-
Bognor Diva é o Niva de Volta – 4x4
Entre 1991 e 1994 o jipe russo, projetado em 1974 emplacou mais de 8.000 unidades vendidas no Brasil. Isso é um enorme sucesso, comparado com a produção dos jipes Toyota Bandeirante na mesma época que mal chegavam às 250 unidades ano, pouco mais, pouco menos que a JPX, dependendo do ano. Nesse número não incluímos os carros Samara e o bom 4 portas com tração traseira, ideal para as condições do interior do Brasil
Por problemas relacionados com as pessoas que detinham a representação da Lada no Brasil, a torneira fechou e de sucesso retumbante a empresa passou a ficar deitada em cama de pregos. Quase todas as suas dezenas de concessionárias faliram. Em 1995, ano de grande mudança técnica com adoção de juntas homocinéticas no lugar de cruzetas nos eixos cardã, reduzindo muito o ruído do jipe, poucas unidades deram as caras. Em 1997 o diesel já se tornava uma realidade desejável na Europa, com motores Peugeot XUD9 com turbo, o mesmo do JPX e foi lançado o excelente 1.7i a gasolina, super econômico, do qual umas 20 unidades chegaram ao Brasil via Uruguai.
Em 2002, havia grandes planos para uma volta triunfal do Niva, importado do Uruguai. Nada se concretizou. Mas agora é para valer. A antiga empresa Oferol Uruguaia, montava Peugeot Citröen em CKD por lá e tinha a representação da Lada. Bem, a empresa perdeu a Citröen e para não bater as portas, decidiu retomar a aventura Niva e se tornou uma nova razão social: a Bognor.
Mesmo que a GM tenha investido pesado naquele “novo Niva” SUV para venda na Europa, ela não tem ingerência sobre a Bognor e muito menos está ligando para o projeto Niva original, parte ainda produzido em Togliatti e parte no Uzbequistão, que recebeu o ferramental completo retirado da planta russa para abrir espaço para o novo modelo. O jipe vendido para toda a América Latina passa a se chamar Diva e já conta com o índice mínimo exigido de peças produzidas no Mercosul, para cruzar fronteiras com alíquota de importação igual a zero. Se o Mercosul fizer o acordo de livre comércio com a Índia, o mercado se multiplica numa razão imensa.
Entre os itens mais notáveis do quebra-cabeças que formam o Diva, estão carroceria e conjunto de transmissão originais, motor Peugeot francês, tecido de estofamento igual ao do Citröen Xsara, bancos uruguaios (mas que poderão vir a ser brasileiros), fiação argentina, bateria, rodas e pneus brasileiros, vidros uruguaios e no caso da versão blindada de fábrica Nível III-A, vidros brasileiros. Um dos pontos fracos do Niva era a pintura russa pouco capaz de sobreviver à nossa maresia, foi resolvido e as tintas serão brasileiras com oferta de oito cores, além de pintura bi-color, como nas fotos.
A chave do sucesso do Niva, foi ter chegado primeiro, com um preço considerado adequado. O desejo de seus proprietários sempre foi o de mais potência e de ter um motor a diesel. Bem, a segunda parte está definida. O motor 1.9 aspirado a diesel DW8 da Peugeot atende às normas de poluição Euro II e oferece 72 cv @ 4600 rpm. Usando o mesmo câmbio (um pouco mais longo) do modelo 1.7i a gasolina o Diva chega fácil aos 135 km/h segundo os representantes da marca.
Em todos os modelos até hoje, a potência original do Niva se situou em torno dos 70 cv. Não pretende ser um esportivo e com um centro de gravidade alto nem é bom que seja muito veloz mesmo: é um jipe. Só quem não o usou é que tem preconceito contra ele. Afinal, como justificar para si mesmo que o mais barato é o melhor?
O torque é de 12,7 kgfm à baixa rotação: apenas 2.500 rpm. Nominalmente pequena, sabemos que isso é suficiente para o jipe enfrentar qualquer situação. A forma adequada de conduzir o Diva ou o Niva, que é 4x4 permanente com diferencial central é acionar a reduzida quando se entrar em estradas de terra mais enroscadas, subidas e descidas mais íngremes. Para trilhas e atoleiros, o diferencial central deve ser bloqueado antes.
