Como parte interessada de quem tem um adaptador 'bi-fuel', terei que me manifestar.
Fabil disse (os números foram acrescentados por mim para facilitar a resposta):
1 - veja bem... se vc colocar essa porcaria que aumenta os pulso em 30%, quem garante que o bico de injecao vai ter capacidade de "vazar" mais 30% do que foi projetado ??
2 - ou seja. em baixo giro e carga, essa porcaria pode até funcionar, mas duvido, que com os bicos originais e com o motor em alto giro e carga, certamente vai dar falta...
e outros detalhes...
3 - vai usar as mesmas velas?
4 - vai usar o mesmo ponto ?
5 - como fica a partida a frio ?
6 - o motor vai manter a mesma taxa de compressao????
7 - em resumo.... se comparar esse carro "convertido" com outro igual a alccol original de fabrica, vcs perceberao que ficou um MERD@!!
8 - vcs realmente acreditam que essas caixinhas magicas de produtores de fundo de quintal funcionam??? se funcionassem vcs acham que as montadoras iriam comprar as CARISSIMAS injecoes da Magnetti Marelli, Bosh, FIC?????
francamente, néh??? "
respostas/comentários:
1 - os bicos originais trabalham abaixo do limite, de modo que é possível sim estender o tempo de injeção;
2 - Você tem razão em dizer que o problema poderá ocorrer em alta. O risco de a conversão ser prejudicada é justamente nas rotações mais altas. Altas quanto? Depende do motor e que quanto tempo os pulsos 'alargados' passaram a ter na condição de máxima injeção;
3 - Passo a pergunta para os universitários (mecânicos). Suponho que o uso das mesmas velas seja conveniente, pois a mesma taxa de compressão (para gasolina) será usada. O uso de velas mais frias poderia prejudicar a queima nos regimes mais suaves. Que se manifestem os reais entendedores.
4 - Dependendo de como o carro é normalmente utilizado, um avanço no ponto inicial poderá não causar problemas quando a gasolina pura estiver em uso e melhorará o desempenho quando álcool puro existir no tanque. Se o carro vive carregando peso e/ou sobe ladeiras íngremes, a manutenção do mesmo ponto para gasolina será mais seguro, mas isso prejudicará o desempenho com álcool. Pessoal da área mecânica, dê um help aqui!
5 - Sem problemas, mesmo usando álcool. Não é preciso adaptar o reservatório de gasolina.
6 - Por causa da gasolina, sim. Consulta aos mecânicos de plantão: com esta 'gasolina' com cerca de 1/4 de álcool etílico na composição, poderia ser usada uma taxa de compressão maior sem ter que mudar a curva de avanço? Como velas não são algo exatamente caro, se a mudança de grau térmico da vela for indicada por causa da maior taxa de compressão, isso não será nenhum gasto absurdo (tirando a de alguns carros, né...)
7 - Ficar uma MERD@, eu diria que não. Tem que considerar que um produto bi-fuel propõe versatilidade. O uso de gasolina e álcool geram implicações diferentes. Achar que um motor vai dar o melhor desempenho com qualquer combustível que se enfie nela, por enquanto não é uma relidade. Perde-se em desempenho, ganha-se em comodidade. Isso vale para os 'flex-fuel', incluindo a futura versão 'tri-fuel' (gás também).
8 - Claro que não! É mais fácil e confiável incorporar a lógica para tratamento do álcool em uma ECU (que está sendo desenvolvida especialmente para trabalhar com mais de 1 combustível) do que fazer a integração com uma trancalha externa feita por terceiros.
Um abraço!