Lista de Sobressalentes para Trilha

[denisdenis]

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Olá Pessoal,

Estou preparando meu niva para trilha. Poderiam indicar uma lista básica de peças sobressalentes pra levar junto?
Agradeço se escreverem o nome completo da peça, pois não manjo quase nada.

Abraços

[shuther4x4]

Denis, pelo pouco que conheço de niva, mas não de trilha, isso depende mais de você saber como está seu carro e do seu conhecimento de mecânica para avaliar a real necessidade das peças sobressalentes. Por exemplo, não adianta você levar um flexível da embreagem se vc não tem como trocá-lo ou alguém que saiba. No meu uma coisa eu nunca esqueço, ou melhor, duas: alicate e aquele dispositivo importado, o AR-AM-E, esse sim, todo trilheiro ou mesmo passeio de fim de semana (como eu) deve ter. Mas o pessoal mais acostumado com trilha de niva sem dúvida vai te dar boas dicas. Abraços.

[Fio]

Denis,

a primeira dica é nunca ir sozinho pra trilha. Quanto mais gente, melhor suas chances de alguém te ajudar se algo acontecer. Instale ganchos de ancoragem na frente do jipe, NUNCA confie naqueles "ganchos" que ficam na parte de inferior do chassis!!! Na página da Apoio4x4, na parte de Acessórios para Niva, você encontra um exemplo de ganchos.

Tento isso instalado, vc sempre poderá recorrer a um "reboque amigo" se teu jipe pifar. Somente em um caso isso não é possivel... no caso de QUEBRA DE PIVÔS. É impossivel rebocar ou fazer qualquer gambiarra se algum dos 4 quebrar.

Se vc tiver ferramentas suficientes e 2 macacos, leve 2 pivôs inferiores (direito e esquerdo) e 2 pivôs superiores. Demora quase 1 hora pra trocar cada um, e precisa ter um nível intermediário de mecanica.

De resto, leve o basico: Cintas de reboque, braçadeiras de diferentes tamanhos, platinado se vc ainda usa, mangueiras d´agua, bomba de gasolina, fusiveis, água e uma Imagem do seu santo(a) de preferencia.

Agora é só benzer, e vai que vai...

[]´s cautelosos

[José Augusto]

Denis, muitas vezes pode-se improvisar, ao invés de levar um monte de peças sobressalentes, o correto é fazer uma revisão no veículo logo após uma trilha, lembrar dos pontos mais exigidos e se concentrar mais nestes pontos, se houver alguma correção essa é a hora de executar.

Quando for fazer uma trilha mais brava ou mais longe ou ainda de acesso a resgate dificil, faça uma revisão prévia, no menor sinal de alguma peça desgastada troque por uma nova (mesmo que a velha ainda ofereça algum tempo de vida, guarde esta peça velha em uma sacola e leve junto).

Faça manutenção preventiva sempre, existem trilhas que só devem ser feitas com o veículo com a mecânica impecável, não facilite.

Só completando a lista, leve luvas (para não se cortar), galão de água, fluido de freio, óleo, ferramentas básicas (alicate, chave de fenda, phillips, chave de boca e algumas chaves nos tamanhos mais comuns de 11 a 16), arame (bem lembrado pelo Fio), fita adesiva, durepoxi (muito importante), algumas braçadeira de vários tamanho, alguns dos flexíveis (aqueles vitais, cuja falta implica no veículo ficar imobilizado), verifique o estado dos pneus e do estepe (pneus lisos e trilha não combinam), fuzíveis (tem gente que leva tambem alternador e bateria).

Esteja sempre preparado, leve estojo de primeiros socorros, roupas limpas e outro par de calçado, toalha, lanche e bastante àgua potavel.

