
Postado originalmente por
Jorgao
Eu sei bem disso monteiro. Tenho um parente que não pode pisar em embreagem de jeito nenhum. Sai mais caro pra ele. Não acho motivo de vergonha não ter intimidade com embreagem. Um veículo AT possibilita qualquer ser humano ser capaz de dirigir um automóvel. Isso representa evolução! E espero um dia, como você disse, poder ter uma frota só de táxi AT que não me gere custos mais altos, panes ou qualquer inconveniente.
Como eu disse, eu acho que 200 mil pra um câmbio AT é possível sim com uma manutenção criteriosa e um uso cuidadoso. Mas, é muito difícil ver nas oficinas alguém que tenha chegado a isso sem problemas. Um colega que faz trilha comigo no vitara dele, não abre mão do câmbio AT. Ele já teve que fazer manutenção no conversor de torque aos 130 mil km (em torno de R$ 800) e refez a transmissão completa em torno de 170 mil km. E olha que era carro de trilha e uso urbano. Hoje está com mais de 200 mil rodados firme e forte. Mas, só na manutenção do CT, ele pagou 2x kits de embreagem do vitara manual. Sem contar as manutenções mais rotineiras em oficinas de câmbio AT que aparecem antes como troca de master kit, banner kit, juntas, corpo de válvula (qualquer sujeira da merda), radiador de óleo, bomba de óleo, conversor de torque, disco de composite, disco de aço, solenoid, pistões, etc.
No Rock Crawling, o AT e o MT estão presentes. Na Europa tem mais MT nas competições. No Brasil também. No Calango Trophy, o cheiro de embreagem queimada é que predomina

. Nos EUA tem os dois. Em algumas tem mais AT. Depende do tipo de competição. A vantagem do AT nessas situações é minimizar o risco de quebra por erro do piloto. A vantagem do MT é o custo total, facilidade do reparo e o desempenho. Mas, se o piloto errar, o prejuízo é grande. Afinal, com uma transmissão MT dá até pra estourar o motor com uma marcha errada ou moer um diferencial.
No fim das contas, pro uso comum, é gosto e bolso.