Postado originalmente por
Pablo Toledo
pessoALL;
Vamos com calma...ehehe....tá virando bagunça já (morrendo de rir aqui).
Pelo jeito as teses conhecidas como neo-malthusianas estão em voga por aqui.
Voltarei a bater na minha tecla de sempre. O que temos demais é consumo, e não população. A terra hoje absorve plenamente os mais de seis bilhões de habitantes que possui. O que ela não absorve são dois bilhões de consumidores fanáticos e famintos por novos penduricalhos que tem prazo de validade curto e que geram resíduos em toda a cadeia produtiva e consomem muita energia de maneira desnecessária. Um bom exemplo são os celulares, que todo mundo quer trocar a cada seis meses por um modelo mais novo cheio de frescuras, sem pensar que essa alta rotatividade só faz crescer maciçamente a quantidade de baterias feitas de metais pesados para as quais não há reciclagem.
Há comida, água e demais suprimentos para todos. O que não há é um mínimo de igualdade na distribuição destes recursos. Ao mesmo tempo que milhões passam fome, outros tantos desperdiçam água e alimentos. E por aí vai.
Outra coisa falida é o nosso modelo de urbanização. Enquanto insistirmos em criar centros de riqueza, iremos ter que conviver com o caos urbano que há mundo afora...seja em São Paulo, Nova Iorque ou em Tóquio. Enfim, precisamos nos reinventar.
Mas, para essa discussão não virar filosofia de buteco, volto ao começo das discussões. Nós jipeiros deveríamos pensar mais antes de irmos para as trilhas. Ao longo dos anos vejo que temos transformado prozaicas estradinhas em trilhas que mais se parecem com crateras a céu aberto. Todo mundo aqui acha sensacional pneus 35" e o escambáu, mas ninguém pára pra ver o estrago que estes mesmos pneus fazem nos barrancos, facilitando a erosão dos solos e suas consequências nada benéficas.
Não o bastante, ainda continuamos a ver pessoas que passam cabo de guincho em árvores sem uso de cinta, detonando o tronco das árvores. Ainda vemos jipeiros bebum que mais querem é encher a cara de cerveja na trilha e vão deixando um rastro de latas e bituca de cigarro ao longo do caminho. Ainda vemos vários daqueles tipos que acham bacana aumentar a pressão do turbo e abrir a bomba de combustível até o talo, transformando a viatura num verdadeiro "mata-dengue" mas que só "pulveriza" fumaça preta com o mais puro gás carbônico. O super moderno motor à diesel EURO 3 mais se parece com um motor véio de mercedes 1112.
[]s