[Cavalcante]

Não se esqueçam de um cabo pra chupeta (ops) e uma muda de roupa...
Um macaco hidráulico telescópico e um cepo são fundamentais também. Calços de roda também ajudam, mas sempre se pode achar algo que funcione como um...
E nunca, mas nunca mesmo, vá sozinho pra trilha...
Dependendo da região, uma antena auxiliar pra celular também é uma boa. Tem muita região sem cobertura por aí, e na hora do perreio pode ser a salvação.

[emtsuhako]

Denis, peças sobressalantes vale a pena levar aquelas fáceis ou não tão difíceis de trocar, tais como, correia, fusíveis, platinado (se for o caso), lâmpadas das lanternas e faróis, velas, cabos de vela e cabo do acelerador.

De equiptos e acessórios, basicamente é bom levar um galão (20 litros), cinta de reboque, bomba (ou compressor) de ar, calibrador, caixa de ferramentas (com chaves-de-fenda, chaves Phillips, chave inglesa, martelo, marreta pequena, alicate, fita isolante, etc), lanterna, pá (pode ser aquelas pequenas de camping), machadinha e cabo pra chupeta... ops... rsrsrs... mas se vc tiver a manivela, pode fazer o motor pegar com ele.

Eu costumo levar tb uma corda de nylon de 10 metros, barraca para duas pessoas (ok, dá pra dormir dentro do carro, isso se ele não estiver alagado... rs), dois macacos jacarés pequenos (herança do meu véio que não confia em produtos made in China) e duas pranchas (tábuas) de madeira de 80 centímetros cada um que eu fiz para desatolar o carro tanto em lama como em areia.

Vale a pena acessar o link http://www.monzaclube.com/fafacil/fa..._macetes.shtml para aprender uns macetes que ajudarão a quebrar alguns galhos.

[Fio]

Opa, a coisa tá tomando um rumo meio sinistro...

É pra trilha ou expedição? Trilha é coisa curta, de no máximo umas 8 horas de duração... barraca é um pouco demais não? E outra, o Niva tem uma boa autonomia, não precisa de galão reserva numa trilha normal, é pesado e é perigoso quando tem fumantes envolvidos.

Cavalcante, nunca tinha pensado nessa da antena... boa idéia... funciona?

Zé, a idéia do arame não foi minha, foi do shutter! Não vou levar os creditos indevidos...


[]´s

PS: E tenho dito: cuidado com os pivôs, é uma experiencia terrivel!

PS:

[emtsuhako]

Fio, realmente uma trilha é um passeio curto, mas de não mais do que um dia de duração. O problema é que tanto em um trilha qto em uma expedição vc pode enfrentar o imponderável. Não são raros os casos em que jipeiros foram obrigados a passar a noite em uma trilha, seja pq o carro quebrou e não conseguiram arrumar a tempo ou pq o socorro não veio, seja pq o tempo fechou de repente e não foi possível prosseguir (tipo, vc já passou por um rio, que após a chuva está intransponível, e tb não pode seguir em frente pq há outro rio, tb intransponível no momento). Sem contar que ter uma zequinha do lado é um convite constante às perversidades... rsrsrs. Qto ao galão, eu o considero indispensável em trilhas que vc está fazendo pela primeira vez ou em trilhas que ninguém nunca fez. O fumante é dispensável. Um Niva em trilha faz não mais do que 5km/l (gasolina) o que dá 200km de autonomia. Parece muito, já que trilhas raramente passam dos 100km de percurso, mas uma vez eu fiz uma trilha planilhada cujo percurso teve que ser totalmente alterado durante o trajeto simplesmente pq essa planilha tinha uns 4 anos e estava totalmente diferente, com muitos trechos fechados, escondidos pelo matagal ou intransitáveis, o que me obrigou a procurar um caminho alternativo. O que era para ser uma trilha de 70km, acabou virando algo em torno de 120km com a gasolina quase no fim... Eu deveria ter procurado me informar mais sobre essa trilha antes de desbravá-la...