Com a relação de marchas que ele possui, você pode andar em torno dos 90 km/h em quinta reduzida, logo, a redução permite que você ande com o motor cheio em qualquer situação encontrada em estradas de terra. Como ela é de 2,135:1 isso equivale a cerca de pouco mais que o dobro do torque, onde o número já fica mais interessante.
Os pneus brasileiros são maiores, na medida 205/75 R15, exatamente o que faltava para o modelo anterior. O estepe foi para um suporte traseiro basculante dando lugar ao filtro de ar. Aqui temos um tópico à parte. Na foto, você pode ver a entrada de baixa e frontal que limita a altura de travessia de água à parte de baixo do farol, o que não é o adequado para um jipe a diesel: ele deve ser mergulhado com água cobrindo o capô, aspirando por um snorkel e ir em frente.
Mas esse não é o caso. Essa entrada frontal foi necessária para admitir mais ar no motor e diminuir a emissão de particulados, que está se tornando muito severa para os carros no Brasil, mas deixada para lá quanto aos ônibus urbanos. Ela tem que ficar ali para o veículo ser homologado e é assim que será entregue ao comprador. Primeira providência: tirar o tubo dali e colocar uma mangueira para entrada de ar atrás da caixa do filtro.
Na saída do filtro você vê uma estranha mangueira em “S”. As curvas e as borrachas servem, junto com o grande uso de material fono-absorvente no capô, para diminuir o “ruído de passagem” que daqui a pouco será outra norma severa a entrar em vigor no Brasil. Esta medida é o ruído que o carro faz quando passa por você de pé na calçada na rua. Ainda controversa, essa medida é meio estranha, pois varia com a velocidade e outros fatores, como: janelas abertas ou fechadas, desenho e calibragem dos pneus, aerodinâmica geral e até mesmo o local – uma rua estreita com edifícios ou uma estrada aberta? Vai da muita discussão nos próximos anos. Portanto, quando você resolver comprar o Diva 1.9d e trocar todo o sistema de filtro por um tipo “ciclone” com entrada de ar para traz, guarde o conjunto original, pois vai precisar dele nas vistorias anuais.
Um turbo resolveria o problema da posição da tomada de ar. Inclusive demos essa sugestão, anotada pelo representante, de criar dois modelos: 1.9d e 1.9td provavelmente com um turbo brasileiro adaptado ao motor francês, exatamente como a JPX fez. Com isso, teríamos o Diva td com cerca de 90 cv e um torque normal em torno dos 18 ou 20 kgfm, o que o tornaria um dos melhores conjuntos do mercado. Essa idéia, como a de trazer outros modelos como a picape, o quatro portas de chassi longo e a ambulância de chassi longo e teto elevado, fundamental para as prefeituras do interior do Brasil, não estão descartadas mas se deve pensar nelas apenas a médio e longo prazo.
Mas você já deve estar se coçando para saber o preço do bicho. Vamos lá: 48 mil reais sem direção hidráulica e sem ar-condicionado. Com os dois, opcionais, deve chegar aos 52 mil reais contra 83 mil reais de um Land Rover Defender 90. Tá bom assim? Em princípio o modelo 1.7i, apesar de estar circulando na apresentação nacional, não deverá ser comercializado, pois curiosamente ele é que ficou sem preço, saindo ali pelos 43 mil para o consumidor, que obviamente optaria por 5 mil a mais e pelo diesel.
O grande culpado pela formação de preços é o atual governo. Além da volta do IPI aos índices originais, houve em janeiro uma oneração de mais 10% no PIS e COFINS para as importações (depois dizem que a balança comercial está fantástica! Como somos eficientes em exportar muito mais do que importamos!). Na verdade, desde o início do ano o importador tomou mais uma ferrada. Mas estes 10% absurdos se transformam em 14% no final das contas, pois eles incidem não sobre o mero valor da mercadoria importada, mas sobre o valor, o frete, o seguro, o IPI, e o ICMS. Um verdadeiro absurdo: pagar impostos sobre outros impostos e até sobre o valor do seguro da carga...
