Confesso que estava ansioso para dirigir a nova Chevrolet S10. Quando ela foi lançada pela primeira vez em meados de 1996 eu ainda não podia dirigir, mas na época a picape fazia a cabeça de todos que preferiam dirigir acima da linha dos hatches e sedãs comuns. Há 16 anos, as siglas SUV não significavam nada e eram esses utilitários desengonçados e feitos para o campo que faziam a cabeça dos motoristas que procuravam carros mais pujantes (e caros).
O espaço interno era bom, mas lembro-me claramente que o acabamento da S10 era algo triste. Chegava a ser frio ali dentro, coisa de carro para trabalhar e não para esbanjar. Porém (agradeçam muito por esse ‘porém’), a Chevrolet percebeu que as picapes não eram mais apenas aqueles carros brutos para sertanejos e cowboys e resolveu – mesmo que tardiamente – ressuscitar o prestígio de sua picape.
Agora, a S10 conta com um total de onze versões, duas para os modelos com cabine dupla e nove para os de cabine dupla. E dois tipos de motorização, mais modernas e potentes: o novo 2.8 CTDI sobrealimentado por turbocompressor, abastecido com diesel e capaz de gerar 180 cv e ótimos 47,9 kgfm de torque; e o conhecido 2.4 16V, que recebeu alterações para despejar agora 147 cv e 24,1 kgfm.
Para bater de frente com uma concorrência abastada (e que deverá aumentar com a chegada da nova Ford Ranger) a Chevrolet precisou mexer nos valores da S10. Agora, o utilitário parte de R$ 58.868 e chega a R$ 135.250. Caro para uma picape? Bem, é o claro sinal de que estes veículos não são mais apenas carros do campo e passaram a ser utilizados como carros de luxo nas grandes cidades brasileiras.
Fonte: IG Carros