Estive numa concessionária na Capital Mineira e o mecânico, chefe da oficina, depois de dizer que conferiu alinhamento e balanceamento; que realizou medições daqui e de lá; e que teria passado números à fábrica (????), concluiu que o veículo nada tinha de errado. Ou seja, o problema é do motorista, que deve padecer de "excesso de sensibilidade" e é capaz de perceber em seu automóvel vibrações que existem apenas no seu imaginário. É brincadeira!
Se não tivesse insistido, o tal mecânico nem sequer teria andado no veículo. O fez, mas num trajeto que não lhe permitiria, como de fato não lhe permitiu, desenvolver velocidade e distância suficientes para perceber o problema com nitidez, como eu percebo. Embora tenha feito essa observação a ele ainda no trajeto do teste, nem insisti que ele continuasse, pois já me era nítida a sua má vontade, a sua aparente inaptidão técnica e o seu desinteresse pela causa, que, àquela altura, já lhe deveria estar causando embaraços para com outros veículos na oficina da concessionária, com horários marcados para entrega. Eles (os mecânicos) não têm tempo a perder com problemas cuja solução não se lhes apresente pronta, imediata.
Então, outro caminho ele não teria, senão o mais cômodo, qual seja, transferir o problema para o consumidor, dizendo a este (no caso, eu mesmo!) que o problema não é no carro, mas sim no motorista.
Aí tenho duas alternativas, apenas: 1ª) conviver com o problema e tentar me acostumar com ele, fingindo, por exemplo, que ele não existe; 2ª) insistir na busca da identificação do defeito, ainda que em outra concessionária, sendo certo que a mais próxima dista de minha cidade cerca de 300 Km. No último caso, teria, certamente, que me dispor a ficar sem o veículo por algum tempo, mais curto ou mais longo, porque eles – os mecânicos – via de regra, não são treinados para identificar problemas e apontar soluções, mas para trocar peças.
Por ora vai prevalecendo a primeira alternativa, seja por falta de tempo hábil para me dicar à segunda alternativa, seja por falta de estômago para digerir o amadorismo e o descompromisso que, de regra, imperam nos mecânicos de concessionárias automotivas. Evidentemente que há exceções e a situação narrada pelo colega fabiomsan é prova disso.
Apesar desse quase desabafo, continuam bem vindas as possíveis dicas para a solução do problema noticiado neste fórum.
Até!