[Drovk]

Amigos, eu tenho uma lista bem mais simples... Além de uma boa e permanente manutenção, eu sempre vou para trilha com pelo menos um bom amigo num outro jipe, pois um bom amigo vale mais que mil peças e tralhas.

Na minha opinião, a melhor receita é procurar se aventurar sempre com quem já tem uma certa experiência. Procure juntar um bom grupo para depois cair no trecho. Quanto mais preparado for o grupo, maior será a probabilidade do seu passeio ou trilha ter muita aventura, alegria e boas recordações, pois experiência, preparo, conhecimento do trajeto, diagnostico mecânico não dá para levar numa maleta, mas pode evitar ou solucionar muitos problemas. Desta forma, o melhor é ir aos poucos, conhecendo seu limite, o limite do seu jipe e o limite do seu bolso. Assim, a medida que você for aprendendo com a turma ou observando o seu próprio veículo, você vai equipando seu jipe com acessórios, ferramentas e peças que realmente serão úteis e farão a diferença numa trilha.

Mas uma coisa é certa... Durante meus 3 anos de trilha (sempre acompanhado por pelo menos mais um Niva), nunca vi um Niva quebrar de uma forma que não deu para ser arrumado (mesmo que provisoriamente) ou rebocado por outro jipe. E olha que já vi um amigo estourar os dois diferenciais de uma única vez. Desta forma, acredito que uma coisa que nunca pode faltar é pelo menos uma cinta, cabo ou corda, pois se a turma não descobrir o problema e você não conseguir colocar o jipe andando novamente, o negócio e rebocar até um ponto que dê para chamar seu mecânico ou um reboque profissional.

1 ab.,
Drovk

[Cavalcante]

Cavalcante, nunca tinha pensado nessa da antena... boa idéia... funciona?

[]´s

Funciona e muito. A Aquário tem antenas com ótimo ganho. O chato é que não é pra qualquer aparelho e/ou operadora. Você tem de comprar o conjunto antena/adaptador adequado ao seu celular/operadora, e pra alguns celulares não há antena. Mas no site da Aquário tem a lista dos celulares compatíveis (na verdade vc põe o modelo e o site informa se há ou não antena compatível...).
[]s

[José Augusto]

Mas uma coisa é certa... Durante meus 3 anos de trilha (sempre acompanhado por pelo menos mais um Niva), nunca vi um Niva quebrar de uma forma que não deu para ser arrumado (mesmo que provisoriamente) ou rebocado por outro jipe. E olha que já vi um amigo estourar os dois diferenciais de uma única vez. Desta forma, acredito que uma coisa que nunca pode faltar é pelo menos uma cinta, cabo ou corda, pois se a turma não descobrir o problema e você não conseguir colocar o jipe andando novamente, o negócio e rebocar até um ponto que dê para chamar seu mecânico ou um reboque profissional.

