços nem tão bons mas deu pra garantir o perfuminho pra patroa, um canivetão Victorinox mais do que merecido além de uma lanterna Maglite gigantona da melhor qualidade! Um pancho con pancetta e pegar estradão de asfalto mais do que tedioso até Porto Alegre. 37 pilas de pedágio....melhor era voltar pela praia :P Excessão feita ao Banhado do Taim quando deu pra fotografar até jacaré nas margens da estrada !!