Caros Amigos,

Relatei em outro post o problema que tive com um ruído na minha TR4 2010 AT, em que surgiam ruídos quando se subia de baixa para alta rotação, algo como uma "castanhada". Pois bem, levei na Akai, autorizada em Curitiba, na loja do Barigui. Lá os mecânicos ficaram em dúvida, queriam abrir o câmbio, na dúvida, solicitaram que eu levasse o carro na loja da Akai na Marechal Floriano, que é bem maior e é a matriz da rede na cidade. Lá o chefe da oficina estava me esperando. Demos várias voltas com o carro, o barulho surgiu, e o chefe reconheceu. Repetimos o trajeto com outra 2010 e o fato repetiu-se, embora com menos intensidade. Na hora ele citou "pode ser o módulo do catalisador que fica mais perto do coletor de escapamento com o miolo soltou, já aconteceu parecido OU UMA BATIDA DE PINO". Solicitou que eu deixasse o carro para avaliação mais detalhada. Ok, deixei, passou dois dias lá. Ligaram-me, fui buscar o carro. O chefe da oficina, muito atencioso, disse que entrou em contato com a fábrica, gravou o áudio do barulho e enviou por email. Lá na fábrica rodaram com outras viaturas e, segundo ele, ACHARAM NORMAL O BARULHO, ou seja, não era defeito do meu carro e sim uma característica normal, que eu poderia ficar tranquilo, etc. O carro está na garantia ainda, deu-me a cópia do chamado à fábrica em caso de problemas, etc e tal. Ok, o carro parece ter melhorado mas eis que... volta o problema. Decidi pesquisar por conta própria.

Em sites especializados há vários comentários sobre os motores flex que utilizam alta taxa de compressão passam a bater pino quando abastecidos 100% a gasolina. Até uns dois anos atrás, quando o álcool era vantajoso em boa parte do país (inclusive aqui no Paraná) o fato passou um pouco despercebido. Com a escalada do preço deste combustível e a corrida ao abastecimento com gasolina, a situação ficou mais evidente. Há vários relatos, principalmente com a linha VHT 1.0 e 1.6 da VW, ao que parece, são os campeões da batida de pino. Meu cunhado trocou o Fiesta Sedan 1.6 Flex 2009 dele por não aguentar mais o fato (o motor Rocam da Ford também exibe alta taxa de compressão). Pois bem, eis que vem a Mitsubishi e apresenta o modelo 2010 da TR4, revisto em design e com o motor 4G94 na versão HCR (High Compression Ratio), com a taxa aumentada para 11:1, conforme site da Mit. Não havia relatos (inclusive aqui no fórum) sobre batidas de pino com as TR4 flex até 2009, ao que parece. Nas 2010, parece ser crítico. Quando o álcool era vantajoso aqui no PR sempre usei a TR4 com ele, ao passar para a gasolina começou o drama. Descobri hoje este vídeo no Youtube, do site Notícias Automotivas que, para mim, fechou a questão sobre minhas dúvidas. O ruído que minha TR4 2010, abastecida só com gasolina, é exatamente este que eles gravaram, confiram:



Pergunto aos amigos do fórum:

1) Mais alguém com TR4 de 2010 para cá também notou este ruído em seus motores quando abastecidos somente com gasolina?

2) O posto em que sempre abasteço é de confiança, mas pode ser também algo relacionado à qualidade do combustível? Já ouvi falar que o Paraná é um dos campeões de adulteração, de fato, quando vamos visitar a família no RS e abasteço com gasolina por lá o carro melhora um pouco... mas pode ser impressão.

3) Em se comprovando que o motor HCR, pela sua taxa aumentada em relação às versões anteriores a 2009, realmente bate pino ("grila"), sendo, portanto, uma falha de projeto na gambiarra feita pela MMC, quais os prejuízos a longo prazo para nós, proprietários? Este motor será menos durável que as versões anteriores?

Espero que compartilhem suas impressões e críticas. Para aqueles que talvez nunca tenham notado o ruído do "grilo", vejam o vídeo do link acima e apurem os ouvidos quando forem rodar com os seus carros e reportem suas impressões aqui.

Abraços!