Durval,
Lá tem que se registrar antes de ter acesso as informações do site.
Peguei lá e estou colando aqui o manual do vistoriador para obtenção placa preta da FBVA(Federeção Brasileira de Veiculos Antigos). Tem tudo discriminado aí do que seu carro pode ter ou não para poder ostentar placa preta, inclusive com pontuação de cada item do carro. Dái vc decide se vale a pena ou não investir nesta empreitada.
Placa Preta
Manual de Avaliação
· PLANILHA DE AVALIAÇÃO
· PLANILHA ESPECIAL PARA MOTOCICLETAS
· CONHEÇA OS ITENS QUE VALEM MAIS PONTOS
· ENTENDA MAIS SOBRE A PONTUAÇÃO INTERMEDIÁRIA
· CONHEÇA OS ITENS EXCLUDENTES QUE IMPEDEM A PLACA PRETA
Dezembro de 2005
Participantes dos trabalhos
Mediador e líder do grupo: Jose Candido S. Muricy Neto
Altair Manoel
Eugenio de Camargo Leite
Geronço Jorge Bragança
Gustavo Linhares Beuttenmuller Neto
Jose Maria Vasques Galende
Otavio Pinto de Carvalho
Paulo Mostardeiro Werberich
Ronay de Andrade Pereira
Rubens Ronald Hay Junior
Tiago Simões Ferreira (Songa)
Manual do Avaliador
Para a correta avaliação de um automóvel antigo é necessário que o avaliador se atenha a alguns fatores que podem levar, ou não, a emissão de um Certificado de Originalidade (C.O.) ao referido veículo.
1 – Itens excludentes – Impeditivos para a avaliação – Alguns itens descaracterizam a aparência do veículo e impedem sua avaliação, desclassificando-o para a obtenção da placa preta, conforme abaixo:
· Qualquer modificação ou alteração na carroceria – Serão aceitas apenas modificações feitas por encarroçadoras, sob encomenda do fabricante, como por exemplo: Karmann-Ghia, Bertone e Brasinca;
· Pinturas extravagantes ou fora dos padrões de fábrica do veículo – Serão aceitas, neste caso, cores opcionais de catálogo do fabricante, desde que da mesma época;
· Rebaixamento de suspensões;
· Motores e coletores de épocas diferentes ou de outras marcas – O motor poderá ser igual (se não for o original), porém com características estéticas originais. A cor do Motor também será excludente. Será aceito apenas o motor na cor original com ressalvas à diferença tonalidade do original.
· Bancos individuais ou esportivos em carros de bancos inteiriços – Se o banco não for o mesmo da linha de produção do modelo, será considerado item excludente.
· Rodas inadequadas – (tolerar opcionais de fábrica) – A mudança de aro e de tala será item excludente indiscutível. Caso como as rodas do Ford modelo “A” com a borda virada ou não, poderá ser aceito, mas os pontos da roda serão dados como zero. Exemplares exclusivos de um modelo especial serão aceitos apenas para o modelo especial em questão (como o Fusca 1600 S, que possuía rodas 14” e não 15” como dos outros modelos de Fusca).
· Carros muito originais porém mal conservados, pois fogem ao princípio básico de preservação e cuidado.
· Carros ainda em recuperação.
· Ausência de equipamentos obrigatórios, pois a segurança ao rodar, preservando o seu patrimônio e a integridade de terceiros, deve ser regra básica entre os colecionadores.
· Réplicas – Não serão aceitas reproduções de outros modelos de épocas diferentes. Serão ponderadas réplicas fabricadas sob licença das fabricantes primárias.
· Adaptações à gás – Veículos adaptados ao sistema de GNV não serão aceitos, porém em casos como o gasogênio, este será considerado como acessório de época.
2 – Procurar avaliar os automóveis que conheça bem – Como é difícil saber-se com detalhes os acabamentos de todas as marcas, em todos os anos de fabricação, é conveniente que cada clube possua avaliadores especializados em determinadas marcas ou décadas. Também é interessante conhecer antecipadamente o veículo que será avaliado, pois isto permitirá uma consulta prévia aos manuais.
3 – Marcar dia e local combinado para as avaliações – Concentrar os trabalhos em um único dia e solicitar o funcionamento do veículo, bem como analisar funcionamento de freios, etc. A FBVA sugere que o tempo entre o pedido do C.O. e a entrega à FBVA não ultrapasse 15 dias.
