Provavelmente, o vidro dianteiro não é original.
Deve ter ocorrido alguma falha na colagem do substituto.
Deve ser fácil de resolver.:concordo:
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Viagem ao Deserto do Atacama com uma Grand Cherokee CRD
Acabei de retornar de uma bela viagem ao deserto do Atacama com a Cheroka. Rodei 12.000Km (da minha cidade no interior de Minas, até a Costa do Pacífico, em Antofagasta no Chile), sendo que 4.000Km foram percorridos em situações off road. Utilizei TODAS as opções de tração nesta viagem: lama, areia, neve, terra seca com muito cascalho e pedra (com reduzida e assistente de descida). Apesar de estar na minha quarta Grand Cherokee, foi a primeira vez que levei esta viatura ao extremo.
Simplesmente APROVADA!... já fiz várias expedições off road a bordo de Defender 110 e Hilux SW4, mas nunca tinha ido de classe executiva... rsrsrs
Teve dia que percorri 1.400Km, impressionante como vc não se cansa dentro de uma Grand Cherokee, acredito que em conforto só perde para as Discovery e Range Rover Sport, mas não teria coragem de fazer este percurso nestes modelos de Land Rover pela insegurança destes veículos em relação à alta tecnologia embarcada. Teve trechos off road com mais de 500Km percorridos na cordilheira e no deserto sem vermos uma alma.
As estradas no norte da Argentina e no Chile (com raros trechos mal conservados) estão em excelente estado de conservação. A Cherokee nos trechos off road me surpreendeu de forma extremamente positiva. Apesar da altitude, muitos trechos foram percorridos acima de 4.000m, a VTR tinha muita fome de terra, dirigia acima de 90Km/h parecendo que estava no asfalto, pois a suspensão desde SUV é impressionante.
O consumo foi outro ponto a destacar: média de 12Km/l com autonomia superior a 1.000Km (tanque 93 litros), o que foi muito importante nos longos deslocamentos diários durante a expedição. Acredito que a qualidade do combustível da rede YPF e no Chile, também contribuiu para este excelente desempenho.
Agora vamos aos pequenos problemas apresentados, pois nem tudo são flores.
Tive um problema com a ignição, lá na aduana de Jujuy (Argentina para o Chile), a 4.000m de altitude, mas fizemos uma chupeta e seguimos viagem. Chegando em San Pedro de Atacama, me desloquei até a cidade de Calama +100Km, onde comprei uma bateria nova que resolveu o problema. A minha bateria já deveria ter uns 3 anos de uso, ainda estava boa, mas acredito que o frio e a altitude foram demais para ela.
Também tive duas lâmpadas queimadas (uma do freio e a uma de condução diurna) + um pneu furado num trecho bem ruim de cascalho e pedra (os pneus já não estavam grande coisa). Mas consegui chegar ao destino apenas com o pneu vazio, pois o computador de bordo foi me informando a pressão do pneu até conseguir chegar ao borracheiro (gomeria). Fui na viagem com pneus originais 265/60r18 H/T. Não uso penus A/T, pois 95% da minha Km é em asfalto. Já usei pneu A/T em Cherokee, mas não recomendo para quem utiliza mais no asfalto, pois perde em conforto. Pneu A/T só compensa pra quem vai muito em estrada de terra. Tanto que acabei de comprar um jogo de pneus H/T.
Em relação à altitude, geralmente os carros sofrem muito, pois perdem cerca de 10% de potência a cada 1.000m na subida... então imaginem a mais de 4.000m. Em 2008 estive num trecho da cordilheira, no Peru, a 5.400m... foi um desconforto extremo, para mim e minha Defender 110. Mas na subida a Cheroka sentiu o esforço e começou a soltar aquela fumaça preta de combustão incompleta, com dificuldade na leitura da mistura, fazendo a luz da injeção acender. Erro meu, pois nesta altitude devemos conduzir o carro no modo manual, caso a VTR seja automática. A minha Cherokee é 2013, portanto, tem câmbio de 5 marchas. Passei para o modo manual e subi a cordilheira em segunda e terceira marchas, com o giro sempre acima de 2.500, a danada subiu numa esperteza só... depois, quando cheguei lé em cima, desliguei e religuei, a luz da injeção apagou, UFA!... rsrsrs
Mas no geral o desempenho da Grand Cherokee CRD nesta expedição foi simplesmente espetacular... confesso que fiquei um pouco preocupado, em virtude das extremas situações off road que enfrentamos, por estarmos fora do país e ainda num deserto, mas no final fiquei muito feliz por ter um SUV que realmente confere a sua fama off road.
Também utilizei muito o freio motor, com câmbio na posição manual, em terceira e quarta marchas, para evitar superaquecimento do sistema de freio... pois as descidas na cordilheira são simplesmente insanas, pelo menos no trecho alternativo que escolhemos durante o nosso retorno... mais radical, mas com paisagens deslumbrantes.