Outras montadoras como Honda se deram muito pior. Aumentaram o preço de seus carros e 4 ou 5 dias depois houve o realinhamento do IPI que incidiu sobre o preço recém aumentado, representando um aumento real enorme. O governo é o sócio majoritário: não produz, não investe e apenas recebe os impostos, mesmo que o produto não tenha sido vendido.
Mas os vôos da Bognor uruguaia parecem mais centrados e coerentes. Sabem que o mercado principal é o brasileiro e mesmo assim, as primeiras 60 unidades já estão sendo embarcadas para o México. O objetivo da empresa para 2004 é a reativação de concessionários no Brasil com a venda de 600 unidades. Em 2005 a meta é dobrar a venda.
Para isso, pretendem contar com várias formas de comercialização, como: financiamento próprio, consórcios formais e informais dentro dos Jeep Clubes, aceitação dos Nivas usados como parte do pagamento do Diva e depois, vender os modelos usados, após passar por uma “revisão de fábrica”. A Bognor pretende trazer as peças para a manutenção dos Nivas a gasolina. O que se percebe já é um começo de valorização dos Nivas usados, tanto em SP quanto no RJ.
A maior incógnita é se as pessoas vão chamar o jipe de Diva ou o nome Niva ficou irremediavelmente marcado.
DESCULPEM PELO LONGO TEXTO QUE EU ACHEI NA NET , MAS ISSO RESUME TUDO O QUE FOI FALADO DO NIVA AKI .UM ABRAÇO A TODOS , O BOM DO REGRESSO SERIAM AS PEÇAS E OS ACESSORIOS PARA NÓS QUE TEMOS OS NIVAS .ATENÇÃO ISSO FOI EM 2004 .
-
É, 2004, foi mais uma historinha para boi dormir.
Foi este mesmo que eu e alguns que ficam na coruja por aqui fizemos um test-drive quando passou pelo Rio (já vazando óleo e com o acabamento quebrado. rs...).
[]´s,
-
Todos Sabem Que Este Niva Era De Testes Iguais Que A 4 Rodas Faz , Entao Um Carro Que Rode Muitos Quilometros Com Certeza Apresenatara Algum Problema Inclusive Um Suzuki , Ainda Mais Dirigidos Por Suzukeiros Que Querem Desmoralizar Os Nivas ( Ehehhehe ) , Alias Eu Tenho Aki Um Video Onde O Niva Passa Por Um Morro E Nao Toma Conhecimento E O Suzuki Vavaivaiavai E Volta , E O Cara Do Suzuki Pergunta O Que Era Aquilo Vermelho Que Passou Por Ele ,ehehe .so Para Lembrar Um Niva 2007 Custa Em Média Na Europa 6890 Euros Equivalente A 18.603 , O Governo Guloso O Nosso . Ate Um Suzuki Que Nao Sei O Preço Chega Aki A Um Preço Irreal , Entao Nao Importa O Carro Vamos Fazer Que Nem Motorista De Vams Um Buzinaço Em Prol Da Redução Dos Impostos Dos Jipes . Um Abraço A Todos
-
3 Anexo(s)
A General Motors Continua Dizedno Que O Projeto Niva Gm é De Sua Autoria ,mas Na Verdade Nada Tem A Ver O Designer Com A Gm ,o Desenho Desde A Concepção Ate O Modelo Produzido é Totalmente Da Autovaz ( Lada) , A Participação Da Gm Foi So Para Fims Economicos Já Que A Autovaz Nao Tinha Como Lançar Este Projeto Por Conta Propria .a Que Tudo Indica Foi Uma Despropriação Do Direito Autoral .
Coloquei Algumas Fotos Do Carro Salao De 2007 , Apenas Mais Enfeitado Mais O Desenho é O Mesmo , Sera Que A Gm Nao Tem Capacidade Para Fazer Outro Desenho Ou A Lada Produz Sim Carros Muito Boms .