- Quanto aos avaliadores, o mínimo de três avaliadores será exigido para a avaliação, porém, a assinatura será feita por apenas duas pessoas, o Presidente do Clube e o especialista escolhido para a avaliação do mesmo.
4 – Graduação na pontuação – A pontuação máxima deverá ser dada ao item que seja original (ou de reposição semelhante ao original) em perfeito estado. Não se pontuará aquele item alterado grosseiramente. Situações intermediárias levarão a pontuação entre os valores máximo e mínimo.
- No item cores, serão excluídas as cores diferentes e analisar-se-á apenas a diferença de tonalidade destas em comparação com a cor básica original.
5 – Capotas – Aqui serão analisados os conversíveis e os veículos com teto de vinil. Para os conversíveis, analisar a cor, o tipo de tecido, as costuras, o desenho das costuras, a posição da armação das ferragens e seu funcionamento,. Os demais modelos que não se enquadrarem nessas categorias deverão receber a totalidade de pontos deste quesito.
6 – Na identificação do veículo, marcar se é original ou restaurado – Os carros originais, sem restauração e em excelente estado de Conservação, poderão ser avaliados com menos rigor em itens que se deterioram com o tempo.
7 – Dúvidas – Deverão ser esclarecidas com o Diretor Regional da FBVA, que consultará especialistas na área em questão. Caberá aos Clubes filiados orientar os associados a respeito dos itens avaliados, quais itens são excludentes, etc.
8 – Automóvel nota 100 – Os critérios da FBVA dificultam a obtenção dos 100 pontos, devendo a nota máxima ser reservada a excelentes restaurações, que sigam rigorosamente os padrões de originalidade (cuidado com as restaurações acima dos padrões de originalidade). Todavia os novos critérios não impedem a obtenção do C.O., que é conseguido com pelo menos 80 pontos.
9 – Valor da Avaliação – A FBVA sugere que um processo de placa preta tenha o valor máximo de R$ 120,00 dos quais R$ 40,00 será destinado à Federação para custos operacionais e o restante ao Clube. O valor é apenas uma sugestão, podendo o clube cobrar o que achar melhor, desde que reserve a parcela destinada à FBVA.
10 – Acessórios e Opcionais – Serão permitidos apenas acessórios originais de época ou opcionais de fábrica, desde que apropriados para o modelo em questão e que estes não façam parte do rol de itens excludentes.
DOCUMENTAÇÃO
1 – O Documento do veículo (CRV) que será avaliado, deverá estar já registrado em nome do sócio do Clube. Serão aceitos casos onde o titular seja o cônjuge ou parentes em grau de ascendência com o sócio e, para veículos registrados em nome de pessoa jurídica, o sócio do Clube deverá ser pelo menos o sócio-gerente da empresa também.
Serão tolerados casos de nova aquisição, onde o nome do associado deverá constar inscrito no recibo de venda do veículo.
2 – O C.O. emitido pela FBVA em conjunto com os clubes membros, pertence ao carro e não ao proprietário do carro. Assim, é um documento que acompanhará o CRV (documentos) nos casos de venda do veículo, ou vendas. Neste caso, conforme o termo de responsabilidade assinado pelo proprietário no processo de placa preta, a FBVA e o Clube responsável pelo certificado do mesmo, deverão ser informados sobre a mudança de proprietário.
O novo dono deverá também ser associado a um clube membro da FBVA, pois, se não o for, o C.O. deverá ser cancelado pelo Clube vistoriador, por ofício ao Ciretran/Detran com cópia à FBVA que por sua vez oficiará ao Denatran confirmando o seu cancelamento.
A FBVA e clubes associados tornam-se responsáveis por um C.O. ao emiti-lo, e assim, deverão manter estreita vigilância e observação sobre o veículo portador. Face a isso, a mesma responsabilidade que assumirão ao emitir o C.O. lhes autorizará cancela-lo perante as autoridades, sempre que alguma norma for desrespeitada ou o automóvel beneficiário desapareça de seus quadros. Isso valerá aos autos vendidos ou aos sócios que deixarem de pertencer aos clubes.
3 – No processo de avaliação não mais será obrigatório constar o item R.G. nos espaços referentes aos dados do proprietário.