Aqui estou respondendo algumas dúvidas do amigo Loras, no tópico Semi-eixo e tulipas. Mas tambem estou à disposição de dúvidas dos demais participantes e gostaria de tirar dúvidas. Vamos lá: realmente, o pessoal não tá nem um pouco preocupado com a forma de condução. Eu, como mecanico e trilheiro, fico até envergonhado disso, mas como foge à minha alçada resolver isso, faço o que posso, orientando pessoalmente quando vejo estes fatos e relatando aos superiores o que está acontecendo. Sobre as Defenders, minha opinião sincera é de que são muito frágeis, pelo menos para as Forças Armadas. Tem coisas que acontecem que não é pelo mau uso, como o desgaste do semi eixo-tulipa. Outras coisas tambem, como bomba de direção, a carroceria literalmente se desmanchando (soltam os rebites e parafusos), tudo independe do uso. Temos tido muitos problemas de embreagem, com troca de pelo menos 2 conjuntos por semana, numa frota de aprox. 50 viaturas. Concordo que existe muito mau uso, mas tambem tem colega que dirige direito e o conjunto não aguenta. Aguenta mais do que uma com má conduta, mas dificilmente passa de 50.000 km nas 130. Acredito que deva ser pelo maior peso desta viatura. Agora, aqui no Haiti tambem tem a particularidade do transito: é uma tranqueira mesmo, um anda e para 100x pior que Marginal Tite em dia de enchente. Conheço diversos lugares, inclusive alguns terríveis, no exterior, mas aqui é complicado. Para o uso que fazemos delas aqui, elas estão literalmente se desmanchando, na parte de carroceria e elétrica. Na mecanica não é diferente, mas o uso realmente é severo. Temos como agravante que o solo aqui tem uma alta concentração de calcário e outros minerais, creio muito abrasivos. Sobre comparação com Toyota e Engesa, acho que levam quilometros de vantagem sobre a Land, no aspecto resistência e rusticidade. Só no conforto a Land é melhor. Digo isso pela experiência, pois fui proprietário de um Engesa EE4 FI-86 durante 3 anos e trabalhei, e muito, com Bandeirante (Xingu para o EB) na amazônia, tendo diversas vezes feito o percurso da Transamazonica, indo de Itaituba tanto para Humaitá como para Marabá, mesmo em época de chuvas. Isto sem esquecer a BR 163-Cuiabá/Santarém, até a Base Aérea da Serra do Cachimbo, em pleno período das chuvas. Nunca tive problemas mais sérios do que algum calço de motor ou amortecedor estourado, ou ficar sem freio, pois eram ainda com freio a tambor. Tinham a limitação da suspensão, realmente dura e com pouco curso. Gostaria de ver como se saem o Marruá e o Troller em situações como a nossa aqui no Haiti. De Troller já fiz muitas trilhas e Raids como navegador no RS/SC, e acho que também tem alguns pontos fracos, mas é muito confortável e resistente na parte de motor-caixa-diferencial. O freio apresenta alguns problemas e a suspensão. Agora vamos ouvir opiniões diferentes, pessoal.... Apenas vou deixar minha opinião: para o uso do dia a dia e eventual trilha, vou de Land. Para competíção: Troller. Abraços!!!!!