CJ5 - 1973 - O Legendário - MPFI + SC

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Pessoal

Depois de muuuuita pressão dos amigos, e confesso que não estava afim de fazer, vou criar o tópico do meu brinquedo que me faz feliz mesmo na época de construção apenas...

Só que vou fazer diferente... vou contar em formato de história mesmo, pro pessoal que gosta de ler e ver os "causos" que ocorrem de cada pessoa...

Explicarei desde o que veio e de onde veio até pelo nome de Legendário (que virou lenda entre meus amigos de tanto tempo que demora pra ficar pronto ehueuheuh).

Espero que gostem!

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História do Legendário

Ao ajudar um amigo (o que me ensinou o que era jeep nos idos de 1996) a recuperar o jeep dele de um acidente um pouco ingrato (digamos que ele quis dar cabo da propria vida e falhou nisso, tanto ele como seu jeep sairam bem), acabei conhecendo um outro grande amigo sem querer e que me incentivou a criar um jeep meu.
Depois de encontrar o jeep (que era uma grande furada mas eu não sabia) comprei e trouxe pra casa, em estado de lixo como as fotos poderão comprovar.

Ao longo da desmontagem cada vez ficava mais evidente que eu não tinha praticamente NADA nas mãos, era apenas pedaço de lata e ferro amassado mal reformado e ferrugem. A lista de avarias era muito extensa e séria cansativo dizer, o que é mais fácil citar é o que era aproveitável… Carroceria (parte dela), frente do chassis, travessa de cambio, casal de coroa e pinhão do eixo traseiro e o documento (que foi uma novella a parte, porém 1 ano e meio depois resolvido).

Bom, a vontade de ter algum jeep, mas do meu jeito era tanta que montar do zero seria a melhor opção a ser feita para quem só tinha 3 mil reais no bolso para começar e contando com um salario não muito alto, porem um péssimo jeep para se começar já que praticamente nada se salvava além do documento (que custou 1500 reais para se resolver).

Daquela idéia inicial de “Jeep original” e aquele sonho poético de soldado guerrilheiro nada sobraria depois de contatar uma grave colisão na lateral direita do chassis do qual tinha deixado ele muito torto e foi endireitado brilhantemente na massa plástica!!!…

Continua...

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Esquecendo de vez o sonho “cor-de-rosa” de jeep original, me sobrou criar algo realmente utilizável tanto para um dia a dia (rodo 9km de ida e 9km de volta de casa para o serviço) quanto para trilhas razoáveis (quero dizer que, não é minha intensão fazer demolição de veículo, tão pouco participar de trilhas que eu terei de voltar com cacos de jeep arrastando pelo chão). Seria talvez, considerado por muito xiitas das trilhas, um “passeio ecológico hard” ou algo assim. Isso seria para explicar bem quais as soluções aplicadas aqui e que não tem como objetivo nenhuma prova de Rock Crawling ou mesmo almeja ser um dia um Fabuloso Devasso (que eu julgo ser um fora de Estrada sem igual) e nem mesmo (na outra ponta da escala) um wrangler ou freelander hiper-confortável.

Lembrando que por ser um jeep, ele manterá algumas características que identificam o mesmo como um CJ autêntico, porém, algumas vezes com soluções muito atuais que geram conforto e alguma automação do veículo (o que meu dinheiro, tempo e criatividade através de pesquisas, dicas, estudos e conselhos puderam se juntar).

Importante por fim, dizer que esse jeep não é obra do acaso, da sorte (que agradeço a Deus por ter muita) ou mesmo de “oportunidade” (leia-se aproveitar dos outros). Esse carro só está sendo e poderá ser realizado por três fatores que julgo ser importante na vida de todos. Amizade, Força de vontade e Amor. Sem messes três fatores nunca conseguiria nada, e todos na mesma ordem que as coloquei.

Obrigado a quem teve paciência de ler até agora, entender o que quero passar com tudo isso e venho compartilhar 2 anos e meio de alegrias, ansiedade, êxtase, vitórias, fracassos, decepções e de AMIZADE sem a qual não seria possivel tal feito!


Ps - primeiras duas fotos do jeep do meu amigo que ajudei a recuperar)

[rubensx]

Agradecendo especialmente um Amigo muito querido, que do jeito dele, com todos os obstáculos que a vida ou as condições o impõe, ainda lá no fundo tem o coração enorme e me ajudou todos os domingos de manhã na empreitada. Isso é uma homenagem a você Carlão em agradecimento a tudo que fez até agora. Porém devido a problemas de estrutura e de ter a exata noção que é quase impossível alcançar uma boa qualidade no quintal de casa, ou mesmo minha saúde física e mental (que anda meia boca) o meu Jeep passou a ser terminado pelo pessoal da CJCHECKUP, ou seja pelo nosso amigo Rodrigão e seu pai Sr. Jair, que se disporam a encarar o desafio e novamente prova que a Amizade é o que impera nesse projeto.