1 ab.,
Drovk

Vc tem sorte, certa vez entramos numa trilha com 6 jeep's todos aparentemente bem equipados e com a mecânica em dia, meu CJ5, outro CJ5 com guincho pneus 32 3k e blocado, outro CJ5 com pneus frontiera, 1 niva com guincho e pneus 3K, um Troller Zero pneus 33 e outro com pneus 31. Dia ensolarado, uma trilha leve para média entramos as 10:00 da manhã do sábado, na trilha quando estavamos enrroscados, encontramos outro pessoal que entrou pela saída, eles nos avisaram que a coisa mais para frente tava preta e seguiram em frente.
Até aí tudo sob controle, neste instante começou a chover, e o negócio que era leve para média ficou pesada, resolvemos dar meia volta, as piscinas, já não podiam ser transpostas pelos gasolina, e aí começou a maldição das trilhas, um troller quebrou a bomba de combustível, as subidas com erosões só podiam ser superadas com guincho, nos atoleiros só pneus grandes e guincho, a chuva não deu trégua e uso intenso dos guinchos, sem sinal de celular (muito montanhoso em toda volta), um a um todos os guinchos foram quebrando sobrou só o meu, os outros CJ5 ficaram quase sem combustível e um com 2 pneus destalonados, quando foi 2 horas da manhã do outro dia todos muito cansados, alguns já estavam com hipotermia, com a ajuda de todos montamos um esquema e conseguimos sair do trecho pior eu o niva (que passou pelas piscinas arrastado, o nível que pela manhã tinha uns 50 cm ficou pouco acima de 1 m), iamos buscar ajuda.
Porem ainda tinha muitos quilometros de trilha com ladeirões, o niva do colega conhecia melhor o caminho e pediu para ir na frente, em uma dessas ladeiras, ele muito cansado deu uma braçada e o jipe patinou, atravessou o caminho e caiu com o diferêncial traseiro atrás de umas pedras, enfim sem condição de continuar ele pediu para que eu o puxasse, não havia pontos de anoragem para o guincho, a ladeira continuava e já tava dificil de subir imagina puxar, tentamos de todo jeito e nada, meu jeep patinava e nada para baixo era perigoso de cair em um barranco e para cima não tinha aderência, como a cinta era longa comecei a tomar distância para dar trancos, aí o terreno onde ele estava começou a ceder e ele falou para dar tranco forte pois era provável que o niva iria rolar morro abaixo, tomei impulso o jeep pegou velocidade e o niva saiu, bem a tempo porque as pedras que ele estava escorregaram logo a seguir, mas o eixo trazeiro saiu para fora alem de ficar sem tração nenhuma.
Sugeri de encostar o niva no topo do morro e seguir, mas como estavamos em 3 no CJ e 3 no niva e quase todos com hipotermia não caberiam todos, seguimos eu rebocando o niva.
Resultado cheguei chegamos em casa as 6 horas da manhã ainda com chuva, ligamos para alguns colegas organizamos um reagate e retornamos. O resgate foi outro tanto mas o importante de tudo isto quando cheguei em casa fiquei sem empreagem, o atuador trincou,
agora imagine se isto tivesse acontecido lá na trilha.

Porque contei isto, é para que não se confie tanto no jipe do colega, independente do jipe, só quem sabe a real condição do jipe é o dono e quando as coisas acontecem normalmente vc arrastar um outro o grau de dificuldade aumenta muito, um jeep avariado pode ser a diferença, faça de tudo para sair por seus próprios meios, e como contei, as vezes não vamos atrás do que não podemos enfrentar mas sempre existe a possibilidade de que eles ocoram.

[Fio]

José,

também vou contar um causo aqui...

Provavelmente, muita gente aqui do forum (inclusive o administrador-mór) estava lá naquele dia e testemunhou, e vai dizer: putz! é esse o cara do Niva que entalou aquele dia!!!

Fomos fazer uma daquelas famosas "trilha-festa" com mais de 100 jipes e coisa e tal aqui na Chanflora, região de Ribeirão Preto. Pois bem, lá fui eu, saindo de uma balada as 6:30 da manhã resolvi ir com o meu Niva com pneus 205/70 R15 do Samurai.

Pra quem conhece, sabe que atrilha tem muita erosão, e o Niva com pouca torção e baixa altura com relação ao solo não ia dar conta. Devido a grande quantidade de jipes, a fila não tava andando e todo mundo começou a ficar impaciente. Eu inclusive.

Tentei passar com tudo numa erosão e quebrei o pivô inferior dianteiro direito. A suspensão foi pro chão e não tinha nem como empurrar o carro, quanto mais guinchar. Não desesperei porque tinha muita gente pra ajudar, mas o celular não pegava e os PX não tavam dando conta de achar os "limpa-trilha".

Acabou que o jipe teve que dormir na trilha e no dia seguinte tivemos que fazer o reparo lá mesmo. Ficou caro e desagradavel.

Conclusão: faltou experiencia, bons pneus e conhecimento das dimenções do carro.