Bom dia, pessoal. Suks tem razão quando diz que cada motor terá sua curva de torque e por consequência de avanço características, mas ao analisarmos o funcionamento de um motor do ciclo Otto, (ainda mais daquela época) veremos que essas perdas são bem aceitáveis, pois não chegam a sobressair sobre as perdas inerentes ao precário sistema de ignição original, sobre o deficiente método de turbilhonamento da mistura, a forma parca como "enchem" os cilindros, o próprio eixo de comando possui uma angulação muito "mansa" para que se evidencie uma curva de avanço ligeiramente alterada, mas para que essa condição de perda "inexpressiva" se configure, devemos procurar um sistema de igninição de um motor com regimes de torque, rotação e filosofia de projeto semelhantes, pois do contrário estaríamos configurando uma nova situação para a qual as margens de erro do projeto original não seriam o bastante.
Lang, me desculpe, mas não pretendo ditar qual sistema seria o mais eficiente, até porque não conheço todos. Pelas características do motor Willys 6 cilindros, podemos tomar como seu "doador" mais próximo, os motores com regime de rotação e com projetos de origem e características semelhantes, como n° de cilindros, curva de torque, tipo de alimentação de combustível (carburador sem sistema de compressão de mistura) tão próximas quanto possível, mesma ordem de explosão para os pistões, etc...
Para chegarmos próximo a essas condições temos de comessar a procura por motores de rotação mais reduzida como os velhos e confiáveis 6 cilindros do antigo Opel (que veio a ser o nosso 4.1 Chevrolet) ou mesmo o parrudo 6 cil. da Ford F-1000, que a pesar de muito mais forte, possui características bem mais próximas do nosso 161 para essa adaptação, mas sinceramente não usaria este último, pois suas peças são muito caras e de difícil obtenção. Estamos procurando facilidades lembrem-se.
Não cabe a afirmação de que um motor de alta rotação, de maior rendimento (não digo potência, mas exatamente rendimento), de projeto enxuto, com maior ou menor nº de cilindros, com sua curva de torque apenas em altas rotações, seria o nosso "doador" perfeito, pois desta forma as perdas resultantes da adaptação de peças de características tão opostas superariam as margens de erro do projeto original, fazendo com que a queda de rendimento seja sentida, tanto em consumo quanto em desempenho.
Lang, estou tentando dar uma luz a discução, mostrando os fundamentos e a lógica que deve ser levada em conta na hora de uma adaptação, pois percebi que a conversa tendia (na tentativa de se fazer o melhor) para o lado do incoerente. Pequenas perdas são aceitáveis e são levadas em conta em qualquer projeto de veículo urbano. Já fazem parte de seu projeto.
A medida que evoluimos o projeto e privilegiamos o rendimento do motor, essas perdas vão se tornando mais críticas e vão perdendo seu espaço, ou seja, motores modernos menor tolerância em seu projeto, e exatamente por isso não cabe a afirmação de que o distribuidor do Monza seria uma boa opção.
Caso queira uma indicação, a sua própria sujestão do sistema de ignição para jeep seria a que eu utilizaria, se ainda usasse motor a gasolina, pois são adaptações que levam em conta esses parâmetros que já citei e alguns deles são mesmo baseados no sistema do saudoso opala. Procure verificar as características desses conjuntos antes da aquisição. Verifique o sistema sensor e principalmente o de avanço, deve seguir o mesmo sentido de rotação da sua mesa original. Lembre-se apesar de nem todo motor possuir sistema de avanço, este é impressindível no BF-161.
Sr. Pizatto não sei se caberia a margarida do opala no distribuidor original do Willys, mas a idéia é muito boa. Leve isso a diante, pesquise, pois me parece a solução ideal (bons resultados / menor custo). Mantenha-nos informados.
Abraço a todos.