Decidi acompanhar o Robinho aqui de BH de ultima hora, liguei pra ele quase meia noite de sexta pra sairmos as 8:00. Por fim saimos em dois carros depois das onze horas acompanhando um caminhao com 4000 litros de agua e 6 ton de alimentos e mais quase R$ 1000 de donativos diversos no meu carro. Outra turma aqui de BH foi antes levando outro caminhão com mais de 15 ton de alimentos. O Patorroco orientou que levássemos os donativos para um ginasio em Teresopolis, para isso tinhamos que descer ate a baixada e subir por Mage. Quando ja estavamos quase na baixada o Pato ligou e disse que era pra voltar pra Areal e Sao Jose do Vale do Rio Preto, POIS TINHA UM ENGARRAFAMENTO DE CARRETAS DE DONATIVOS LA NESTE GINASIO, nao sendo mais necessario outro caminhao (segundo informaram ao Patorroco). Chegamos em Areal quase 19 horas e indicaram um CIEP pra descarregar. Chegando la, deu vontade de voltar com os donativos, pois os 'nativos' estavam fazendo graca da situacao, zombando e dando gargalhada da quantidade de agua (ja tinha muita agua no lugar), dizendo 'que aquela agua toda era pra curar a ressaca do dia seguinte' e outras mais. VTNC!!! A gente sai daqui de BH num fds pra ajudar e os caras ficam rindo da nossa cara, VSF!!! Me recusei a deixar ali as coisas do meu carro e o outro caminhao tb iria pra Sao Jose. Rumamos entao para Sao Jose, mas acabamos parando em varios distritos (bairros) ao longo do rio Preto, quase todos arrasados pelo Tsunami que passou ali (pra quem nao entendeu, toda a agua que caiu na regiao de Petropolis drenou para o Rio Preto e chegou com grande forca e rapidez principalmente em Sao Jose e seus bairros, inclusive choveu pouco nestes locais no dia da tragedia). Em Jaguara separamos as doacoes entre as 3 picapes que fizeram varias viagens ali por perto e a maior parte foi colocada em um caminhao menor, para ser levada a Sao Jose no dia seguinte, pois ja passava de meia noite. Chegamos em Sao Jose cedo e, como disseram aqui acima, a prefeitura so queria liberar a passagem do caminhao se deixassemos as doacoes no centro infantil, para serem entregues por carros da prefeitura. Demos um pra eles e levamos para o centro social de um bairro do outro lado da ponte, que estava isolado ate sexta. La era o local que eu imaginava, pois as pessoas cozinhavam em uma cozinha coletiva e PRATICAMENTE NAO TINHAM AGUA (o vontade de pegar a agua dos malandro ixperto la de Areal...). Deixamos tudo la e rumamos pra casa.
Entao, para os que vao para a regiao, procurem informacoes concretas sobre onde levar mantimentos e onde estao realmente precisando de mais ajuda. A impressao que tive eh que, pelo menos onde estive, as pessoas estao precisando mais de coisas tipo roupas, colchoes, remedios, material de limpeza e higiene, etc. Num segundo tempo vao precisar de muito, mas muuuuuiiiiiito material de (re)construcao...