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Calango sob o ponto de vista da Equipe Pé-de-Pano.
Foi bom papagaio!!!
1º estágio: Na prova de sexta a noite, nossa equipe, quando a caminho
da etapa já começou a se destacar: Não conseguimos achar o lugar com
as referências passadas para o GPS. Coisa de anta, que não conferiu o
sistema do aparelho. As cordenadas estavam em horas, e o aparelho
configurado para graus. Graças ao Josué acertamos o rumo e graças ao
Eduardo Cubas, acertamos o sistema.
Horas de espera, chegou nossa vez. Ao entrarmos no colchete, vinha a
equipe todo terreno, recém saída da etapa. O Rafael, suando igual
tampa de bule, já advertiu da encrenca. No outro carro da equipe, o
Fabiano sangrando na cara e com o carro fumando por causa da
capotada, demonstrava que a coisa estava realmente feia (mais até do
que eles próprios, se é que isso é possível, hehehe). Chegamos e
fomos fazer o reconhecimento. Abortamos o estágio técnico 1 com a justa preocupação ante o risco quase certo de tombar o Patagón. Teve gente dizendo que foi ato de covardia, mas por coincidência, o acusador
sequer tem coragem de colocar o jipe pra jogo e há tempos não sabe
nem o que é fazer trilha.
Fomos dormir com a consciência tranqüila do acerto da decisão.
2º estágio técnico: Era dia, sábado, chovia aquela invernada, chuva fina sem parar... Após autorização dos diretores de prova, fomos todos da
categoria bloqueados assistir a etapa, de uma certa distância, para
que não fossem reveladas as surpresas. Vimos as equipes passando e já
previmos que seria necessário o uso dos equipamentos. Ótimo. Calango
Trophy é coisa difícil mesmo, off road de verdade. Chegou nossa vez.
Wagner e Dé ZeCarli no Willys Cem Juízo a frente e Eu, Sérgio
Barcelos e Josué Paniago no Defender Patagón, na retaguarda. Nas
pedras fomos passando, na manha pra não detonar. E passamos!! Na
curva com barro o CJ pregou. Descem os Zecas e a ação começa pra
valer. Acha uma árvore, ancora, guincha, passa um jipe, atola o outro, repete-se a operação para o segundo. Na rampa melada de barro,
mesma coisa: prega um, guincha, passa, prega o outro, guincha, passa.
Na curva pra sair o CJ passou bonito, mas o bicho pegou pro bauzão
110. Muito apertada para o Patagón, com um despenhadeiro à esquerda,
a curva precisou ser feita com ancoragem atrás e com o guincho
puxando para o lado. Completamos o estágio segundos antes do término do tempo previsto. Muita festa na equipe!!!
3º estágio técnico: Chegamos no local por volta de 15:30,e ficamos assistindo as outras equipes. Show de off road, e, infelizmente, de desmatamento também (isso mesmo, uma equipe abriu uma clareira às margens do riacho).
Depois de muito tempo, mas muito tempo mesmo, lá pelas 2:00 da
matina, molhada de chuva, fedendo como gambá e jaratataca, e vendo
a dificuldade em se resgatar o jipe de uma das equipes, já decorrente
do cansaço dos resgates oficiais da prova, que ralaram o tempo todo,
dando o sangue pelo sucesso do evento, nossa equipe resolveu ajudar.
Desceu o Cem Juízo e resgatou os colegas jipeiros (isso vale mais que
o título de "concorrentes de prova"). Enfim, entramos no estágio,
muito cuidado com a descida inicial, que estava um quiabo. O CJ já
havia passado e o Patagón atravessou pro lado errado, escorregando no
tobogã. Umas manobras quase que impossíveis e algum santo endireitou
o carro para o rumo da prova. A sorte parecia estar conosco.
Cumprimos o trecho do rio sem problemas e ralamos um monte para
colocar os carros em cima do barranco que, se já era difícil por
natureza, estava maçarocado de barro depois da passagem de todas as
outras equipes. O tempo acabou e não cumprimos a etapa toda, por
muito pouco.
Voltamos para o acampamento e fomos tomar banho no açude para
tirar a "inhaca".
4º estágio: Domingo de manhã. Conferindo as cicatrizes do 3º estágio, verificamos que o CJ quebrou o radiador. Corre daqui, corre
dali, desmonta, amassa, durepoxi (valeu Tiago!!), muitos galões de
água de reserva. Éramos, os penúltiimos a largar, por causa do
sorteio (ou azareio, como passamos a chamar). Travessia de água, o
Patagón na frente e o CJ atrás. Passou o Patagón com água no capô e
depois o Wagner ficou na água. Voltamos o patagón de ré por dentro da
água, o Dé Zeca amarrou a cinta e o bauzão foi puxando o companheiro,
na maciota. Saímos da água, manobramos para que o CJ encarasse o
próximo obstáculo primeiro. Obstáculo vencido sem problemas para os
dois jipes. Passamos pela outra água e antes do local da prova
física, o grande susto. Por um vacilo (braçada mesmo!!), "pisamos" os dois jipes no lugar errado e começamos a escorregar barranco a baixo, Carro parado pela mão do Pai do Céu, conseguimos ancorar e tirar os dois da crítica situação. Tempo vencido. Adrenalina a mil e botões travados com a clara impressão de que, de tão travados, jamais evacuaríamos novamente, hehehehe.
5º estágio: A prova consistia em tentar atingir o ponto mais distante
dentro de um lamaçal, já que atravessá-lo parecia impossível (não
para o Marcelo Valinha, o único que, com seu samuca painel,
atravessou o lamaçal todo). Os T-rolhas que ao contrário da nossa
equipe Pé-de-Pano, cumpriram com êxito o estágio anterior, andaram
poucos metros no barro e pregaram. Show a parte foi a Dani
(irmã do Eduardo) descendo do bugão e dançando a "Atoladinha".
Chegou nossa vez: O CJ acelerou forte e avançou um tanto (mais do que
os bugões, para nossa tranquilidade espiritual, hehehe). O Eduardo
provocou, dizendo que a "Brastemp" (em referência ao Patagón) não
avançaria na lama. Pois bem, o Patagón encarou a empreitada e parou
uns três bugões de distância de onde o bugueiro tinha atolado. "O
Troller do Cubas é bom, mas não é uma brastemp!!".
Foi isso. De alma lavada, e com a certeza do dever cumprido, fomos
desmontar o acampamento e voltamos para casa.
Quem não foi perdeu mais uma vez.
Abraço,
Natanael Junior
Defender 110 - El Patagón - De shopping é o baralho!!!!
Equipe Pé-de-Pano Off Road