Novamente, sem vocês meus amigos, nada disso tem sentido! Obrigado a todos, ao Carlão pelo início e pela força mostrando onde e como fazer e muitas (incontáveis) vezes montando sozinho o carro e eu de coadjuvante assistindo. E claro, ao Rodrigo do CJCheckup e ao Sr. Jair que tiveram e tem grande paciência comigo e acompanham o projeto desde quase o início, e fico muito orgulhoso de que a conclusão desse projeto está nas suas mãos, pois na minha opinião, não há nesses meus 14 anos de contato no mundo off-road, nenhuma oficina ou empresa mais capacitada do que vocês, pela coerência, pela qualidade e pela amizade claro… Sei que tanto quanto o Carlão também ficará contente de ver a coisa andando e bem feita… Muito obrigado!

[rubensx]

Vamos ao que todos querem ver!

Nome do bixo era pra ser K.I.T.T. :


1- Nome – K.I.T.T. é uma referência ao companheiro do Michael Knight do antigo seriado “Knight Rider” (Super Máquina no Brasil) de muito sucesso nos anos 70 e 80 do qual um figura com um estilo bem anos 70-80 resolvia uma série de crimes dentro de seu veículo um Pontiac Trans AM preto com a ultima palavra de tecnologia dentro. O tal “companheiro” era uma inteligência artificial dentro do veículo (um computador de bordo extraordinário) que podia fazer quase tudo. Tinha um humor sacrástico de irritar e podia tirar o protagonista de todas as encrencas. Loge de mim (e das minhas capacidades hoje) chegar aos pés do que fazia nosso amigo K.I.T.T., porém, meu jeep possuirá um agama de equipamentos eletrônicos interligados que vão dar o ar da graça pelo decorrer da montagem que explicará melhor. Provando assim que a tecnologia se bem aplicada e dimensionada pode fazer muito bem ao off-road e superar a barreria do “eletronica nào é bem vinda” na área.

Porém, ia ser meio chato e vou guardar esse nome pra um futuro pontiac TRANS AM ehehehe preto talvez...

O Nome LEGENDÁRIO, surgiu de um amigo que me zoa sempre perguntando da minha "lenda" que tenho em casa, pois todo mundo sabe, há rumores de que viram, porém ninguém nunca viu huauahahu

és LEGENDÁRIO seu nome eheheh

Mais fotos do alongamento do chassis e roca de travessa dianteira:


Para explicar essa parte logo mais será citado, mas foi feito atrás de dois chassis originais e alongado 37 cm, explico mais a frente

[rubensx]

Relação do que por enquanto está programado para ter:

• Motor – Ford OHC 2.3 com supercharger centrífugo e uma injeção eletrônica multiponto programável a prova d’água com possibilidades de expansões chamada RACE que pode não só controlar a injeção eletronica, o sistema suplementar para o supercharger (qual vou me referir daqui pra frente como SC), modulo de ignição eletronica (potencializando o sistema de ignição e transformando a prova dágua num sistema aqui no forum conhecido como “DIS”, porém tem outro nome na race), sistema de bloqueio/rastreamento e informações via GPS e de quebra como futuro upgrade controla também câmbios automáticos eletronicos.

• Câmbio – MAZDA M5R1 proveniente da Ranger 4x2 gasolina 1997 transformado em 4x4 com peças originais do cambio da Ranger 4x4 (entalhado, flange, retentores etc).

• T-case – Caixa de transferência 4x4 Borg Warner 1354 com troca eletrônica de posições, acoplamento eletromagnético, sensor de velocidade eletrônico VSS e sensor de posição para engate em movimento proveniente da Ford Explorer 1994 americana (mesma peça com certas modificações em sensores que equipa o Troller e a Ranger 4x4 nacional). Sistema eletrônico de acionamento de 4x4 interligado nos instrumentos do painel e sensores de velocidade.

• Eixos – Dana 44 provenientes da Rural 4x4 de 1976 com o eixo dianteiro “invertido” (bola de diferencial trocada de lado) para receber o cardan da Borg Warner. Relação 9/44 e sistema flutuante por enquanto “home made” (feitos em casa). Rodas livres por enquanto manuais mas pensando em soluções automáticas eficientes que ainda não achei.