


Eu é que não fui explícito. Afinal, ninguém tem obrigação de saber sobre a remessa de animais.
O que eu quis dizer por "frete" foi exatamente isso. Em 1998, quando mudei para Fortaleza, "despachei" 6 gatos de avião. Esse tipo de transporte é muito comum, tantos em caso de mudança dos donos, feiras e/ou exposições e até quando você adquire um filhote em outro estado. O criador despacha para você, via aérea. Que o bichinho chega muito bem. Afinal, como vocês acham que leões, hipopótamos, rinocerontes e outros animais "estrangeiros" chegaram nos nossos zoológicos? Como é que os nossos cavaleiros competem em outros países?
Basta seguir algumas regras: Os animais domésticos têm que ser acomodados individualmente em caixas apropriadas para transporte. Além das vacinas obrigatórias têm que estar acompanhados por uma GTA (Guia de Transporte Animal) expedida por um veterinário credenciado pelo Ministério da Saúde. O valor do transporte é calculado pelo peso (animal + caixa) e pelo volume da caixa.
Vocês ficariam surpresos em saber os tipos de animais que viajam "junto" com a gente num avião. Desde inocentes gatinhos e cachorros, até pintos (às vezes centenas), para granjas e criadores, e peixes ornamentais para serem vendidos nas grandes cidades.
Com relação a lacrar bem as caixas, conheci uma mulher que mudou de São Paulo para Salvador e levou 2 Poodles de avião. O avião fez uma escala em Belo Horizonte e ela foi chamada porque um dos cachorros simplesmente tinha destruído uma das caixas e estava solto no compartimento de bagagens. Ela quase teve que desembarcar com os cachorros. Foi salva graças a um funcionário do aeroporto que foi correndo comprar outra caixa. Isso pode ser evitado, dando-se para os mais rebeldes, um sedativo vias oral (com prescrição do Médico Veterinário).
Mais uma vez Luciano SHAKALL se mostrou bem informado e extremamente oportuno.
Um forte zabumba para você, Luciano.