Na verdade é o seguinte: o alumínio é um defletor de radiação, seja ela visível ou não (uv, por exemplo). Na verdade qualquer espelho ou outro metal polido serviria para a função (só que dentre os metais o mais barato, duradouro, maleável, dúctil e leve me parece ser o alumínio, posso estar enganado, e espelhos não são muito indicados para aplicação veicular, né mesmo?). Veja o caso do peru. Pra assar direito, você deve cobrí-lo com a face brilhante do papel alumínio voltada para o peru. Assim, o calor emanado pelo peru é defletido pelo alumínio de volta pro próprio penoso. E o mínimo de calor emitido pelo forno é defletido pela face opaca do papel alumínio. E no forno a troca de calor é por radiação e convexão, nunca por condução.
Por outro lado, o alumínio não se presta a isolante térmico, muito pelo contrário. Como todos os metais, é um excelente condutor de calor.
Não, não estou ficando doido. O alumínio é excelente defletor de calor, quando polido, e ao mesmo tempo, ótimo condutor de calor. O calor não é dissipado pelo alumínio, mas sim conduzido a outro meio, dissipante. É o caso dos cooler de processador que você citou. Uma fonte geradora de calor (processador) concentrada em pequena área, cujo ar em contato é insuficiente para refrigeração adequada, é colocada em contato direto com uma peça condutora de calor (o dissipador de alumínio) com grande superfície, que em contato com muito mais ar tem condição de prover a dissipação adequada do calor. O ventilador entra na contínua circulação do ar quente, provendo mais ar frio, aumentando ainda mais a eficiência do trem.
O isolamento térmico deve imitar o princípio da garrafa térmica, onde se tem um meio isolante (no caso da garrafa térmica, o vácuo) que evita a troca de calor por condução, e paredes metálicas ou metalizadas, que evitam a troca de calor por radiação. Esse tipo de parede, idealmente, é chamada adiabática.
Em tempo, um estudante de física, a seu dispor. Instituto de Física da USP.

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