A luz da vela de pré-aquecimento, aquela amarela, em forma de mola, também acendia em dias de temperaturas muito baixas, antes de ligar a VTR... aí é só esperar ela apagar e ligar o carro. Inclusive a vela de pré-aquecimento é um recurso que nem todos os carros possuem e faz muita falta para ligar de manhã, em baixas temperaturas.
O aquecimento dos bancos na Grand Cherokee é outro conforto adicional para o clima frio.
Bom dia!
Que maravilha ler estes relatos sobre nossa VTR, realmente é gratificante saber que podemos confiar nela em situações off road, ainda mais tão distante de casa. Mesmo com tanta tecnologia embarcada ficava com receio que apresentasse problemas elétricos e tal.
Estou planejando ir até Usuahaia no final do ano e confesso que fico às vezes em dúvida em qual VTR enfrentar essa parada, se nossa Xeroka ou uma Triton que é mais parruda.
Os problemas que você enfrentou foram irrelevantes comparados com a distância e o grau de dificuldades (altitude, kms rodados, estradas ruins...), está de parabéns pela experiência vivida e por nos deixar mais confiantes nas CRDs.
Há, uma dica, nestas situações, seria interessante levar dois pneus de estepe.
Minha Grand Cherokee 3.0 está baixando a temperatura da água até aproximadamente 80/85 graus quando ligo o ar condicionado ou durante descidas longas. O mecânico testou a válvula e ela está começando a abri com 80 graus. Alguém sabe se esse valor é normal? Será que tem que trocar mesmo?
Eu só deixo o computador de bordo no modo Fuel Economy... amanhã vou fazer uma viagem e observar a média da temperatura. Domingo te dou um retorno. No ponteiro, a temperatura da minha cheroka fica em torno de 1/4. Só chega perto do meio quando estou no trânsito pesado e com o ar ligado... mas neste tipo de situação, com arranca e para, eu geralmente deixo o ar desligado.
Pode ir tranquilo... já estive na patagônia e vi muitas CRD por lá. Esta viagem para a Patagônia é bem light comparando com a cordilheira no Peru, Bolívia e Chile. Inclusive já estou me programando para voltar à patagônia em 2022.
Em relação à Ushuaia, na minha opinião, não vale a pena gastar mais 7 ou 10 dias e 2 a 3 mil Km em deslocamentos, fora o transtorno das aduanas, só para ir até lá... eu encerraria a viagem na carretera austral chilena e de lá, começaria o retorno por Comodoro Rivadavia, pelo menos é o que eu farei em 2022. Ushuaia é o tipo de lugar que a gente vai e diz: "fui no fim do mundo, estive na cidade mais austral do planeta". Só isso e pronto, mais nada.
Ouso discordar, nobre viajante.
O astral da cidade é fabuloso.
Pessoas do mundo todo, idiomas diversos, transatlântico, navios quebra-gelo ancorados pertinho do centro da cidade, veleiros, bandeiras diversas, neve em pleno dia 1º de janeiro navegando pelo Estreito de Beagle, dia claro à meia-noite por conta da incidência solar, etc, etc.
A sensação de estar no final (ou começo) do mundo é muito legal!
Enfim, um local fabuloso.
Não vale à pena desestimular uma viagem dessa aos demais colegas, data venia.:concordo:
Tranquilo, tranquilo...!
Venho agradecer a opinião de cada um, reconheço o valor das experiências vividas e através delas analiso a opção mais desejada e viável... Na verdade, a intenção não é ir direto até Usuahaia, mas de fazer um tur de 25 dias pela América do Sul, chegando até no finalzinho. Estamos organizando uma expedição entre 5 vtrs... 4 viaturas Troller, equipe de 10 amigos. Fica o convite...
Sim, é legal chegar até Ushuaia e dizer que foi até lá de carro. Mas, na minha opinião, não vale o deslocamento até lá pelas razões já expostas. Acrescenta praticamente uma semana a mais na jornada, mas se o grupo tem por objetivo ir até lá e está com tempo disponível, boa viagem!
Em 2022 vou retornar à Patagônia e Carretera Austral Chilena, mas desta vez Ushuaia estará de fora do meu roteiro.
Para esta viagem faça uma revisão rigorosa na Cheroka: verifique e, se possível, troque TODOS os óleos (freio, diferenciais, reduzida, caixa, etc). Troque TODOS os filtros: cabine, ar, óleo, combustível (coloque os originais!). Faça troca do líquido de arrefecimento, limpeza da vávula EGR, etc, etc, etc... principalmente se a VTR já estiver com a Km mais elevada.
Tenha um ótimo passeio!